Sua exaustividade é sinal de muita generosidade e não de falta de inteligência. (Evidente, q essa volúpia pela escrita é para poucos... )

Obrigado!

eiabel wrote:
Eu assiti ao Stallman nesse sétimo FISl, ele começou a palestra com uma 
descricão do que é a GPL, partindo da definição das 4 liberdades básicas do 
software e dizendo que qualquer licença, escrita por qualquer pessoa, pode ser 
uma licença de software livre - desde que garanta as 4 liberdades. E, talvez, 
por isso, seja esta a razão de existirem tantas licenças livres, talvez até em 
número excessivo. (no bar do cafézinho ele contou que a GPL não foi a primeira 
licença de software livre, que antes veio a licença do TeX).
Na sequência do papo palestral, copyleft. Segundo o Stallman, copyleft significa que a licença defende ativamente a liberdade de todos os usuários, porque não pára as 4 liberdades, garante que qualquer outro usuário que receba uma cópia vai ter as 4 liberdades, ou seja, as licenças com copyleft exigem que todos os usuários que recebam o programa recebam junto as 4 liberdades. Stallman lembrou que a GPL é uma licença copyleft, mas não mencionou que a GPL 3 reconhece explicitamente a possibilidade de licenciamento dual, que pode restringir não só essa, mas também outras liberdades. Em seguida ele contou como surgiu a GPL. As primeiras licenças que ele construiu foram pros programas iniciais do GNU, cada um com a sua própria, tinha a licença GPL do Emacs, a licença GPL do GCC... e elas eram idênticas, mas como cada uma mencionava o nome do programa a que se referia, não eram a mesma. Foi em 1989 que ele resolveu isso criando a GNU General Public License versão 1, que foi a primeira GPL de uso geral. Em 1991 ele lançou a GPL 2, com pequenas modificações, incluindo a cláusula "liberdade ou morte", que impedia uma pessoa de distribuir um programa sob a GPL se ela tentasse restringir a liberdade dos usuários desse programa de algum jeito extra-licenciamento, através de patentes, por exemplo. Segundo ele, essa cláusula não pode impedir alguém de "matar" um programa livre se ele infringir alguma patente, mas certamente impede alguém de "escravizar" um programa livre fazendo pressão com patentes para cobrar de seus usuários ou distribuidores. O que me chamou a atenção foi que o Richard Stallman se limitou a falar do pagamento pela redistribuição como aspecto negativo dessa escravização, não falou sobre a possibilidade de o dono da patente impedir futuros desenvolvimentos, estudo do funcionamento ou algo relacionado mais diretamente às 4 liberdades. Também explicou os detalhes da "cláusula Affero", que é uma das cláusulas que a GPL 3 aceita como opção adicional pra compatibilidade com outras licenças, e que permite exigir que pessoas que rodem o programa livre no seu servidor web fiquem obrigadas a disponibilizar os fontes aos usuários do serviço prestado por ele, igual se estivessem redistribuindo o programa. Qto a CC, para o "free as in freedom" Stallman não existe a licença Creative Commons. Existem várias licenças debaixo desse mesmo guarda-chuva, e nem todas elas são livres. O louco é que a licença do site do FISL é um exemplo de licença Creative Commons não-livre, mas, a que o Stallman usa é uma licença ainda mais restritiva pros próprios discursos dele e até pra transcrição da palestra dele no site da FSFE... Stallman falou mal da OSI e do Eric Raymond... o detalhe é que o ER não estava, mas o Michael Tiemann, presidente da OSI estava e pediu a palavra dizendo que como presidente da OSI, ele sempre apoiou a GPL como a licença-modelo para os desenvolvedores, que Eric Raymond agora fala só por si, e não pela OSI; que embora entenda a posição de Stallman, ele pensa diferente. Entonces, como de hábito, o Stallman cortou a palavra do Tiemann pra se desdizer, passando a afirmar que nem sempre o uso do termo Open Source implica em não defender a liberdade, e algumas coisas assim. Daí que eu fiquei pensando e buscando um motivo para a ausência do Eric Raymond no sétimo FISL e, acho, que tem haver com o que ele disse no FISL anterior. Para contextualizar inda mais, no sexto fisl, Eric Raymond, autor de A Catedral e o Bazar, desenvolveu sua palestra, a partir desta afirmação inicial: "Os argumentos para a defesa dos programas livres, ou de código aberto, não podem mais ser os aspectos morais, mas sim aspectos práticos para as empresas, como lucro e vantagens em relação à concorrência". Ele afirmou que a estratégia da Open Source Initiative (OSI), da qual é presidente de honra, tem sido vitoriosa em função desta tática. "Os argumentos morais convencem no máximo 5% das pessoas, mas precisamos alcançar muito mais do que isto", destacou Raymond, explicando que prefere o termo "Código Aberto" ao invés de Software Livre, que pode ser confundido com "de graça ou sem valor e por isso fornecido de graça".
Para o programador americano, é importante que a divulgação do movimento seja feita a partir de 
razões que interessem às organizações e pessoas diretamente. Segundo ele, é possível mudar 
"primeiro a conduta das pessoas e depois a sua consciência", fazendo uma referência à 
filosofia da Free Software Foundation (FSF). "Precisamos dizer ao empresário que a concorrente 
usará software livre e que terá mais lucro do que ele com o Código Aberto".
Raymond destacou ainda a importância da divulgação do movimento na cobertura dos veículos empresariais, locais em que as grandes empresas "formam sua opinião". "Precisamos inundar o ambiente destas pessoas com informações que os façam ter uma opinião favorável aos programas de Código Aberto". Ele elogiou o trabalho da comunidade brasileira tanto em relação aos empresários como em relação ao governo. Para finalizar, Raymond disse que é preciso mudar também a tática de convencer primeiro a base das corporações, para com isso chegar-se aos níveis intermediários e de decisão. "Precisamos convencer os que tomam as decisões nas organizações". Para isso, além da questão financeira, Reymond mostrou outro argumento que, pela sua experiência, tem funcionado: o controle dos negócios não está com a empresa que usa programa com código fechado. "Precisamos provocar o empresário ao dizer a ele que para retomar o controle de sua empresa precisa usar o Código Aberto".

Bem, já sabem que não tenho inteligência de ser breve, minha intenção foi 
apenas contextualizar a história, acho que é mais tranqüilo pros neurônios se 
conectarem e fazerem a configuração necessária. mas , talvez tenha sido fora da 
casinha, né? acho que todos já estão carecas de saber disso tudo... enfim,
ou seja, odeio pastores, tanto quanto odeio ovelhas, hehehe.

fraterni saluti internazionale
coloradas, evidentemente.

elenara iábel

Date: Mon, 21 Aug 2006 19:08:29 -0300
From: " Uirá " Subject: Re: CC com perfume... Re: [MetaReciclagem] Lawrence Lessig
speaking to attendees of the LinuxWorld Conference
To: "Lista do projeto MetaReciclagem" Message-ID:

Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

http://www.google.com.br/search?q=stallman+creative+commons

sivirismo!

On 8/21/06, Stalker wrote:
Moçada, piedade, mandem umas referências e/ou links para eu conseguir
entender este pau entre Stallman e Lessig...

(Tou me sentindo um desses paleontólogos tentando desenhar o elo perdido
a partir de um caco de dente molar!)

Charles Pilger wrote:
On 8/21/06, Uirá wrote:
On 8/18/06, Charles Pilger wrote:
On 8/18/06, Stalker wrote:
Uirá wrote:
On 8/18/06, t wrote:
"Qual a opinião dos participantes desta lista sobre o CC? "
eu concordo com stallman
Desculpe... o que ele diz a respeito?
Que devia se chamar GNU-CC ...
nhééãão!
Calma Uirá... Eu só tava sacaneando o Stallman :-)

que é uma sacanagem generalizarem o creativecommons como uma licença
só.
Pior ainda falarem que "creative commons é copyleft";;; pq nem sempre
é...
Que do mesmo jeito que tem licença CC-totalmente_livre tem licença
CC-quase_totalmente_fechado... Aí, claro, ele fala q licença livre
mesmo é a
GPL3 e tal e coisa...
[]'s
Charles - [EMAIL PROTECTED]
http://www.charles.pilger.com.br
ICQ 306563363 MSN [EMAIL PROTECTED]
"Antes, eu era meio quieto, calado, o conhecimento era meu,
eu era um software proprietário. Agora, quero espalhar o que
sei e mostrar que, da forma como eu evoluí, muitos outros
podem crescer." - Cleber de Jesus Santos
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