Muito prazer, meu nome é GIL (nome mesmo). O Amílcar me sugeriu colocar
estas duas últimas msgs, por mim enviadas anteriormente para alguns
jornalistas, políticos e outros "formadores de opinião", para serem anexadas
ao fórum do Voto-E.
        Espero que a minha experiência como mesário, em todas as últimas eleições
com a urna-E, aqui no Rio de Janeiro (desde 1996), contribua com o
aprimoramento deste debate.

ASS: GIL CARLOS VIEIRA DE
REZENDE.<ventania@[EMAIL PROTECTED]/gilrezende@ig
.com.br>.

-----Mensagem original-----
De: Amilcar Brunazo Filho [mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: domingo, 3 de dezembro de 2000 07:31
Para: Gil Carlos Vieira de Rezende
Assunto: Re: Reformas Políticas, Urnas-E e outras imposturas tupini
quins


Caro Gil,
Seja bem vindo ao Fórum do Voto Eletrônico.
Recebi suas mensagens. Me dê um tempo para degluti-las, pois são muito
longas.
Enquanto isso, voce poderia enviar diretamente para o Voto-e as suas
mensagens 5 e 6 (apenas elas), que tratam sobre problemas da votação
eletrônica. O seu depoimento como mesário sobre o o "sigilo mínimo" e o
"arrastão dos disquetes" é muito significativo e interessa ao Fórum.

[ ]s
    Amilcar

At 00:22 03/12/2000 -0200, you wrote:
>         Olha, eu sou novo nesta lista. Ainda tenho muito que aprender,
> para entrar
>no ritmo do resto da "tropa". Mas eu mando nesta mensagem um "pout-pourri",
>com algumas de minhas mensagens mais relevantes. Se quiser, pode
>distribui-las ou editá-las à vontade. Encontrar esta lista está sendo uma
>boa e enriquecedora experiência. Minhas posturas políticas aqui devem ser
>consideradas como irrelevantes, mas a defesa daquilo que eu chamo de uma
>futura Democracia Direta, que deverá ser digitalizada e radicalizada ao
>extremo, é irredutível. Preste atenção no anexo 6, pois trata de assunto
>diretamente referente à matéria da lista. Desconsidere a lista final com
>e-mails, que foi uma tentativa frustrada de espalhar estas idéias pela
>Internet. Um abraço. GIL.


[ ]s
     Eng.  Amilcar Brunazo Filho
      EU QUERO VER MEU VOTO
--------------------------------------------
      Saiba da fragilidade das urnas eletrônicas
                http://www.votoseguro.org
--------------------------------------------
Conheca o Movimento em Defesa da Lingua Portuguesa
             http://www.novomilenio.inf.br/idioma
--------------------------------------------

MENSAGENS ANEXAS:

ANEXO 5)

-----Mensagem original-----
De: Gil Carlos Vieira de Rezende [mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: quarta-feira, 1 de novembro de 2000 14:44
Para: [EMAIL PROTECTED]
Cc: [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED];
[EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]
Assunto: Urnas eletrônicas


        Antes de mais nada, quero parabenizar a equipe do Observatório da Imprensa
pelo altíssimo nível do último debate na TVE, sobre o resultado das
eleições-2000 no segundo turno (se não me falha a memória, no dia
31/10/2000), abordando inclusive a espinhosíssima agenda de reformas
político-partidárias. Nada como um debate limpo, democrático e isento, entre
feras que se respeitam e se comportam digna-e-civilizadamente, como Amauri
Soares (da mídia global), a cientista política Aspásia (perdão, mas não me
lembro seu sobrenome), e o sempre lúcido e sagaz Cristóvam Buarque, a quem
muito admiro.
        Queria destacar que tenho as mesmas apreensões do articulista Paulo
Arenhart, que abordou um assunto-tabu no sítio digital do Observatório da
Imprensa: a vulnerabilidade das nossas urnas eletrônicas, ante possíveis
fraudes. Mandei um e-mail, inclusive, que destaca alguns possíveis
desvios-padrões em votos brancos e nulos, visualizáveis nos resultados do
segundo turno de algumas eleições mais polarizadas ou afastadas do eixo
jornalístico Rio-São Paulo (que anexarei em seguida). Aliás, fui também
mesário em todas as eleições "informatizadas" cariocas, e percebi que as
falhas efetivamente ocorrem. Todas as votações no segundo turno são visíveis
para qualquer mesário mais observador, já que o sigilo é mínimo. Nada impede
que um mesário pudesse ficar responsável, quiçá no futuro, por uma outra
cópia dos arquivos do programa e do disquete, em drive auxiliar de disquete
ou de cd-rom da urna de sua seção, para disponibilizá-los na Internet, sem
qualquer interferência institucional do governo ou dos partidos. No local em
que atuei como 1º secretário, na 37ª Seção da 7ª Zona eleitoral (no CIEP
Samuel Weiner, situado no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de
Janeiro-RJ), a encarregada do TRE fez uma espécie de "arrastão dos
disquetes", logo após o encerramento da votação. O procedimento padrão seria
cada presidente, de cada seção, entregar o disquete de sua urna diretamente
aos responsáveis pela apuração, junto com a ata e os equipamentos (que foram
deixados para trás em um primeiro instante). Lógico que havia, neste desvio
de protocolo, uma razoável conveniência maior do interesse público, para
agilizar a apuração. No entanto, as dúvidas sempre vão pairar neste ínterim.
Pelo menos foi assim que ocorreu, nos dois turnos de eleição, onde
trabalhei. Além do que, é muito estranho a utilização de um programa de
código fechado, desenvolvido logo pela ABIN (sucessora do extinto SNI).
Também acho que deveria ser estudado o possível uso de listagens auxiliares
em "cd-roms", "palm tops" ou "lap-tops", disponibilizáveis pela justiça
eleitoral para a fiscalização dos partidos em cada seção ou local de
votação, com os nomes, números, fotos, domicílios eleitorais e domicílios
civis de todos os eleitores do estado, já que é grande a margem de
desinformação e confusão de certos eleitores menos precavidos, que perdem
seus documentos ou que buscam obter informações sobre onde devem votar
somente no dia das eleições.

        Desde já agradecendo a atenção, despeço-me e subscrevo-me:

Gil Carlos Vieira de Rezende, Professor de Educação Física (UERJ) e Formando
em Direito (UFRJ).

End. Rua Haddock Lobo 447, ap. 705, Tijuca, Rio de Janeiro-RJ, CEP.
20260-132. Tel.872-5417.

PS. Por favor, solicito àqueles que porventura eu estiver incomodando
involuntariamente, que me retornem mensagem para retirá-los imediatamente de
minha lista, sem maiores problemas. Respostas ou comentários para os
E-mails: [EMAIL PROTECTED], [EMAIL PROTECTED]  e
[EMAIL PROTECTED]


ANEXO 6)

-----Mensagem original-----
De: Gil Carlos Vieira de Rezende [mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: segunda-feira, 30 de outubro de 2000 22:43
Para: [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED];
[EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED];
[EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED];
[EMAIL PROTECTED]
Cc: [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]
Assunto: Retificando errata anterior: É possível desviar votos nulos ou
em branco nas apurações eletrônicas?


RETIFICANDO E-MAIL ANTERIOR:
        Algo para mim está muito mal explicado. Não li nenhuma análise sobre
algumas disparidades ocorridas nos votos nulos e nos votos em branco que
foram dados neste segundo turno. Nenhuma tese, nem ao menos os números
oficiais foram citados. Parece até que as vicissitudes destes
desvios-padrões foram metodicamente escondidos, como se houvesse um consenso
"oficioso" em ofuscá-los ou em desmerecê-los. De um lado, em certas cidades
cujas eleições foram mais polarizadas, assim como também em outras menos
cotadas e pouco afetadas pelas principais mídias do eixo Rio-São Paulo (cito
Belém, Caxias do Sul, Fortaleza, Manaus, Mauá, Recife, Santos, São Gonçalo e
Uberlândia), a soma destes votos mal chegou a um mínimo de 2,5 pontos
percentuais. Será isto um fato comum em Manaus ou em Belém, onde
registrou-se respectivamente 0,83 e 0,73% de votos brancos e 0,97 e 1,83% de
votos nulos, por exemplo? Em Belém, soubemos que o partido derrotado ficou
até conhecido nacionalmente por PSDólar. Seu candidato foi citado como um
estelionatário que usou falsos registros de advogado e de médico, para poder
exercer criminosamente ambas as funções. Isto até explicaria, não fosse um
inesperado e apertado quase-empate no resultado final da apuração. Por outro
lado, ocorreu também um alto índice de votos brancos e nulos no Rio de
Janeiro (2,34% e 6,21%), assim como em Jaboatão (5,49% e 5,41%), onde a
esquerda não chegou ao segundo turno. Já em Porto Alegre, onde a direita é
que estava fora, este aumento efetivamente não ocorreu. Estes fatos até
podem nos indicar que: 1) a apuração pela via das urnas eletrônicas é ótima,
mas deve ser melhor investigada, para ser cada vez mais aprimorada; 2) um
recado foi efetivamente passado pelo eleitorado urbano, que protestou com
seus votos dados ou anulados em favor dos partidos e dos políticos de
esquerda, que sempre foram mais sensíveis às causas populares e, portanto,
mais socialmente progressistas. Logo, os votos nulos e em branco podem ser
creditados também aos votos dados ao PT e aos partidos de esquerda,
principalmente aqui no Rio.

        Desde já agradecendo a atenção, despeço-me e subscrevo-me:

Gil Carlos Vieira de Rezende, Professor de Educação Física (UERJ) e Formando
em Direito (UFRJ).

End. Rua Haddock Lobo 447, ap. 705, Tijuca, Rio de Janeiro-RJ, CEP.
20260-132. Tel.872-5417.

PS. Por favor, solicito àqueles que porventura eu estiver incomodando
involuntariamente, que me retornem mensagem para retirá-los imediatamente de
minha lista, sem maiores problemas. Respostas ou comentários para os
E-mails: [EMAIL PROTECTED], [EMAIL PROTECTED]  e
[EMAIL PROTECTED]


__________________________________________________
Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
       http://www.votoseguro.org
__________________________________________________

Responder a