Permite-se quase tudo a um juiz no Brasil. Pode
saber que cidadãos foram agredidos na porta do seu tribunal e nada fazer, sem
ser acusado de omissão, afinal policiamento preventivo não é sua atribuição.
Pode utilizar sua sentença para expor sua diatribes pessoais, atribuindo a uma
das partes que recorre dentro da lei, "tentativa mordaz" e tergiversações
desrespeitosas", afinal é imune em seus pronunciamentos e não há controle
externo da magistratura. Mas um direito não assiste a esse julgador: a
ignorância dos princípios básicos da matemática, uma vez que da lei ele é um
interprete, mas à aritmética deve se curvar. Trata-se do grosseiro erro
formulado abaixo, quando afirma que se todos os 12.208 votos que Roriz recebeu
em cédula fossem fraudados, ainda ganharia a eleição. Ora, nem com mil sentenças
raivosas ele ganharia, pois seriam 12208 votos a favor de Magela e 12208 voto a
menos para Roriz, perfazendo a diferença de 24.416 votos, que elegeria Magela.
Este é um erro comum, diga-se de passagem, a quem não costuma ter muita
intimidade com os números. Leia a notícia abaixo, da qual transcrevo parte e que
fala da decisão tomada nesta quarta-feira de não permitir a recontagem de votos
em Brasília. Nesta quinta a gente manda a notícia mais detalhada//Roberto
Almeida.
http://noticias.correioweb.com.br/ultima.htm?ultima=6543 "Nívio Gonçalves defendeu a atuação do TRE nas eleições e o processo de apuração dos votos. Ele lembrou que o PT e a Frente Brasília Esperança acompanharam todo o processo desde a lacração das urnas até a apuração dos votos. "O pedido é uma tentativa mordaz de reverter os resultados das urnas", declarou o magistrado. Ele considerou as alegações "tergiversações desrespeitosas à ação do Tribunal". Disse também que mesmo que o TER tivesse reconhecido que houve fraude em todo o processo eleitoral, e todos os votos que o governador Joaquim Roriz recebeu em cédulas de papel fossem fraudados, ele ainda assim ganharia as eleições. O desembargador afirmou que Roriz recebeu 12208 votos por cédula e ganhou as eleições por uma diferença de 15 mil votos. "Alegações do PT não passam de suposições infundadas", completou." |