14 de  Março de  2003
      Petistas pedem CPI para investigar tribunais superiores 

      A Câmara poderá instalar CPI para investigar as denúncias de tráfico de 
influência e venda de sentenças nos Tribunais
      Superiores do país. A iniciativa é do deputado João Alfredo (PT-CE) e 
foi subscrita por Doutor Rosinha (PT-PR).
      Ambos já começaram a colher assinaturas para a viablização da comissão.

      João Alfredo lembrou que, dos cinco tribunais regionais federais, três 
investigam indícios de tráfico de influência entre
      magistrados e membros do crime organizado. Nos últimos dois anos, pelo 
menos sete juízes e desembargadores
      foram afastados de suas funções.

      Será objeto da CPI, em especial, as denúncias constantes da apuração 
pela Comissão de Ética da Câmara, que
      relacionam membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal 
Regional Federal da 1ª Região com o crime
      organizado. Essas mesmas denúncias resultaram no pedido de renúncia do 
deputado Pinheiro Landim
      (ex-PMDB/CE), acusado de intermediar negociações de sentenças judiciais.

      "A sociedade já tem um certo controle sobre os poderes Legislativo e 
Executivo; somente o Judiciário continua
      intocável", disse João Alfredo. Doutor Rosinha reforça. "Se houvesse 
controle externo do Judiciário, muitos desses
      fatos não estariam acontecendo", afirmou, ao lembrar que esse tipo de 
comportamento (de alguns magistrados) "é de
      uma minoria, que infelizmente depõe contra toda a instituição 
Judiciário".

      Em fevereiro, o deputado João Alfredo protocolou pedido para que a 
Câmara instale também uma comissão especial
      para debater a reforma do Judiciário.

      Ceará - O deputado protestou contra a reintegração do desembargador 
Ernani Barreira ao Tribunal de Justiça do
      Ceará. Ele havia sido afastado sob suspeita de corrupção passiva e 
prevaricação no exercício do cargo. "Sua
      reintegração ocorreu por decisão monocrática do recém-nomeado relator do 
processo, José Maria Melo, declarado
      aliado de Barreira desde o início do processo", denunciou o petista. 
Segundo João Alfredo, contra o próprio José Maria
      Melo pesam várias denúncias, objeto de notícia crime que tramita no STJ 
e que inclui: patrimônio incompatível com os
      salários recebidos por qualquer magistrado (bens declarados em valor 
superior a R$ 1,8 milhão); substituição ilegal de
      juízes na presidência de processos; cobrança de doações dos cartórios 
sem a devida prestação de contas de como
      foram gastos os recursos obtidos; venda de imóveis e fretamento de 
aeronaves sem a devida licitação.

      Em 4 de fevereiro, o deputado João Alfredo e mais sete das 20 entidades 
que compõem o Observatório do Judiciário -
      iniciativa cearense inédita no país - encaminharam ao Ministério Público 
Federal pedido de urgência na apuração dos
      fatos constantes na Notícia-crime nº 275, contra o desembargador, que se 
encontra na Procuradoria Geral da
      República desde 9 de agosto de 2002. A Lei fixa prazo de 15 dias para 
que o Ministério Público ofereça denúncia ou
      peça o arquivamento do inquérito. O pedido de urgência foi encaminhado à 
Procuradoria pelo corregedor-geral do
      Ministério Público Federal, Edinaldo de Holanda Borges no dia 13 de 
fevereiro.
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