Aos listeiros 

     1. Debate sôbre a Amazônia. 

     Todos nós do Fórum somos democratas (lutamos pela lisura das eleições), 
patriotas (amamos o Brasil), nacionalistas (defendemos a auto-determinação 
de nossa pátria – vide R.Cerqueira Leite, Quem tem medo do nacionalismo, 
Ed.Brasiliense, 1983) e não somos idiotas (lemos, tiramos conclusões, 
expomos nossos pontos de vista); isto está fora de discussão. O que está 
faltando, penso eu, é listar algumas conclusões e encerrar este debate na 
lista. Para que não fique um achando que o outro falou o que não falou, 
ameaçou quando não ameaçou, o que provoca ressentimentos que prejudicam, 
indiretamente que seja, o objetivo maior (embora eu ache que todo debate de 
bom nível é uma lição de democracia), sugiro que os futuros esclarecimentos 
sobre os mal-entendidos havidos sejam feitos por correspondência pessoal  
entre as partes. 
     Sempre ouvi falar que “nos momentos críticos, a direita se une e a 
esquerda se divide”. Talvez porque o “esquerdista normal” se julgue menos 
amarrado a conceitos rígidos, “coisa de reacionário”. Será que também os 
nacionalistas, “progressistas” ou “conservadores”, têm dificuldades para se 
entender? 
     O Santana (28/11) já escreveu que, na opinião dele, há 3 possibilidades 
de autoria de um mapa falso: a) Diversão de um irresponsável, b) Teste do 
nível de reação dos brasileiros (nacionalismo/entreguismo), c) Tentativa de, 
por repetição, desmoralizar futuras denúncias verdadeiras (parece que o 
Haddad vota nessa alternativa). Nota: pode haver outras alternativas, mas 
menos importantes. 
     Baseado em tudo que foi escrito, eu gostaria de complementar, propondo 
3 grupos principais de pessoas: a) Os que ficam sinceramente preocupados com 
os fatos e as notícias que reforçam as evidências de cobiça externa 
(Colômbia, Suriname, Alcântara, Foz, Bases na Argentina, os mapas sendo 
simples detalhes complementares); eu me incluo nesse grupo, b) Os que, por 
razões corretas ou não, acham ridículo tal temor e que o ato de alertar 
(“puro alarmismo”) já caracteriza quase um crime de lesa pátria, que 
desmoralizaria as entidades responsáveis pela defesa da nação. Eu poria o 
Jefferson neste grupo; o raciocínio dele não é de todo criticável: já que 
eles têm tudo de graça, ou quase, para que intervir militarmente? É um 
raciocínio econômico, baseado na alta relação custo/benefício de uma 
intervenção, c) Os que, por serem idiotas/malucos, ou espertos/interessados, 
têm a intenção de internacionalizar mesmo - ou porque não fizeram a análise 
do Jefferson, ou porque a fizeram e encontraram um resultado vantajoso. É 
triste, mas acredito que o número de brasileiros que, por interesse, 
apoiariam uma internacionalização da Amazônia, é bem maior que zero. 
     A rigor, para mim é irrelevante se o mapa apresentado é falso. A idéia 
contida nele não é nova e traduz uma preocupação legítima, a mesma suscitada 
pela denúncia da entrega de Alcântara. Um colega da Escola Politécnica que 
está dirigindo um centro de pesquisas na Flórida, disse que já viu várias 
vezes mapas com a Amazônia como zona sob jurisdição internacional (inclusive 
recorda-se de uma enciclopédia em que ela aparece meio no limite da página, 
como zona habitada por povos primitivos – ele vai verificar). Ficou de 
enviar dados logo que os obtenha. 
     Finalizando, o Jefferson esclareceu (em 26/11 e depois) muitas de 
minhas dúvidas sobre suas posições, embora eu continue achando algumas de 
suas afirmações definitivas demais. Ficou patente que várias frases suas não 
eram auto-explicativas (por exemplo, “é pura chantagem”). Continuo porém não 
sabendo como mandar os gringos embora. A frase “Dê-me uma alavanca e um 
apoio” não satisfez minha curiosidade. Que raio de alavanca é esta? Um 
esclarecimento: ele agradeceu ao Haddad, em 29/11, pelo envio da “reportagem 
dos pica-paus”; como fui eu que remeti esta reportagem para o Jefferson, é 
bom verificarmos se estão enviando mensagens de outros em nome do Haddad. 

     2. Urna eletrônica 

     O Luiz Cordiolli tem reclamado que estamos parados em relação à urna. 
Fora o que o Amilcar relatou em 29/11, isto é um fato. Propuz ao Amilcar 
escrevermos um texto curto relatando os golpes baixos do TSE na votação do 
Senado (e antes da votação), para enviarmos para jornalistas e entidades, os 
quais estão anestesiados com as promessas dos testes de impressão em algumas 
urnas (Penso que não adianta esperar mais a votação na Câmara). Estou 
aguardando resposta do Amilcar. 
     Quanto à petição, sou eu quem reclamo. Os não juristas estamos 
aguardando. Quem vai apresentá-la? Nós, o PDT ou todos? Cadê a redação 
prévia para darmos palpites? E a Associação Aristóteles Gomes? Alguém, 
ligado à área jurídica, tem que assumir o comando, e para valer. Após a 
reunião de Gil/Luiz/Haddad em Cabreúva, e a reunião em S.Paulo com 
Amilcar/Del Picchia, eu não soube de mais nada conclusivo, só conjecturas e 
suposições. Vamos ativar isso aí? Eu ajudo no que for capaz. Favor, quem 
souber, relatar a situação atual. 
     Vamos estudar também as outras alternativas já citadas: a idéia de 
resistência passiva (não votar, e na hora registrar em ata porque), e/ou 
votar com o nariz de palhaço (idéia do Aristóteles), apoiar a companha da 
Ubes etc.. 

     3. Na Folha de S.Paulo de 30/11/2001 sairam duas notas: 

     Na Pág.A4: “Do Sen. Paulo Hartung (PSB-ES), sobre a falha do painel da 
Câmara na votação do projeto que flexibiliza a CLT: - De trapalhada em 
trapalhada nos painéis da Câmara e do Senado, o Congresso vai desmoralizar o 
voto eletrônico, que foi uma grande conquista da democracia brasileira”. 
     É de estarrecer como um representante do povo (e do PSB!), que 
presumivelmente deve ter um QI não muito baixo, pode estar tão por fora do 
que está ocorrendo bem nas barbas dele. Depois dessa, dá vontade de 
desanimar. Amilcar, você  precisa escrever para ele oficialmente, como 
moderador do Fórum, explicando que a urna já estava desmoralizada muito 
antes das falhas nos painéis, e que ela pode enterrar de vez o que ele chama 
de democracia brasileira.  E quem tem feito trapalhadas, principalmente no 
Senado, é o TSE. Onde ele estava no dia da votação das emendas? 

     Na pág.A7: “O Sen. Carlos Wilson (PTB-PE), primeiro-secretário da Mesa 
do Senado, defende que as votações secretas do Senado continuem sendo feitas 
por meio de cédulas de papel: - É o único processo seguro de votação 
secreta. Entre a máquina e o homem, prefiro ficar com o homem, disse” 
     Sugiro que o Amilcar, como moderador, cumprimente o Sen. Carlos Wilson. 
Será que ele está ao par de tudo que aconteceu na votação no Senado? 

     E é só. Abraços. 

     Walter Del Picchia-S.Paulo/SP 
         ELEIÇÕES HONESTAS JÁ! 

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