O povo nem sabe o que é isso. Ninguém vive de dialética. Ninguém "come" dialética. Viver em função disso é desperdício de tempo.
 
    Racionalize menos e reflita mais, Heitor. Reagir é preciso, viver de dialética pura não é preciso. Kant demais faz mal ao brasileirismo.
 
    Abraços, GIL.
-----Mensagem original-----
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Heitor Reis
Enviada em: terça-feira, 18 de dezembro de 2001 19:56
Para: Lista Voto Eletrônico
Cc: HELIO S REIS
Assunto: [VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética ter 18/12/01 19:56

Caros Walter, Amílcar e todos,
 
 
Eu acredito na dialética, nos termos do dicionário do Aurélio, da Enciclopédia da Folha de São Paulo e de qualquer outra fonte de referência neutra que encontrarmos. (Ver citações abaixo.)
 
Ou seja, do conflito entre teses e antíteses (entendendo-as como formas bem elaboradas de raciocínio e lógica) defendidas por um ou mais articuladores, somos catapultados a um patamar superior de consciência sobre o tema em debate, chamado de síntese, aproximando-nos da percepção perfeita da realidade.
 
No entanto, quando um ou ambos interlocutores buscam enfoque mais emocional que racional, atacando deliberada ou inconscientemente a pessoa do outro, tal processo é prejudicado.
 
Desta forma, é lamentável que nossa análise sobre o Roberto Fisk, bem como sobre a crítica feita à ele, tenha chegado a este ponto.
 
Para ser mais específico, não creio que afirmações como "idiota" contribuam de alguma forma para o prosseguimento do debate, sobre o que gostaria de saber a opinião do responsável por manter a ordem na lista.
 
Também é mais razoável provarmos a existência de um sofisma em determinada argumentação, que apenas acusarmos alguém de praticá-lo, bem como enumerarmos sistematicamente cada um dos enfoques existentes e sobre eles ponderarmos, visando provar sua deficiência ou eficiência individual, propondo, mais tarde uma conclusão, abordando o extrato de todos eles.
 
A gentileza, cortesia, ponderação, simpatia e empatia certamente são mais produtivas que a desqualificação de quem quer que seja.
 
Há uma grande diferença entre determinarmos valores para idéias em foco e para as pessoas que as expõem ou que as lêem.
 
Os resultados também são bastante divergentes.
 
Devemos partir do princípio de que todas as pessoas possuam uma dignidade mínima, a qual nos é compulsório respeitar, caso queiramos nos relacionar de forma civilizada e construtiva.
 
Não havendo o devido equilíbrio entre o valor com o qual mensuro meu interlocutor, à mim mesmo e aos demais em questão, fatalmente a harmonia de um bom e salutar debate estará em risco, já que nem todos adquiriram ainda a habilidade de encarar as agressões com naturalidade, reconduzindo o argumento mal formulado para a direção mais edificante.
 
 
Dial Eticamente,
 
Heitor Reis
BH/MG
 
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   "Dialética- Em Platão a dialética é o processo pelo qual a alma se
eleva, em degraus, da realidade sensível ao mundo das idéias. É um
instrumento de busca da verdade.
   Em Hegel, é o movimento racional que nos permite superar uma
contradição. Assim, na história vemos uma tendência, e a ela volta-se
uma oposição, criando uma tensão, que é superada por uma nova tese que
traz a solução. É o movimento tese, contratese e síntese. Não se
restringe apenas a história, mas deve ser encarada como parte do real,
uma forma de pensar evolutiva."
 
http://www.fortunecity.com/silverstone/bertone/182/dialetica.html
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Dialética no Aurélio XXI
[Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.]

 1. Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer num sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido pejorativo, como excessivo emprego de sutilezas.
 2. Filos. Desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se resolvem em unidades.
 3. Hist. Filos. Conforme Hegel (v. hegelianismo), a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede pela união incessante de contrários -- tese e antítese -- numa categoria superior, a síntese.
 4. Hist. Filos. Segundo Marx (v. marxismo), o processo de descrição exata do real. 
 
 
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http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.htm
Dicionário Universal de Lingua Portuguesa

dialéctica
do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, (techné), a arte de discutir
s. f., arte de raciocinar;

lógica;

arte de argumentar ou discutir;

argumentação dialogada;

argumentação engenhosa;

método de ascensão do sensível para o inteligível e método de dedução
racional das Formas (Platão);

uma forma não demonstrativa de conhecimento (Aristóteles);

lógica formal (Idade Média);

lógica da aparência (Kant);

lei do pensamento (da Ideia) e do real, que se desenvolve através de três
estádios, tese, antítese e síntese (Hegel);

método de compreensão da realidade, seja ela histórica e social
(materialismo histórico), seja ela natural (materialismo dialéctico) (Marx e
Engels);

todo o pensamento que tem em conta o dinamismo dos fenómenos ou da história
e que se mostra sensível às contradições que estes apresentam (séc. XX)

+++++++++++++++++++++++++
 
http://www.uol.com.br/bibliot/enciclop/

http://cf3.uol.com.br:8000/enciclop/texto.cfm?palavra=dial%E9tica&busca=dial
%E9tica&tipocoxa=1

DIALÉTICA (Enciclopedia do Jornal Folha de São Paulo)

Forma de raciocínio ou argumentação.

No sentido mais informal do termo,
dialética é simplesmente uma discussão ou diálogo
em que se progride em direção à verdade
pelo exame crítico daquilo que é dito.

Esse método tem um de seus mais elaborados exemplos
nos diálogos filosóficos de Platão.

Existem também, no entanto, muitos outros sentidos
mais técnicos de dialética.

Um deles está associado a Kant,
para quem a dialética é o método pelo qual se mostra
que toda tentativa de se especular
além dos limites da experiência possível
leva necessariamente à contradição.

Outro sentido está associado a Hegel,
para quem a dialética é a forma de interação de conceitos,
na qual uma idéia ("tese") entra em contradição
com outra ("antítese"), daí resultando uma terceira ("síntese"),
que supera a contradição original e é mais completa
e mais próxima da verdade do que suas antecessoras.

Foi a partir desse sentido que Marx desenvolveu
o conceito de materialismo dialético.

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http://www.universal.pt/dulp/entrada.htm

dialéctica
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  lógica formal (Idade Média)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  método de ascensão do sensível para o inteligível e método de dedução
racional das Formas (Platão)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  todo o pensamento que tem em conta o dinamismo dos fenómenos ou da
história e que se mostra sensível às contradições que estes apresentam (séc.
XX)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  método de compreensão da realidade, seja ela histórica e social
(materialismo histórico), seja ela natural (materialismo dialéctico) (Marx e
Engels)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  lei do pensamento (da Ideia) e do real, que se desenvolve através de três
estádios, tese, antítese e síntese (Hegel)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  argumentação engenhosa

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  uma forma não demonstrativa de conhecimento (Aristóteles)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  argumentação dialogada

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  arte de argumentar ou discutir

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  lógica

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  lógica da aparência (Kant)

(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
  arte de raciocinar

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