é o que parece
colhido em O Correio (Uberlândia)
06/09/03

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não precisa de incentivos para exportar
uma tecnologia que pode agilizar o processo eleitoral e auxiliar a
consolidação da democracia na América Latina.

Cedida por empréstimo mediante convênio intermediado pela Organização dos
Estados Americanos (OEA), a urna eletrônica criada pelo TSE para garantir
segurança e rapidez no processo eleitoral brasileiro está ultrapassando
fronteiras e conquistando o mundo.
O interesse pelo sistema nacional de votação eletrônica é tão grande que
ministros do TSE e técnicos da Justiça Eleitoral já estiveram na Colômbia,
Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, República Dominicana, Nicarágua, Porto
Rico, Panamá, El Salvador, Turquia, Indonésia, França, Itália, Japão, Índia,
Inglaterra e Espanha para demonstrar o funcionamento das urnas e o sistema
de apuração dos votos.
Ao contrário dos demais artigos de exportação, a instalação, manutenção e
utilização das urnas por outros países não geram divisas para o Brasil, uma
vez que o produto, o serviço e a tecnologia genuinamente nacional não são
comercializados. As urnas são emprestadas pelo TSE e as despesas com
transporte e seguro custeadas pela OEA, que atua como intermediador nos
acordos de cooperação.
Dentro deste princípio, o sistema brasileiro vem sendo emprestado e
utilizado por vários países da América do Sul. O intercâmbio tecnológico
começou em 2001 com o Paraguai, que utilizou 160 urnas em suas eleições
municipais. Em abril último, o país recebeu mais 6 mil urnas para a eleição
presidencial. O sucesso foi tão grande - em apenas duas horas mais de 80%
dos votos já estavam apurados - que o governo paraguaio já demonstrou
interesse em adotar a eleição totalmente informatizada nas próximas
eleições.
Em 2002, o México também utilizou 150 urnas brasileiras em suas eleições
como teste de comparação entre o sistema tradicional e o informatizado.
Milhares de eleitores da capital mexicana puderam optar pelo voto
eletrônico. Recentemente, o estado mexicano de Michocáin anunciou que
pretende usar o sistema na eleição estadual de 2004.
Neste mês, a Argentina terá mil urnas eletrônicas nas eleições da Província
de Buenos Aires. A novidade possibilitará que 300 mil eleitores de oito
municípios da Província votem em urnas eletrônicas para escolher o
governador de Buenos Aires, o vice, prefeitos, vereadores e deputados.
Em outubro, o TSE emprestará cerca de 400 urnas que recolherão os votos de 5
milhões de eleitores de Bogotá nas eleições gerais da Colômbia. O governo
colombiano modificou a Constituição do país para poder adotar o voto
eletrônico. A Colômbia tem 44 milhões de habitantes e 24 milhões de
eleitores.
O convênio prevê o empréstimo de urnas eletrônicas e o apoio técnico
brasileiro para a adequação do software de capacitação e de votação às
características de cada país. No caso das eleições paraguaias, o teclado
teve que ser adaptado, já que os candidatos são identificados nas cédulas
pelas cores de cada partido e não por números.

Abraço de Marko Ajdaric

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O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
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