Já morei em Cachoeira, uma cidade histórica aqui na Bahia. Lá tem muitas ruas com calçadas de cerca de 40cm (olhômetro não muito apurado), onde mal cabia uma pessoa caminhando. Cheguei a mapear alguns becos de lá como living_street porque eu tinha lido em algum lugar que ruas com menos de 6m de largura poderiam ser classificadas assim. Essa semana procurei e não achei onde eu tinha lido isso no wiki...

E lá também tem uma ponte com calçadas dos dois lados. A calçada com certeza tinha menos que 1,5m (chuto 1,10m, no máximo 1,20), mas era o suficiente para duas pessoas caminharem lado a lado e ninguém usava a área dos veículos. Pela minha vivência aqui na Bahia, na maioria dos lugares a largura da calçada não é maior que 1,5m.

Assim sugiro usar 1m como largura mínima, pois é suficiente pra duas pessoas caminharem lado a lado e para um cadeirante utilizar.

wille

On 07-01-2014 17:58, Fernando Trebien wrote:
Pessoal,

Relacionado à questão das terciárias, das living streets e do
fluxograma, lembro que ficou pendende estabelecermos uma largura
mínima para considerar uma extensão da pista como um "acostamento" e,
como estamos pensando em usar living streets para vias residenciais
que obrigam o pedestre a andar na pista dos veículos, faz sentido
pensar numa largura mínima para elas também.

Para os acostamentos foi fácil: o DNIT define o acostamento interno
(que fica à esquerda do motorista) como sendo de no mínimo 1m de
largura, e o externo, (que fica à direita), de no mínimo 2,5m.

http://www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0494_10-23_4.pdf

Por ser algo complicado de medir, essa informação teria uma seta de
saída no fluxograma para os casos em que não se sabe a largura exata.
Não tenho exemplos disso para rodovias, mas talvez vocês tenham.

Para as calçadas, achei esta reportagem sobre uma mudança recente na
legislação de São Paulo:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/01/veja-novas-regras-para-construcao-e-reforma-de-calcadas-em-sp.html

E também isto, citando estatísticas da largura e as normas da ABNT a
respeito: 
http://www.mobilize.org.br/midias/pesquisas/calcadas-do-brasil---relatorio-inicial--abril-20121.pdf

Algumas regiões citadas aí com largura bem pequena:
- entorno da Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro (2 metros)
- rua Benjamin de Souza, em Salvador (2 metros)

Olhando no Street View, acho que a calçada na Estação Central do
Brasil é suficiente porque o espaço de circulação é livre e plano
desde o meio-fio, e com isso, os pedestres não são obrigados a andar
na pista. Já o segundo caso é bem variável: tem trechos em que o
comprimento da área plana a partir do meio-fio é bem inferior a 2
metros (em alguns trechos, é simplesmente zero). Essa seria uma via
que eu marcaria como living street. (Notem que sequer está numa região
desfavorecida.)

Por isso, acho que as medidas adotadas pela prefeitura de São Paulo
podem ser relevantes pra estabelecer uma largura mínima para uma
calçada em boas condições. Pra não ser exigente demais, que tal
assumir a largura mínima anterior (90cm) e mais a largura da faixa de
serviço (75cm)? Juntas somam 1,65m. Poderíamos arrendondar para 1,5m,
que é metade da largura de uma faixa de trânsito, o que simplificaria
julgamentos à olho, sem equipamento de medição. Se adotássemos a nova
largura como critério, o total somaria 1,95m - ou, arredondando pra
ser mais fácil, 2m.

Impactos aqui em Porto Alegre nas regiões discutidas recentemente:
- os trechos de living street na Barão do Amazonas e na Jacuí
deixariam de ser living street
- mudariam ainda a Guilherme Alves e a Paulino Azurenha (paralelas à
Barão do Amazonas)
- não mudariam as demais living streets ao redor da Barão do Amazonas e da Jacuí

Opiniões?



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