Ah!, que falta me faz o Fernando Toledo pra gente cantarolar junto uns
sambas do Wilson Batista, tem a Carmem, mas a Carmem, vocês sabem faz tempo,
não entende nada de Wilson Batista....rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs....
beijos Carmencita, olha a notícia !!!!!!!
Eduardo Martins
"As músicas de Wilson Baptista (1913-1968) foram tão importantes para o
samba brasileiro quanto as de seus contemporâneos, como Noel Rosa, Ari
Barroso ou Herivelto Martins. Mas o sambista nunca recebeu a mesma atenção
que os outros. Agora, pelas mãos do pesquisador Rodrigo Alzuguir, de 38
anos, o compositor teve sua obra resgatada por meio de uma peça teatral e do
CD "O Samba Carioca de Wilson Baptista", no qual suas músicas são
interpretadas por grandes cantores da música brasileira. Alguns, inclusive,
tiveram contato com o próprio Baptista. "Elza Soares e Wilson das Neves
foram alguns dos que conheceram o sambista", diz Alzuguir.
A peça foi exibida no Rio de Janeiro e em breve será encenada em São Paulo.
O disco já está nas lojas, lançado pelo selo Biscoito Fino. Nele, Elza
Soares interpreta "Artigo Nacional" e Wilson das Neves, "Essa Mulher tem
Qualquer Coisa na Cabeça". Marcos Sacramento, Céu, Zélia Duncan, Nina
Becker, Mart'nália e Teresa Cristina são outros participantes do disco, que
no total tem 20 músicas. "A Zélia Duncan gravou o samba inédito Que Malandro
Você é!. Eu encontrei somente a letra dessa música numa revista antiga da
década de 60. Depois, num acervo de uma viúva de um parceiro de Wilson,
achei as notas musicais. Essas notas se encaixavam perfeitamente na letra",
revela o pesquisador. O álbum é acompanhado de um disco extra com a trilha
sonora do espetáculo de teatro.
Polêmicas - Para o pesquisador, há pelo menos dois motivos que fizeram com
que a obra de Baptista caísse no esquecimento. O primeiro por culpa do
próprio sambista. "Ele foi o pior inimigo dele mesmo. Nunca organizou sua
obra e gastou todo o dinheiro com viagens e mulheres. Ele foi o oposto de
Ataulfo Alves, por exemplo, que deixou sua obra toda catalogada", diz.
Segundo, porque ele criou uma polêmica com Noel Rosa. "Na época, foi apenas
uma brincadeira entre amigos. Anos mais tarde, um radialista fez um especial
sobre Noel e resgatou a polêmica, só que de maneira aumentada. O que era uma
brincadeira foi interpretado como algo sério".
A história envolvia composições deles. "Lenço no Pescoço", de Wilson, falava
dos malandros da época. Noel teria respondido com uma outra música acusando
Wilson de ser folgado. "A partir daí, passaram a se atacar por meio de
sambas", explica o pesquisador. "Na época, não teve a menor importância, mas
foi no programa do radialista Almirante, nos anos 50, que a polêmica
retornou, 20 anos depois". Segundo Alzuguir, o sambista também era acusado
de não trabalhar. "É uma incoerência dizer que uma pessoa que dedicou a vida
à música nunca trabalhou. Ele foi um dos que mais compôs nesse período,
foram quase 700 músicas. Mas na época, ser compositor não era um trabalho e
sim um hobby."
O pesquisador conta que decidiu pesquisar Batista porque sempre foi um
apaixonado pela música brasileira do início do século 20. "A minha ideia era
escrever uma biografia. Já tenho bastante material para isso. Mas o projeto
musical acabou vindo antes", diz. As informações são do Jornal da Tarde.
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