PROJETO DE NIEMEYER PARA O CLUBE DO CHORO TEM INAUGURAÇÃO EM NOVEMBRO
 
Brasília vai ganhar no próximo dia 10/11, quinta feira, às 20hs, o Espaço 
Cultural do Choro. Projetado por Oscar Niemeyer, ele ocupa mais de dois mil 
metros quadrados de área construída no Setor de Divulgação Cultural, ao lado do 
antigo Clube do Choro, que funcionou durante mais de três décadas em uma sede 
provisória. Além do Café-Concerto, agora ampliado para 420 lugares, o Espaço 
abrigará a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabelo, com capacidade para mil 
alunos, e um futuro Centro de Memória e Referência do Choro, sob supervisão da 
Universidade de Brasília.


Com 33 anos de existência, o Clube do Choro é a mais tradicional instituição do 
gênero em todo o país. Desenvolve também, desde 1997, o mais duradouro e bem 
sucedido projeto de música instrumental já realizado no Brasil, voltado para o 
resgate e atualização da obra de grandes compositores da MPB como Pixinguinha, 
Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim, Villa-Lobos, Waldyr 
Azevedo, Ary Barroso, Garoto, Radamés Gnatalli, Tom Jobim e Dorival Caymmi, 
entre outros. Até agora foram 1.500 shows, envolvendo 2.500 músicos de todas as 
regiões do país, para uma platéia estimada em 500 mil espectadores, 
multiplicada pela audiência de emissoras públicas que gravam e divulgam os 
espetáculos para o Brasil inteiro, os países do Mercosul e as nações de língua 
portuguesa.


O Clube do Choro é tombado pelo Governo do Distrito Federal como "patrimônio 
imaterial de Brasília" e recebeu da Presidência da República a comenda da Ordem 
do Mérito Cultural. Apesar do sucesso indiscutível, que levou o historiador da 
MPB Sérgio Cabral a qualificá-lo de "uma das mais importantes instituições 
culturais do país", funcionava até agora em situação precária num prédio 
originalmente destinado a servir de vestiário para os funcionários do Centro de 
Convenções Ulysses Guimarães.

  
                                                                                
           INAUGURAÇÃO

 
Três shows marcam a inauguração do Espaço Cultural do Choro. A abertura ficará 
a cargo de Reco do Bandolim & Choro Livre, o mais antigo conjunto regional em 
atividade na Capital. Em seguida subirá ao palco o bandolinista baiano 
Armandinho Macedo, que ao lado do violonista Raphael Rabello, já falecido, fez 
nos anos noventa apresentações sem cachê com renda revertida para as obras de 
reabertura do Clube, então ameaçado de fechamento. A noite será encerrada pela 
orquestra Mantiqueira, de São Paulo, recriando grandes sucessos do Choro e da 
MPB.                                       

A solenidade de inauguração marca o início das festividades que se estenderão 
até 17/12. Entre outras atrações, virão a Brasília o guitarrista Pepeu Gomes, o 
pianista João Donato, o multiinstrumentista Carlos Malta, o bandolinista Danilo 
Britto, a Traditional Jazz Band e o artista cubano Pepe Cisneros, com seu grupo 
Cuba 7. A temporada deste ano será encerrada com uma semana de apresentações de 
alunos da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. E o projeto para 2012 já 
tem nome: “Meu Caro Amigo Chico Buarque”, inteiramente dedicado à obra do 
primeiro artista brasileiro vivo homenageado pelo Clube do Choro.


Como é de praxe no Clube do Choro, músicos da orquestra Mantiqueira (10/11), do 
grupo Pepe Cisneros e Cuba 7(11/11) e da Traditional Jazz Band (12/11) farão 
workshops com aulas gratuitas e abertas à população, em especial aos estudantes 
de música. 

 
                                                                                
              O ESPAÇO

 
 A sala de espetáculos do mais novo pólo cultural da cidade tem 560 metros 
quadrados e é toda climatizada, com espaço para 105 mesas de quatro lugares.  
Dispõe de um amplo palco, mezanino com cabines de som, luz e vídeo, além de 
bar, restaurante e dois camarins localizados no subsolo. No prédio anexo, que 
perfaz mil metros quadrados, oito salas de aulas já recebem 750 estudantes de 
bandolim, cavaquinho, pandeiro, flauta, saxofone, gaita, violão de seis e sete 
cordas e viola caipira. Há também cabines de ensaio com previsão de tratamento 
acústico.


Haverá também um Centro de Memória e Referência do Choro, a ser montado com a 
assistência técnica da Universidade de Brasília. Brevemente estudiosos, 
pesquisadores e interessados poderão ter acesso a vídeos, discos, partituras e 
documentos relativos ao gênero musical que está na raiz da MPB. Instituições 
culturais e artistas de Brasília e de todo o país já estão sendo contactados 
para coleta de depoimentos e cessão de cópias de material histórico. O Espaço 
Cultural do Choro tem ainda um pátio de convivência de 500 metros quadrados, 
servido por uma lanchonete, para congregar alunos, artistas e frequentadores, 
que poderão se circular sob a marquise existente entre o Café-Concerto e a 
Escola.  


O projeto de Oscar Niemeyer foi entregue ao presidente do Clube do Choro, Reco 
do Bandolim, em 2005, durante encontro no escritório do arquiteto, no Rio de 
Janeiro. Foi um presente  de Niemeyer, que se declarou admirador do trabalho do 
clube pela cultura brasileira, além de telespectador dos shows tgransmitidos 
pelas TVs públicas. O Governo do Distrito Federal se encarregou da construção 
da obra, concluída este ano. E o Ministério da Cultura, através do Fundo 
Nacional da Cultura, financiou a aquisição de equipamentos de som, iluminação, 
vídeo, computadores e mobiliário.  

 
Marcação de entrevistas: Marco Guedes (produtor) 0xx-61-322-51199 / 
0xx-61-7816-5341                                      
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