Minha opinião pessoal sobre esta notícia:

Estatísticamente um crescimento de 150% em dois anos é um fato notável, mas
na prática, 1% do mercado de desktops é uma "merrequinha".

É essa merrequinha que não anima as grandes empresas desenvolvedoras a
lançarem versões nativas para Linux de programas consagrados e de grande uso
no mercado. E isso se torna um círculo vicioso, porque se não temos no Linux
os mesmos programas que encontramos para Windows, menos pessoas irão migrar
para Linux, e quanto menos pessoas migrarem para Linux, as "grandes
empresas" não irão considerar o Linux uma plataforma viável
(economicamente).

Trabalho muito com software de programação e de produção gráfica da Adobe
(Flex Builder, Flash, Photoshop, etc). Apenas o Flash Player tem versão
nativa para o Linux. O Flex Builder para Linux é uma versão alpha com apenas
com menos de 50% dos recursos da versão para Windows, e sem previsão de
lançamento da versão final. Também trabalho bastante com Linux: Apache,
MySQL, PHP, etc.

Alguém pode dizer que existem muitas opções de programas livres que podem
substituir os programas comerciais. Mas isso nem sempre pode ser feito.
Sinceramente, não dá pra dizer que o Gimp substitui o Photoshop (se você for
trabalhar profissionalmente com produção gráfica). O Flash CS4 não tem um
equivalente no Linux. Editoração eletrônica: não existe um InDesign ou
equivalente no Linux (experimentei o Scribus, mas parece software de
editoração de 20 anos atrás). E por aí vai. Agora, o OpenOffice pode
substituir perfeitamente o MS Office, pelo menos para o uso que eu faço de
um pacote de escritório. Isso varia muito de usuário para usuário. Para um
usuário desktop que só navega na internet, escuta música e assiste filme no
computador, o Linux resolve 100% da necessidade dele.

Mas tem um ponto onde o "bicho pega". Eu sempre avalio um sistema
operacional aplicando o que próprio Linus Torvalds disse: "o usuário nem
deve notar que o sistema operacional existe". Ou seja, o sistema operacional
deve funcionar corretamente, para que o usuário possa trabalhar usando os
aplicativos. Em todas as distribuições Linux que eu testei até hoje o
sistema operacional sempre se fez ser notado. Em algumas discretamente, em
outras escandalosamente. De repente notei que usando Linux eu passo mais
tempo configurando o sistema do que realmente produzindo o meu trabalho. O
melhor Ubuntu que eu usei até hoje foi o 8.10. Quando migrei para o 9.04
pensei que seria a confirmação da evolução da distribuição, mas tive tantos
problemas que realmente desisti (muita coisa que funcionava redondinho no
8.10 não funciona mais no 9.04). Vou esperar, quem sabe os problemas desta
versão sejam corrigidos na próxima. Enquanto isso vou brincar novamente com
o Slackware (tentar fazer configurar no notebook, só por diversão).

Mais uma vez eu digo que esta é a minha opinião pessoal sobre o mercado
desktop. O mercado de servidores é outra história, como todos sabem. Quem
concordar/discordar e quiser manter uma discussão construtiva, vamos lá.

Até mais.
Luciano Santos

-----Mensagem original-----
De: ubuntu-br-boun...@lists.ubuntu.com
[mailto:ubuntu-br-boun...@lists.ubuntu.com] Em nome de Daniel Alves
Enviada em: segunda-feira, 4 de maio de 2009 16:13
Para: Ubuntu Lista
Assunto: [Ubuntu-BR] Linux - Atingimos 1%

Pelo que parece a idéia está emplacando...

http://info.abril.uol.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/linux-bate-1-de-mer
cado-pela-primeira-vez-02052009-2.shl


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Daniel Alves
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