Grande Rogério Chola...

Minhas palavras e fragmento de frase são incapazes de transcrever aqui o que 
senti lendo sua definição de realidade, falsa realidade e inexistência.

Por outro lado, me senti ofendido em algumas colocações, mas acredito que isso 
seja natural do ser humano, certo? Não pretendo fazer com que isso seja uma 
trave em meus olhos para que me esconda o principal objetivo dessa lista de 
discussão, que, na verdade, busca fatos para entender o fenômeno OVNI.

Não é a primeira vez que um assunto secundário toma dimensões tão grandes. Não 
faço muito comentários na lista e, os que faço, são baseados na realidade e na 
minha perspectiva. Assim como existem diferentes perspectivas, como a sua por 
exemplo, deve existir compreensão mútua e desejo de crescimento tanto em si 
quanto nos companheiros. Se estou sendo ignorante, tendo uma visão menos 
privilegiada ou infantil em meus comentários, acredito que posso mudar, mas 
isso não quer dizer que não tenho verdades que possam ser adicionadas ao 
conhecimento dos outros amigos.

Sinceramente fico infeliz na quantidade de mensagens que recebo de pessoas 
tentando se defender de acusações, e de outras querendo mostrar mais 
conhecimento do que as outras. Por exemplo: enviei uma mensagem para lista 
falando sobre um avistamento em Quissamã/RJ. O interesse dos assinantes da 
lista em comentar esse fato foi ínfimo, para não dizer nulo. Agora, por outro 
lado, fiz um comentário descompromissado, falando sobre nosso querido 
presidente, o que saltou aos olhos de alguns como calúnia e a outros como mero 
comentário. Agora, pergunto a todos: qual fato estamos discutindo aqui? O humor 
de alguns ou o avistamento? Os fenômenos ocorridos em nosso universo ou o ponto 
de vista de alguns em aceitar ou rejeitar os fatos apresentados? Ainda não 
consegui entender o que realmente estamos fazendo aqui na lista.

Aprendi muita coisa lendo seu texto, Chola, mas isso, infelizmente, não me 
acrescentou nada no que diz respeito ao que busco do fenômeno. Seria muito mais 
interessante se as pessoas se ocupassem em questionar meus avistamentos, porque 
aí sim estaria sendo provada alguma coisa. O que prova discordar de um 
comentário sobre o presidente? Se existe apoio do governo sobre pesquisas 
ufológicas, legal... mas todos aqui concordam que poderia ser feito muito mais. 
Incentivar a pesquisa ufológica, inclusive, talvez não seja o principal ponto 
em questão para ser resolvido aqui no Brasil.

Talvez minhas palavras sejam obscuras, faltando ao entendimento geral. Ou, 
talvez, esteja enviando uma mensagem que não surtirá efeito algum e poderá 
provocar mais comentários negativos aqui.

Mas, antes de terminar, gostaria mesmo de saber qual o problema comigo. Por que 
meu avistamento não foi questionado e meu comentário sobre o presidente sim? 
Por que nos ocupamos em ficar chateados com coisas que deveria nos fazer rir? 
Não aceito que alguém me fale aqui que estamos em uma lista séria porque, 
devido a alguns comentários infelizes, isso não parece ser.

Gostaria mesmo era de deixar aqui meu apelo. Será que vale realmente à pena 
comprometermo-nos com fatos sem importância didática e deixarmos que nossa 
personalidade estrague nossa possibilidade de crescimento junto aos outros aqui 
na lista? Será que um o outro não pode falar o que pensa e fazer comentários 
engraçados sem ofender o autor do texto? Será que é tão difícil entender que o 
ser humano é sociável, engraçado e curioso ao mesmo tempo? Se aprendermos a 
conviver com nossas diferenças e ajudarmos uns aos outros, com certeza teremos 
uma lista de discussão onde todos sairão ganhando.

Espero que ninguém comente esse meu texto agora falando que errei na conjugação 
de verbos, ou em gênero, número e grau.

Abraço a todos.

Leonardo Cruz Costa
  ----- Original Message ----- 
  From: Rogerio Chola 
  To: ufoburn@yahoogrupos.com.br 
  Sent: Monday, June 06, 2005 1:43 PM
  Subject: Re: [BURN] Provas, provas, provas


  Prezados Andréa, Sílvio e demais,

  As pessoas estão situadas em ângulos diferentes da vida e, embora partilhem
  da mesma estrutura bioquímica, suas interpretações sobre o que percebem da
  realidade é diversa e baseada em pârametros regionais, culturais e morais
  nem sempre corretos e acordes com uma visão adequada da natureza. Se
  observássemos um grupo de quatro seres humanos, dispostos em círculo nos
  quatro pontos cardeais, e a seguir colocássemos um automóvel no centro e
  pedíssemos a cada um para descrever o objeto à sua frente, qual seria a
  forma do mesmo? Para aquela pessoa que está na frente, o objeto tem dois
  faróis, duas rodas e um pára-brisa; para aquela que está atrás, tem um
  pára-brisa, duas lanternas e duas rodas; as que estão do lado, dirão que o
  veículo não tem nem faróis nem lanternas, mas duas rodas, uma porta e duas
  janelas. Quem fez a melhor descrição do veículo? Quem conseguiu chegar mais
  perto da verdadeira forma? Todos estão certos na sua descrição, mas as
  mesmas são incompletas. Se juntásse­mos todas as informações é muito
  provável que conseguísse­mos montar a imagem correta do veículo, mas mesmo
  assim, teríamos de ter pessoas por cima e por baixo para ter real­mente a
  descrição completa. Assim, cada ser-humano se encontra num canto do mundo
  que habita, percebendo o que acontece ao seu redor unicamente através de um
  pequeno e limitado ângulo. É impossível que um ser possa ter uma percepção
  total e completa dos eventos ou situações que ocorrem à sua volta. Se isso
  fosse possível, se uma simples criatura tivesse a oportunidade de apreciar
  com uma cobertura total cada detalhe, cada fragmento de uma ocorrência, não
  seria necessária qualquer participação ou colaboração de um outro
  semelhante. Não precisaria checar ou confrontar dados ou informações para
  concluir. Bastaria ser único, individual e auto-suficiente, pois sozinho
  teria a capacidade de ponderar e concluir.Uma das razões de sermos muitos!

  Existe, como eu já coloquei, todo um arsenal de testes e metodologias que
  permite identificar quem é propenso a fantasiar relatos; inventar histórias;
  quem possui extrema inclinação ao misticismo ou a credulidade excessiva;
  quem é mentiroso e forjador de relatos e casos e quem é idôneo e realmente
  vivenciou uma experiência anômala e, a princípio, ilógica e irracional.
  Dentro da ufologia temos casos clássicos que desafiam, até hoje o
  entendimento coerente sobre até onde é fato e ficção e se realmente existe
  algo de real. Como o caso do médico francês conhecido no metiê ufológico
  como "Dr. X".

  Sobre a questão das "provas", precisamos saber em que contexto? Se estamos
  falando de experiências místicas e religiosas baseadas na fé e crença das
  pessoas, realmente, esta não precisamos de nenhuma prova, pois a pessoa já
  acredita no que supostamente vivenciou e não existirá nada que a faça mudar
  de idéia (vide santa da janela). Felizmente a ciência trabalha com fatos que
  se repetem e que podem ser observados, questionados, compreendidos,
  confrontados e o melhor, refutados! Em discussões como esta, sobre provas, é
  possível detectar certos "absurdos" de ordem dialética (de raciocínio e de
  argumentação). E como a ufologia já é muito visada e, muitas vezes
  injustamente desprezada, temos de prestar mais atenção a certos deslizes
  imperdoáveis. Geralmente isto ocorre por falta de observância de uma
  linguagem correta, mais isenta e até acadêmica. Neste mundo em que ora
  habitamos do raciocínio, das pesquisas, dos estudos, enfim da chamada
  realidade objetiva, existe algo que é conhecido como "ordem natural das
  coisas" ou, em outras palavras, "o que é normalmente aceito" e "o que ocorre
  no mundo da simples observação corriqueira". Nestes casos, nada disto
  necessita mesmo ser provado.

  Por outro lado, sempre que alguém, um grupo ou movimento de pessoas afirmam
  que exista algo considerado incomum e anômalo e que está fora dessa ordem
  considerada natural, que seja escasso, raríssimo ou ainda que seja algum
  tipo de exceção à regra do mundo classificado pela maioria, é isto que
  necssita ser provado e para se provar são necessárias provas e evidências
  concretas. Prova é um termo aplicável sempre que algo concreto (mesmo que
  raro, excepcional, anômalo, não-convencional, etc) necessite ser
  demonstrado. Na outra ponta, outro absurdo seria tentar provar que algo não
  existe que, como parâmetro de raciocínio para ver se existe ou não, é um
  erro dialético grosseiro e uma impossibilidade filosófica e científica.
  Seria inatingível tentar lidar com uma hipótese que não comportaria qualquer
  método imaginado!

  Então creio que não é questão de tornar a ufologia um tribunal para decidir
  o que é real e sim aplicar todo o conhecimento disponível (multidisciplinar)
  existente para descobrir se um relato é ou não (e até onde é) confiável. As
  pessoas, geralmente, diante de um mesmo estímulo externo, respondem de
  maneira diversa e muitas vezes imprevisível. Relatos pessoais são utéis e
  devem ser registrados, analisados e pesquisados, mas, não constituem prova
  cabal a respeito do Fenômeno OVNI e todo o envolvido. Não se pode esquecer
  que na maioria das vezes as pessoas relatam o que acreditam ter visto,
  percebido, interpretado e vivenciado e não o que realmente pode (ou não) ter
  acontecido! É como um sonho e uma mentira. Uma mentira é real, porém não é
  verdade enquanto informação, mas é verdadeira enquanto existência e, assim,
  real enquanto fato. Da mesma maneira um sonho, por mais absurdo que possa
  parecer, é tão real quanto verdadeiro. Mas sua verdade e realidade estão
  vinculadas ao fato de haver acontecido e ter sido experimentado. Assim
  podemos deduzir que existe, no Universo, tanto uma verdade maior ou
  absolu­ta, quanto uma realidade absoluta. Pelo fato de um ser hu­mano nunca
  ter visto um peixe, jamais deixou o peixe de existir. Da mesma forma, a
  realidade universal extrapola qualquer intenção de percepção ou qual­quer
  percepção reali­zada, pois individualmente sempre será parcial! Somente a
  união, o coletivo, pode gerar a condição ideal de percepção da realidade e
  por isto que existe um grande movimento contrário a união entre as pessoas,
  a quebra de barreiras entre países e a valorização extrema do
  individualismo! O assunto é sério.

  Abraço!

  Chola








  ----- Original Message ----- 
  From: "Andreia" <[EMAIL PROTECTED]>
  To: <ufoburn@yahoogrupos.com.br>
  Sent: Friday, June 03, 2005 6:28 PM
  Subject: Re: [BURN] Provas, provas, provas


  > Sílvio, vc tem toda razão, um relato pode ser verdadeiro. Mas também pode
  > não ser. O problema é saber em que caso se encontra.
  > Claro que sempre podemos nos defrontar com mentirosos patológicos,
  > fraudadores ou pessoas que estão tirando uma onda. Talvez nestes casos
  seja
  > até fácil identificar o engodo.
  > Mas há aquelas pessoas que se enganam, ou interpretam o que vêem conforme
  > seus parâmetros; peça a alguém que descreva um acontecimento em que vc
  > estivesse junto e compare as versões (não esqueça de ficar quieto enquanto
  a
  > pessoa fala, para não a influenciar). E se vc quiser estender a
  experiência,
  > repita a pergunta alguns meses depois...
  > E há também as que vêem coisas que mais ninguém vê. Para não me alongar
  num
  > exemplo, pensa no protagonista de "Uma Mente Brilhante". Ele vivenciava
  suas
  > alucinações de tal forma que ele não sabia que elas não eram a realidade.
  E
  > qdo falava das pessoas com que interagia, se pensava que elas existiam de
  > verdade. Sei que esse é um caso extremo, mas nunca se sabe exatamente o
  que
  > se passa na cabeça dos outros (tem vezes que até na nossa, já ouvi muito
  > "Não sei o que me deu na cabeça!!...).
  > E há coisas interessantes em relação às testemunhas... muitas vezes elas
  > tentam oferecer aquilo que elas acham que o entrevistador quer.  Lembra
  > daquelas pegadinhas da Atlântida onde o pesquisador fazia uma enquete
  sobre
  > algum fato inventado e sempre encontrava uns que "assistiram" o fato?!
  > Por todas estas incertezas é que se procura provas de que o que é relatado
  > foi um acontecimento real. E que cada vez mais o estudo ufológico se
  centra
  > no psiquismo humano.
  > Abraços,
  > Andréia.





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