Terça, 2 de dezembro de 2008, 08h39  
Dióxido de carbono é descoberto em planeta distante
Katharine Sanderson


O dióxido de carbono, um dos sinais de que um planeta pode abrigar vida, foi 
detectado na atmosfera de um gigante gasoso orbitando uma estrela a 63 anos-luz 
da Terra.
Nature 
 
O HD 189733b é um planeta similar a Júpiter, mas que orbita muito mais próximo 
de sua estrela, portanto, muito mais quente
 
Embora não exista a menor possibilidade desse planeta particular abrigar vida, 
a detecção de dióxido de carbono em sua atmosfera oferece uma esperança à 
sondagem de atmosferas de planetas mais parecidos com a Terra - impulsionando, 
portanto, a procura de vida fora do Sistema Solar.
O HD 189733b é um Júpiter quente - planeta similar em massa a Júpiter, mas que 
orbita muito mais próximo de sua estrela, portanto, muito mais quente. Giovanna 
Tinetti, da University College London, no Reino Unido, e seus colegas, mediram 
o espectro da luz que vem do lado claro do planeta pela técnica "trânsito 
secundário".
Ela envolve o registro do espectro de luz do planeta e sua estrela e, depois, 
do espectro apenas da estrela, quando o planeta não está visível. A diferença 
dos dois espectros é o espectro de luz que vem diretamente do planeta. Tinetti 
usou a Câmera de Infravermelho Próximo e Espectrômetro Multiobjeto (Nicmos, na 
sigla em inglês) a bordo do Telescópio Espacial Hubble.
O que surgiu foi um espectro que, após ter suas partes de absorção e emissão 
separadas e comparadas a modelos teóricos, revelou a presença de dióxido de 
carbono na atmosfera do planeta.
"É um resultado animador", disse Tinetti. "É o primeiro espectro de 
infravermelho próximo de um planeta. Mesmo de um ponto de vista técnico, é um 
ótimo resultado".
Descoberta Espetacular
"O dióxido de carbono é um dos quatro grandes biomarcadores para um planeta 
habitável, se não habitado," afirmou Alan Boss, do Departamento de Magnetismo 
Terrestre da Instituição Carnegie, em Washington, que não estava envolvido no 
estudo. 
Os outros três são água, metano e oxigênio - e agora o oxigênio é o único que 
ainda não foi observado na atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar. "Eles 
realmente acertaram em cheio", Boss disse sobre o resultado.
O instrumento Nicmos examina a parte infravermelha do espectro, enquanto 
estudos anteriores desse planeta com o Telescópio Espacial Spitzer focavam 
outras áreas do espectro, nas quais a presença de dióxido de carbono não podia 
ser constatada, como a região médio-infravermelha. Esses diferentes 
instrumentos podem sondar diferentes camadas da atmosfera, de forma a colher 
uma imagem da química que acontece entre elas.
"É um conjunto de dados espetacular", garante Sara Seager, do Instituto de 
Tecnologia de Massachusetts, Cambridge. "É impressionante que consigamos 
detectar moléculas em atmosferas exoplanetárias. A detecção de dióxido de 
carbono é particularmente surpreendente, porque se esperava que outras formas 
de carbono, como o monóxido de carbono e o metano, fossem dominantes nessa 
atmosfera quente e rica em hidrogênio".
Tinetti e seus colegas descartaram essa expectativa pela alta, e incomum, 
proporção carbono-oxigênio na atmosfera do planeta.
Boss ficou impressionado com o fato de, mesmo na mais baixa resolução desse 
espectro, o sinal do dióxido de carbono se manter tão claro. "É incrível o que 
você pode fazer com um telescópio como o Hubble, que nunca foi projetado para 
observações planetárias como essa", disse.
Cautela
Tinetti e sua equipe são cautelosos nas conclusões de seus resultados, mas 
esperam que, com mais observações, consigam descobrir se esse dióxido de 
carbono se origina de uma reação fotoquímica ou termoquímica.
Eles tiveram sucesso em calcular aproximadamente a abundância de dióxido de 
carbono da atmosfera em 0,00001 vezes a quantidade do gás mais abundante, o 
hidrogênio molecular. Os resultados foram apresentados em um encontro sobre 
moléculas em atmosferas de planetas extra-solares, ocorrido entre 19 e 21 de 
novembro em Paris, e serão publicados na Astrophysical Journal.
"O planeta que observamos não é nem de perto habitável", afirmou Tinetti, "mas 
todas essas medições nos dão a oportunidade de aprender". 
Com esse aprendizado, os astrônomos serão capazes de avançar, encontrar e 
caracterizar planetas que são como o nosso. "Estamos extremamente próximos de 
encontrar um planeta com a massa da Terra", garantiu Tinetti.
Tradução: Amy Traduções

Nature
 
Fonte:  http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3366482-EI301,00.html




Mauro de Rezende 
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