Uma fonte da justiça eleitoral, que pede anonimato, me informou que o eng. Osvaldo Catsumi, do ITA, acaba de ser recontratado pelo TSE para tentar apagar o incêndio do Caso Alagoas.

O Catsumi é um dos responsáveis pelo projeto das urnas-e e trabalhou para o TSE até janeiro de 2006.

Volta agora para tentar ajudar a equipe tecnica do TSE explicar o mau funcionamneto das urnas e como, mesmo assim, se poderia garantir que o resultado não foi afetado.

Fica estranho que o ITA tenha sido contratado para fazer um laudo do sistema e ao mesmo tempo autoriza um técnico seu para participar auxiliar de uma das partes. Pelo o que saiba o prof Clóvis, que tabalhou para a outra parte, já compkletou o seu trabalho e está fora do processo neste momento.

Outra coisa que chama a tenção nesta contratação do ITA pelo TSE é o prazo muito pequeno (até o fim do carnaval) para a presentação deste Laudo ITA.

Neste prazo é impossível se fazer uma auditoria de verdade. A outra auditoria da Unicamp levou seis meses e seus técnicos nem tiveram que ir a campo coletar amostras das urnas.

Estou achando este prazo mínimo, a afirmação do Diretor do TSE que a conclusão do Laudo já é conhecida e a autorização do ITA para que o Catsumi volte a trabalhar para o TSE um conjunto de indícios preocupantes.

[ ]s
  Amilcar
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Reportagem do Jornal Valeparaibano

Voto Eletrônico

'Missão' do ITA em Alagoas abre investigação de urnas

Diretor do TSE fecha acordo com instituto para envio de 5 técnicos de S.
José

São José dos Campos
José Roberto Amaral

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) oficializou ontem um acordo com o
ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos, que
prevê o envio de pelo menos cinco técnicos do centro de pesquisa a
Alagoas para verificar possível fraude no sistema de urnas eletrônicas
utilizado naquele Estado nas eleições de 2006.

O diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura Filho, e o secretário de
Tecnologia da Informação do órgão, Giuseppe Dutra Janino, estiveram
ontem em São José para fechar o acordo. Eles se reuniram por quase duas
horas com o reitor do ITA, brigadeiro Reginaldo dos Santos, e outros
representantes do alto escalão do instituto. Técnicos da Unicamp
(Universidade de Campinas) também foram convidados para participar da
'missão'. O relatório final deverá ser entregue até o Carnaval, segundo
o diretor do TSE.

A suspeita de fraude foi levantada a partir de um estudo do professor do
próprio ITA -- Clóvis Torres Fernandes -- a pedido do deputado federal
João Lyra (PTB), candidato derrotado nas últimas eleições para o governo
de Alagoas. Na auditoria das 5.170 urnas eletrônicas usadas nas eleições
de Alagoas, o professor afirma ter descoberto várias irregularidades,
como equipamentos que não registraram votos e a utilização de 29 urnas
que não estavam na relação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas.

Segundo o relatório, na totalização também apareceram 22.562 votos a
mais do que os registrados nas urnas. O estudo mostra ainda que em 44%
das urnas foram encontrados problemas de vários tipos, além de indícios
de perda de integridade no registro digital de votos de 97 urnas. Com
base no relatório, João Lyra entrou com um pedido de impugnação da
eleição na Justiça Eleitoral de Alagoas.

SEGURANÇA -Apesar dos problemas, os representantes do TSE garantiram
ontem que o sistema de voto eletrônico, utilizado no Brasil há 11 anos,
é 100% confiável (leia texto nesta página).

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe
Janino, o estudo do professor Clóvis Fernandes teria vícios na origem.
"Ele tomou como base o registro dos 'logs' [espécie de caixa preta da
urnas], que não é um dispositivo de segurança, mas um dispositivo de
auditoria. Temos outros processos que garantem a segurança da votação.
Em 3% dos casos podem ocorrer interpretações erradas, mas os dados da
votação estão íntegros. Existem outros controles que atestam isso",
afirmou Janino.

TÉCNICA- Segundo os representantes do TSE, os problemas técnicos teriam
ocorrido com urnas eletrônicas fabricadas em 1998, utilizadas nas
eleições de Alagoas e em outros Estados no ano passado.

Giuseppe Janino também afirmou que a investigação prévia do TSE sobre o
caso não encontrou as 29 urnas usadas a mais no pleito, conforme atesta
o professor do ITA. "O estudo [de Clóvis Fernandes] aponta a existência
de mais eleitores que votos. Isso não é possível. Quando o boletim de
urna é enviado para a totalização o sistema checa isso. Se não confere,
ele é automaticamente rejeitado", afirmou.

O reitor do ITA, Reginaldo dos Santos, não comentou o assunto ontem,
alegando que o caso ainda será investigado e que o estudo do professor
Clóvis Fernandes tem caráter autônomo.


TSE vê credibilidade no sistema

O diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura Filho, disse ontem que a
Justiça Eleitoral tem plena confiança na segurança do voto eletrônico e
anunciou que o órgão pretende, a partir deste ano, ampliar os canais
para a realização de auditorias externas no sistema.

"Até agora o que existe são teses sobre a eventual falha do sistema. Na
prática, não se provou nada. O caso de Alagoas será investigado em todos
os sentidos e será bom para atestar a confiabilidade plena do sistema.
Vamos fazer ajustes para possibilitar maior abertura e para que se
desvende de vez o processo", disse o diretor do TSE ao valeparaibano.

Athayde Fontoura Filho sustenta que atualmente todas as fases, desde a
preparação da urna eletrônica até a totalização dos votos, são abertas
para acompanhamento dos partidos políticos e entidades como OAB e
Ministério Público.

TRANSPARÊNCIA- Segundo Fontoura Filho, o Tribunal Eleitoral pretende
convidar especialistas, entre eles o professor Clóvis Fernandes, para
apresentar o funcionamento da tecnologia empregada no sistema.

Na opinião do representante do TSE, a investigação do ITA e Unicamp
atestarão a credibilidade das urnas eletrônicas. "O relatório realizado
é autônomo, é de pura responsabilidade do professor e não é do ITA.
Nossa proposta é ter uma auditoria independente para se chegar a um
resultado oficial", disse.

IMPRESSÃO- O diretor do TSE descartou a adoção do voto impresso como
forma de aumentar o controle sobre a urna eletrônica, conforme ocorrera
no pleito de 2002 em alguns municípios, como Jacareí e Taubaté.

"Isso não traz mais segurança. Simplesmente terá um custo a mais para a
população", disse o diretor do tribunal.




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