Amigos,
Abaixo uma minuta de uma carta que estou preparando
para um jornal.
Estiamria dos amigos, a crítica.
Aristóteles
Sobre : Contraponto, “voto eletrônico sob suspeita no
país”
Senhores,
Foi indiscutível a celeridade que os psefógrafos do TSE
imprimiram à eleição. Contudo, se o que se busca naquela
máquinas vai além do deslumbre com coisas
tecnologicamente avançadas, a garantia de que haverá
respeito à vontade popular impõe-se limites às vantagens
oferecidas pela coisa.
Ocorre que os milagrosos efeitos do autômato, que levou
muitos a verter baba de espanto, possui nas suas
entranhas várias possibilidades de operar a vontade
popular, ou seja, muda-la, deturpa-la, portanto é
também capaz de operar como um “presente de grego”.
São engenhos equipados de memórias, mas desprovidos
de consciência. Simbolicamente é corretíssimo afirmar-se
que a consciência da coisa, a capacidade de censurar,
espelha a consciência, o moral, o civismo dos seus
inventores e programadores, portanto pende à índole dos
humanos, que pode ser boa ou má. Eis o busílis da
questão.
O maior defeito daquelas máquinas reside no fato de que
elas não produzem uma contra-fé, ou seja, o resultado
por elas apresentado tem que aceito como verdadeiro.
Não há como se proceder uma recontagem. Elas nos
apresentam apenas totais, não são urnas portanto, posto
que não guardam nada que possa ser revisitado ou
recontado, só permitem reler o que elas apresentaram
como resultado no fim da votação. E a garantia de que as
máquinas não foram viciadas reside única e
exclusivamente nos fios do bigode do TSE e dos seus
técnicos. Isto é muito pouco! Se tivermos em mente a
conduta dos atores da seara política no Brasil e os
interesses econômicos envolvidos nos processos
eleitorais. Insuficiente para garantir ao eleitor que sua
vontade está sendo respeitada.
Em verdade aquelas máquinas são tão ou mais sujeitas às
fraudes que as antigas urnas de pano.
Todos as fraudes praticadas no passado de certa forma
ainda são possíveis naquelas máquinas – são as violações
de “baixo nível”, como as denominam os técnicos em
segurança de dados. Os Senhores apontaram algumas :
“As possibilidades de fraudes denunciadas”.
Em adição aquelas máquinas permitem as fraudes que
poderemos chamar de fraudes de alta-tecnologia, ou de
alto-nível. Estas inteiramente imperceptíveis aos leigos
em informática, e difíceis de serem descobertas pelos
mais capazes expertes em informática.
Computadores são programados através do uso de
pseudo-linguagens estratificadas, as quais as máquinas
convertem em um código numérico complicadíssimo,
praticamente incompreensível à mente humana: alto-nível
(linguagem próxima da humana, p.e., C++), médio-nivel
(assembler), baixo-nível (código numérico).
Pois bem. Cabia ao TSE permitir apresentar aos partidos
todos os programas instalados naquelas máquinas.
Acabou apresentando apenas uma parte, deixando de
apresentar outras sob a alegação de que naquelas
residiam a segurança a garantia de inviolabilidade da coisa.
Observem. No fundo o TSE chamou a si a garantia de que
a coisa não contém vícios. Também trouxe a si as
desconfianças. Posto que ele e só ele, o TSE, detém a
capacidade de garantir que a coisa é isenta de vícios.
Mas se perguntarmos a qualquer pessoa minimamente
versada em informática se aquelas são sujeitas aos
vícios, e se este honestamente se pronunciar, dirá que
sim. E são. São pelo fato de que elas obedecem aos
programadores em várias instâncias que pendem a
máquina em si (o hardware), os controladores de
dispositivos (os drivers), o compilador (programa que
converte as pseudolinguagens em linguagem da
máquinas), e por fim, ao programa instalado propriamente
dito.
E bom que tenhamos em mente que este cipoal contém
milhões de instruções: isto ao nível da máquina. Muitas
delas desconhecidas até pelos atuais programadores da
coisa, posto que estão contidas em chips, compilador e
controladores de dispositivos. Em verdade ninguém tem
controle sobre a coisa.
Observem que o próprio TSE pode ser vítima de um vício:
juiz algum detém saberes para prever um vício.
É bom que se tenha em mente que todos e qualquer
arquivo instalado naquelas máquinas é capaz de portar
um vício. Inclusive as ingênuas fotografias dos candidatos.
Este vício, refiro-me a possibilidade viciar as máquinas
através das foto e um pequeno aplicativo instalado nas
máquinas, é na prática impossível de ser descoberto.
Posto que é possível viciar numas máquinas e noutras
não. É posssivel fazer com que os votos de um dado
candidato sejam computados para outro, ajudando uns
prejudicando outros.
Então ? Não existe solução para aquelas máquinas ?
Existe. Basta que a máquina produza uma contra-fé e que
esta seja examinado pelo próprio eleitor. Pronto! As
fraudes de alta-tecnologia desaparecerão. Resta-nos
saber por que o TSE reluta em adotar isto.
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