Sábado, 24 de fevereiro de 2001

Senado vai apurar vazamento de votos secretos e dados bancários
GILSE GUEDES

BRASÍLIA - Numa ofensiva contra o senador Antonio Carlos Magalhães 
(PFL-BA), o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), criou ontem 
duas comissões de inquérito para investigar a gestão do adversário e 
suspendeu o uso das votações eletrônicas até a apuração da suspeita de 
violação de uma votação secreta. A Casa requisitou cópia de uma fita com 
declarações de ACM ao procurador federal Luiz Francisco de Souza, que teria 
gravado o senador dizendo ter uma lista dos votos dos senadores na cassação 
do mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
O painel eletrônico foi lacrado anteontem. Jader anunciou em plenário, 
ontem, que até a conclusão das investigações as votações no Senado serão 
por cédulas. A Universidade de Campinas (Unicamp) ou um empresa indicada 
por ela deverá ser contratada para realizar uma auditoria e apurar o 
suposto vazamento dos votos.
As cópias das gravações darão embasamento às investigações no Senado. O 
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a Corregedoria do Senado poderão, 
com base nas informações, sustentar um pedido de cassação de mandato de ACM 
por quebra de decoro parlamentar.
Uma das comissões de inquérito vai apurar a "possibilidade de existência de 
vulnerabilidade no sistema de votação eletrônica. A outra comissão 
investigará o assessor de imprensa de ACM, Fernando César Mesquita, que 
teria admitido o vazamento de dados bancários sigilosos de Estevão. Cada 
comissão terá 30 dias para a apresentação de um relatório.

PAULO GUSTAVO SAMPAIO ANDRADE
Teresina - Piaui
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