On 21 Jun 01, at 2:05, Maria Luiza de Carvalho Armando wrote:

> Date: Quarta-feira, 20 de Junho de 2001 23:07
> Subject: muerte en Argentina
> 
> 
> El día del padre, en Argentina, se cobró 2 hombres muertos por balas
> de la Gendarmería Nacional., el más joven tenía 17. El otro, estaba yendo
> al cementerio a la tumba de su hija. Fue en el Noroeste, en General
> Mosconi, Provincia de Salta. Hace minutos apenas hablé con una amiga de la
> infancia que vive en la zona, la llamaré la "señora A.". Mujer, madre y
> trabajadora de una empresa agrícola, me cuenta que ella y toda la gente de
> la zona, está amedrentada...no se animan a dar nombre y apellido, por
> temor a lo que pueda sucederle a la familia... Me dijo "A": "Mosconi fue
> un caso testigo de represión".  En general Mosconi, localidad salteña,
> está ubicado el pozo gasífero más importante de Latinoamérica, pero esta
> noche nomás, cuando las temperaturas son bajo cero, "A" vio en un terreno
> baldío a niños buscando ramas para calefaccionarse. Para los dueños del
> gas, sólo hay frío. Las gasíferas y petroleras de la zona -privatizadas
> por el Menemismo, Cavallo y la complicidad de muchos millones argentinos-
> ganan 30 millones de dólares por día. Y hoy General Mosconi está sitiada
> por tropas. ¿por qué? Dice Matov -secretario de seguridad- que hay
> subversión, ya conocemos el cuento. Pero el pueblo salió hoy a la plaza y
> los hizo retroceder... por ahora... es hora de decir basta ya no dejemos
> que sea demasiado tarde no sé muy bien cómo se hace paso la inquietud a
> todos Mañana, la Sra. A, prometió pasar un cuadro de situación.
> Divulguemos, defendamos, denunciemos, pongámonos de pie hoy es el día de
> la bandera que no debe ser más "un trapo sucio que hace mucho que no se
> usa".... victoria
> 

Oi, amigos,

A verdade de lá é a de cá. É o efeito colateral da receita única, da implementação do 
bem-
estar-seletivo, a panacéia que está tornado toda AL uma desgraça só. 

Mas ainda tenho uma esperança: o vulcão parece inativo, mas movimentos tectônicos 
indicam que a erupção está prestes a ocorrer.

O povo está desesperançado, sem rumo. Percebo uma tendência muito perigosa: as 
pessoas inconscientemente estão aderindo, adquirindo hábitos claros de desobediência 
civil. 

Lembro-me de uma época que tínhamos vergonha de não pagar impostos. Agora o 
sonegador diz abertamente que não paga tributos por estar incapacitado de pagar. E 
isto é 
verdade, incapacidade contributiva é hoje uma característica dos brasileiros. Isto é 
um sinal 
de degradação: social, política e econômica.

Se o governo reage cria um conflito. Se não reage cria uma casta: a casta dos 
marginais. 
Por outro lado o governo sabe que este inferno é indústria dele próprio.

E não é justo culpar o cidadão que cai nesta senda: ele está vivo, a Natureza lhe dá 
ordens 
para lute pela subsistência. Não há lei humana que se sobreponha aos ditames da 
Natureza. 
Não existe forças capazes de sujeitar um necessitado – ele vai lutar para não morrer 
de 
fome e frio. Não haverá exércitos nem prisões que permitam controlar o que está se 
desenhando no porvir. O povo já não esta suportando o apetite voraz da pândega 
neoliberal por direitos sociais e rendas.

Entre dezembro de 1989 e dezembro de 1999 a economia informal cresceu 36 vezes em 
João Pessoa. Em todo lugar tem um camelô, um biscaiteiro, uma sacoleira. 

Há uma curiosidade nesta realidade: 46% dos integrantes desta economia informal – 
paraibana - é formada por egressos da extinta classe-média – Femipe/Pb 12/1999.

O outrora bairro mais rico da cidade, a Praia de Manaíra, onde moravam os bem-
sucedidos, apresenta dados muito curiosos. De cada dez residências (habitantes), 
quatro 
tem alguém com alguma atividade no setor informal. Padecem de uma doença mais 
contagiosa que a SIDA: o desajuste sócio-econômico. Trata-se do segmento “ex”: ex-
bancários, ex-comerciantes, ex-industriais, etc. Estão se alistando nas comunidades 
“sem”: 
sem-casa, sem-terra, sem... Todos vítimas dos sem-vergonhas.

Não só neste bairro, também noutros, é fácil encontrar residências de luxo, ostentando 
barracas e placas comerciais anunciando toda sorte de serviços e mercadorias: tudo na 
informalidade. Isto indica que a classe A de ontem virou classe C. Eles estão se 
misturando 
com aqueles que antes lhes pediam empregos e esmolas. Podem ainda não estar no mesmo 
barco, mas estão navegando na mesma água suja. Já se cumprimentam sem estabelecer 
diferenças, mais um pouco seremos todos uma geléia explosiva.  


Aristóteles


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