----- Original Message -----
Sent: Friday, June 22, 2001 2:21 AM
Subject: [VotoEletronico] !Re: Re:Prazos
legais
A
bomba só pode ser o Dossiê Cayman (o verdadeiro) ou a continuação dos
grampos do tal araponga da ABIN, o Telmo Rezende (que já vou logo avisando que
não é da minha família, pelo menos não que eu saiba).
Eu trabalhei na TELERJ,
e na época, o Serjão Motta fez uma espécie de TELE-REUNIÃO em circuito fechado
corporativo, só para os funcionários da TELEBRÁS.
Foi hilário. No meio
das perguntas dos funcionários, colocaram uma que era das mais "caústicas", e
parece que estava fora do esquema previamente combinado. O Serjão ficou
possesso da vida, e começou a chingar geral na segunda e na terceira questão,
igualmente espinhosas. Com o aumento da ira e a diminuição do nível do Serjão,
ele (ou os seus assessores) tiraram imediatamente a teleconferência do ar,
dizendo que "iriam organizar melhor as perguntas que os colaboradores do
Sistema Telebrás enviaram por fax" (o eufemismo usado pelo Ministério das
Comunicações em Brasília era esse mesmo: "COLABORADORES").
Nem preciso dizer que
as perguntas voltaram bem mais "amenas" depois. Pois eu fui testemunha disto,
assim como a grande maioria dos trabalhadores da Telebrás. Ver e ouvir aquela
ira senil do Serjão foi um dos momentos mais insólitos que já presenciei. E
quando ele voltou a nos "responder", ele simplesmente nada nos disse. Foi puro
nhém-nhém-nhém. Tava até meio gagá já, naquela época. Mais ou menos que nem o
ACM agora, cheio de incontinência verbal, já ouvindo os tambores do inferno
lhe chamando...
Mas eu sei de onde saiu
o caixa-dois dos tucanos. Foi das terceirizações nas Estatais. Se o Ministério
Público quiser chegar às sobras da campanha de 1998, bastaria apenas formar
uma força tarefa de promotores com aquilo roxo. É só eles quebrarem os sigilos
dos donos destas empresas de terceirização daqui da Telerj (por
exemplo: a CTM consultoria e recursos humanos, do RJ), nos meses
anteriores das eleições de 1998 (de meados de 1997 em diante), e verificar
onde cada uma das suas propinas foram depositadas.
Ou seja, em vez deles
(o MP) investigarem do destino para baixo (dos depósitos que geraram a conta
do Serjão), eles deveriam investigar da origem dessas receitas para cima. Só
assim, eles achariam o caixa-2. É como dizem os "gargantas profundas" em
todos os lugares: "sigam o dinheiro".
No caso que eu conheço
(e provo), os ordenadores de despesa em licitações para terceirização nas
ex-estatais eram sempre aliados, com a função de redistribuir o "Bolo do
Serjão": um baralho com "cartas marcadas". Eles eram sempre um ex-subalterno
(ou sub-chefe), liberando a verba para uma empresa escolhida
pelos próprios ex-chefes, que logo em seguida
eram recém-aposentados. Depois, este ex-chefe reaparecia como o Dono (ou
Diretor) daquela firma que ele mesmo havia licitado. Agora,
operava na condição de
"empresário-ex-colega-mas-recém-estabelecido-como-novo-colaborador-de-serviços-terceirizados". Enfim:
em geral, o ordenador de despesa e os subchefes do setor são acionistas
minoritários da empresa que o próprio chefe fundava. Nada difícil para este,
que recebia sempre, antes disso tudo, uma grande indenização POR UMA
DEMISSÃO REALMENTE VOLUNTÁRIA (E ACORDADA POR DEBAIXO DOS PANOS, EM CONTRATOS
DE CONTAS POR PARTICIPAÇÃO DE SÓCIOS OCULTOS).
Porém, o pior vinha
logo em seguida: para calar a boca dos subalternos insatisfeitos (como eu), a
terceirizada nada mais era do que um novo cabide de emprego. Mas
era um cabide ainda maior, ou melhor dizendo, muito mais amplo, do que o
das antigas estatais. Só que estes "cabides terceirizados" eram simples
armadilhas. Visavam transformar, a médio prazo, nossos empregos públicos (uma
massa de renda salarial, familiar e formal, razoavelmente bem
remuneradas e sustentadas), em funções de muito baixa remuneração e de
altíssima informalidade e rotatividade, sem qualquer controle de qualidade dos
recursos humanos, sem necessidade de concurso público e sem nenhum tipo de
retreinamento ou de instrução inicial mínima").
Mesmo colegas
concursados botaram, pela janela, o pai, a mãe, a avó, o cunhado, e
mesmo até gente semi-analfabeta, para trabalhar em uma função que necessitava,
ao menos, de segundo grau.
E eu fui praticamente o
único que me insurgi contra tudo isto no meu setor. Fui literalmente um único
Dom Quixote. Não tinha nem um Sancho Pança do meu lado.
Até o PRÓPRIO sindicato
dos telefônicos, da CUT (chefiado há décadas pela tchurma do Gilberto
Palmares, hoje o atual Presidente do Diretório Regional do PT-RJ), foi, NO
MÍNIMO, nitidamente omisso.
CHEGUEI, INCLUSIVE, A
OUVIR ACUSAÇÕES DIRETAS DE UMA EX-COLEGA MINHA, SOBRE O GILBERTO PALMARES E
SOBRE OS SINAIS DE RÁPIDO ENRIQUECIMENTO E DE OSTENTAÇÃO DELE (ELA ME FALOU
QUE ELE PASSOU A TROCAR DE CARRO TODO ANO, LOGO DEPOIS DE GANHAR A ELEIÇÃO
PARA O SINDICATO, ALGO QUE O SALÁRIO DELE NUNCA LHE
POSSIBILITARIA!).
APÓS O GILBERTO
PALMARES SE TORNAR COORDENADOR GERAL DO SINTEL-RIO, ELE SÓ SE DEU BEM! O
único problema é que, pela rejeição do peleguismo e da política DO TRAMPOLIM
SINDICAL, quem JÁ TRABALHOU OU TRABALHA NA TELERJ NUNCA VOTA NELE. Faço até um
desafio: que me apareça AQUI uma só matrícula da TELERJ, principalmente as de
número 49.000 para cima (os concursados), com o nome de alguém da ex-Telerj
que já tenha votado nele!
Definitivamente, depois
que o Carlos Santanna, um outro "EX"-SINDICALISTA-CHEFÃO (dos
ferroviários no Rio), ganhou da CBF uns "cinquentinha mil" do Ricardo Teixeira
e seus "bandidos", tenho certeza que nem o PT é assim tão virtuoso. Agora, se
algum petista de Universidade, que nunca ouviu falar de sindicalismo, me
vier falar mal do Brizola ou do PDT, dizendo que o PT é bem mais "confiável",
eu pergunto na lata: "QUAL PT, CARA PÁLIDA"?
GIL.
----- Original Message -----
Sent: Thursday, June 21, 2001 6:52
PM
Subject: [VotoEletronico] Re:Prazos
legais
> On 21 Jun 01, at 17:30, Omaneschy wrote:
>
> > O
Senado, ontem, mandou para o sal a emenda que determinava que os
> >
ocupantes do Executivo se desincompatibilizassem para disputar a
eleição
> > de 2002. A festa de FHC de disputar a reeleição usando
fartamente a
> > máquina,
>
> Não se engane, meu
admirado amigo. O circo já está montado.
> Tiveram quatro anos para
planejar. Os homens certos nos lugares
> certos, leis bem ajustadas,
povo faminto e seca no Nordeste.
>
> Há dois planos rumo ao
poder. O plano A será para eleger Malan,
> o plano B, ou seja, uma
espécie de pára-quedas de reserva, será
> Ciro Gomes. O que o
Acabão mais teme é Itamar. Ele sabe que
> Itamar sabe de muitas coisas.
Coisas ainda não ditas e que
> ninguém sequer desconfia. Só o Acabão e
algumas pessoas
> sabem que coisas são estas. Dizem que existe uma
bomba de
> tamanho colossal sobre a privatização da Telebrás. Acho que
é
> esta.
>
> O tiro só sairá pela culatra se o povo for
às ruas. Com voto, já
> sabes, não mudaremos nada. Eleições no Brasil
são encenações.
>
>
> Aristóteles
>
>
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> Pagina, Jornal e
Forum do Voto Eletronico
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http://www.votoseguro.org
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>