>Saiu n'A Tribuna 25/07/2001
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>da Tribuna do Leitor Interativa
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>Urna eletrônica
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> Quando da última eleição presidencial nos EUA, com o caso da
> interminável recontagem de votos, muitos arautos da supremacia tupiniquim
> fizeram um estardalhaço quanto a um possível interesse dos americanos
> pela nossa urna eletrônica. Pois bem, saiu o relatório de julho do
> Projeto Caltech-MIT sobre Tecnologia do Voto.
> Para quem não sabe, depois do fiasco da Flórida , os dois principais
> institutos de engenharia americanos, o MIT (Massachusetts) e a Caltech
> (Califórnia), foram contratados pela Fundação Carnagie Corporation (por
> US$ 250 mil) para elaborar uma avaliação de sistemas eleitorais
> informatizados e para propor soluções ideais.
> O relatório chega a considerações que precisam ser analisadas, dentre elas:
>
> (*) Utilizar a eletrônica em sistemas eleitorais pode ser muito útil
> para se criar facilidades ao eleitor, mas sistemas puramente eletrônicos
> são passíveis de fraude e validar e certificar o software de sistemas
> puramente eletrônicos é muito difícil na prática. Por isto, deve sempre
> existir um comprovante físico do voto para permitir recontagem da
> apuração. Denominaram o processo de Auditoria Completa.
>
> (*) A máquina de votar (gravar o voto) e a máquina de apurar devem ser
> fisicamente separadas e o comprovante físico do voto deve ser levado pelo
> eleitor de uma máquina para a outra, o qual terá, então, oportunidade de
> conferir o conteúdo do voto físico.
>
> (*) A identificação do eleitor não deve ser feita nas máquinas de votar.
>
> (*) O software da máquina de apurar tem que ser 100% aberto para efeito
>de segurança, entre outras.
>
> Resumindo, o sistema de votação eletrônica do TSE não atende a nenhum
> dos requisitos de segurança e confiabilidade que foram sugeridos pelos
> especialistas da parceria Caltech-MIT.
> Entendo que este relatório dá um golpe final nos falsos argumentos que
> os técnicos do TSE sempre apresentam em defesa deste nosso inauditável
> sistema eletrônico de votação.
> O modelo inauditável da urna brasileira, que também já havia sido
> rejeitado pelo relatórios das comissões eleitorais da Flórida e de
> Michigam (em fevereiro de 2000), acaba de ser reprovado de cabo a rabo
> pela equipe da Caltech e do MIT.
> Não vi, na imprensa, nenhuma nota sequer sobre isto.
>
> Luiz Ezildo da Silva (por e-mail).
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