Aos listeiros:
Parece que ainda não foi desta vez que o Espírito Santo baixou naquele
pessoal do TSE. Paciência. Como diria o Seabra, do outro lado do Atlântico
(vá ser preciso assim no raio q....), a correlação de forças está mudando,
os homens estão na defensiva, o goleiro esperneando quanto pode, tentando
evitar o gol, e rezando para o tempo passar rápidamente. A urna não está
ainda na boca do povo na intensidade desejada pelo Aristóteles, mas já ouvi
inúmeras pessoas falando da fajutice da urna, que acreditam em fraude etc.,
coisa impensável até há pouco. Isto se deve à persistência dos listeiros,
que despertaram os meios de comunicação para o problema. A fraude no painel
do Senado também catalizou o processo.
E os meios de comunicação estão começando a ajudar. Fora as inúmeras
palestras e entrevistas do Amilcar e outros, até eu (que colaboro com ele há
algum tempo, mas não o suficiente para conhecer todas as nuances, como os
listeiros mais antigos), por ter publicado duas cartas ao leitor em jornais
de S. Paulo (Folha e Estado), acabei dando uma entrevista (por telefone) à
rádio Jovem Pan; um deputado estadual amazonense ouviu, gostou, e quer
marcar uma palestra sôbre o tema em Manaus. Outra coisa impensável, pelo
menos para mim, até há pouco.
O TSE nos enganou (parcialmente, pois o pessoal está escolado e ficou
desconfiado de tanta bondade), mas como diria o Cândido do Voltaire, tudo
tem seu lado bom, e a espectativa sempre deu um pouquinho de alegria. Tudo
bem, o Brizola estava contente após a reunião no TSE; o Amilcar achou que
estava resolvido, o Maneschy enviou uma mensagem otimista. E hoje saem na
Folha as notícias (lamentáveis) que o Leamartine já nos havia adiantado.
É, o TSE está caprichando na guerra de informações. A ordem é dizer uma
coisa e divulgar outra. Acho que eles estão usando o Teorema Número 2 de
Walter (O Teorema da enrolação), que reza: "À toda meia verdade corresponde
uma meia mentira". É isso! Entendendo a artimanha, a gente pode melhor
combatê-la (chama o Seabra, com o papagaio, o macaco e o cachorro). É assim
que eles agem: convocam uma reunião, falam meias mentiras com entonação tal
que os ouvintes de boa fé acreditam nelas. Mais tarde é só mudar a
entonação, e dizer que entenderam errado, culpa do ouvinte, pôxa! E desse
modo já estão enrolando há meses o Requião, que é macaco velho (elogio), o
Brizola, outro macaco escolado (elogio) e, com o próprio consentimento, a
direção do PT inteira (isto não é elogio!).
Acho que está na hora de colocar o projeto do Senado em votação.
Resolve-se no voto, ora. Só precisam tomar cuidado para o TSE não querer
controlar também esta votação.
Estejam em paz, enquanto dá.
Walter Del Picchia - S. Paulo/SP
ELEIÇÕES HONESTAS JÁ!
Em tempo: Acho que não custa nada cada um colocar no fim o nome da
cidade e a sigla de seu estado. Anima a gente saber que a luta é nacional. E
o Seabra devia contar, se não for segredo, onde fica o outro lado do
Atlântico.
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