Caros listeiros,
Alguém teria o poema Anhangá para que eu possa emoldura-lo em homenagem ao
Tota.
Sds/Marcos
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RNNE/RC
Posto Avançado  João Pessoa
[EMAIL PROTECTED] - tna3
0xx(83)244-1907
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                    Amilcar Brunazo Filho                                              
               
                    <[EMAIL PROTECTED]>                Para:                      
               
                    Enviado Por:                            
[EMAIL PROTECTED], Gil 
                    [EMAIL PROTECTED]        Carlos Vieira de Rezende   
               
                    ron.com.br                              
<[EMAIL PROTECTED]>, Defesa do  
                                                            Idioma 
<[EMAIL PROTECTED]>      
                                                            cc:                        
               
                    28/10/01 09:49                          Assunto:     
[VotoEletronico] Tota        
                    Responder a voto-eletronico                                        
               
                                                                                       
               
                                                                                       
               



Olá,

Como todos fiquei chocado com a morte prematura do Aristóteles, o nosso
filósofo "cego que via longe".

O Tota (como o apelidou o Haddad) cultivou admiração e carinho de todos os
assinantes das listas Voto-e e Idioma/MNDLP, por seus textos profundos,
sinceros e serenos.

Não me esqueço dos poemas de Gonçalves Dias (sobre o anhangá) que ele
postava ou dos causos que ele contava como da Tia Quitéria ou do rapaz que
disse ao futuro sogro que ia com a namorada ao "fast food", mas por não
saber a pronúncia inglesa desta expressão, falou com o som literal em
português e acabou por tomar uma corrida do pai da menina.

Foi ele que nos mostrou que a urna eletrônica, como mecanismo de aferição
que é, não atendia as normas técnicas corretas e passou a chamá-las, então,

de "máquina de opinar".

Eu apóio as iniciativas que estão surgido aqui nas duas listas para que
façamos homenagens ao Aris (como o chamava o Maneschy) e para que ajudemos
(financeiramente) seus dependentes.

Se alguém preparar uma página em HTML com alguns textos do Tota e com as
mensagens sobre ele postadas nas duas listas eu, e sem dúvida o Pimentel
também, colocaremos a página nos sítios das duas listas.

Como alguns já fizeram, coloco a seguir uma das mensagens do Aris para que
ele próprio se mostre. Nesta mensagem, chamando a todos insistentemente de
amigos, ele começa a se referir ao SELA, um projeto alternativo sobre urna
eletrônica, mas acaba por alçar vôo pela semântica e filosofia política.

[ ]s
   Amilcar
   moderador das listas Voto-e e Idioma/MNDLP

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On 23 Aug 2001, at 1:45, Prof. Marcelo wrote:
 > ( por isso o gabinete é transparente para se verificar se
 > existe algum processamento paralelo) como a nível de SW, pois o próprio
 > Firmware será auditado (no mínimo por amostragem), através da leitura do
 > código binario por um equipamento externo apropriado.

Verifiquem que haverá mais equipamento em adição ao SELA: o teste do
firmware. E o professor está certo, este equipamento terá de existir.

Ocorre que se alguém considerar este terceiro equipamento duvidoso,
técnicamente não estará agindo de forma descabida,  esta história vira
aquela cantiga de chatear: "um elefante chatea muita gente/ dois elefantes
chateam muito mais/  três elefantas chateam muita gente/ quatro elegantes
chateam muito mais .... Ou seja, uma fila interminável de provas.

Devo aqui, desde já, consignar à equipe que lucubrou o SELA, a minha
admiração e respeito. Quero deixar claro que os comentários  que farei não
possuem nenhuma intenção de desvalorizar o esforço, sequer a inteligência
dos autores do SELA. Ocorre que aqui estou mais cidadão que técnico. Ou
seja, estou agindo de forma fiel ao conceito filosófico do  regime político

em que vivemos, ou seja, apoiado na mais cristalina acepção da palavra
democracia.

E se cremos que DEMOCRACIA  é a síntese da nossa plaga, somos obrigados a
aceitar que só o VULGU  tem o poder, a distinção e o privilégio de
autenticar atos e procedimentos que interfiram no destino coletivo.

Vejam, amigos, que distingui o termo VULGU, do latim, vulgo, povo.

Se a democracia é fruto de vontade majoritária, cabe à plebe e não à elite,

abonar os feitos e métodos de natureza isonômica.  Democracia, VULGOCRACIA:

ou seja, um regime onde prepondera a vontade da plebe.

É isto! amigos. Se cremos que vimos em país democrático,  haveremos ser
escrupulosos  em que pese a interpretação das Letras, ou seja, do que dizem

as leis, fazendo com que a exegese da mesmas se subordine a dois entes
sublimes : ao vernáculo e à vontade popular.

O problema destas destas urnas eletrônica e dos demais acessórios reside
desrespeito a esta estrutura pétrea, estrutura esta que atribui ao Povo o
dom único e exclusivo: a competência plena.

Observem, amigos, que a democracia só existe se houver o respeito e
vigilância para com toda sua estrutura basilar. Só não é permito á
sociedade expedir a figura do "aval em branco" a nenhum dos seus
átomos.  Este é o único e irremovível impedimento  à plebe. Cabendo àqueles

delegados para os diversos ofícios (funcionários públicos, forças armadas e

poderes constituídos) vigiar e rechaçar todo e qualquer tipo de distorção.

Posto o acima, já posso dizer que ninguém,  a nenhum segmento, a nenhuma
fração do todo é dado o poder de decidir e/ou atuar contra ou abstraindo a
vontade majoritária. NUMA DEMOCRACIA TODO AQUELE QUE EXERCE UMA FUNÇÃO
PÚBLICA, ELETIVA OU NÃO, É EM SÍNTESE E NA ESSÊNCIA É UM FUNCIONÁRIO
PÚBLICO, PORTANTO AO POVO ESTÁ SUBORDINADO.

Portanto, é descabida, é defeituosa toda e qualquer ação que implique ou
ofereça riscos à vontade popular. NUMA DEMOCRACIA, EM QUE PESE O INTERESSE
E O BEM- COLETIVO, OS FEITOS TÊM QUE POSSUIR FACILIDADES À COMPRENSÃO
MAJORITÁRIA. SE ASSIM NÃO FOR, SE ASSIM NÃO ACONTECER, JÁ NÃO PODEREMOS
TRATAR DE DEMOCRACIA COMO REGIME POLÍTICO, MAS SIM DE UM REGIME
AUTORITÁRIO, POSTO QUE OS FEITOS SÃO IMPOSTOS AO POVO. Este é bem o caso
destas urnas, alguns assumiram a revelia do Povo uma tutela, e assim se nos

impuseram um engenho indevassável. EM UM REGIME DEMOCRÁTICO INEXISTE A
FIGURA DO TUTOR DO POVO. NÃO EXISTE MEIO TERMO NESTE MISTER.

Vejam, amigos, estou abandonando a coisa técnica, seara, na qual, não sou
tão proficiente o quanto imaginam, mas que é a minha verdadeira área de
atuação, para me arriscar a prospectar a questão doutrinária, posto que
entendo que é ela que esta sendo aviltada.

Amigos. Qualquer sistema, mesmo que existisse algum indevassável (não
existe), será inútil, impróprio, abjeto, se este for incompreensível ao
cidadão médio.  Do escopo democrático, todo engenho desta natureza torna-se

uma  IMPOSIÇÃO, portanto, aberração à democracia.

Aristóteles


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O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
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O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
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