Mais um indício da fraude: Anhangá comandou, pessoalmente, a tropa
governista. Ele sabe muito bem como as urnas eletronicas funcionam.

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Quarta-feira, 28 de novembro de 2001 - 19h35   

FHC comandou corpo-a-corpo para mudar CLT

Brasília - O presidente Fernando Henrique Cardoso comandou, pessoalmente, a força-tarefa do governo para arrebanhar apoio ao projeto que altera a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Convocados pelo chefe para ajudar o Palácio do Planalto, ministros, políticos, representantes da equipe econômica, governadores e até o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, entraram no corpo-a-corpo junto aos deputados.

Recursos para emendas

No trabalho de convencimento, o argumento que mais pesou foi pragmático: quem votasse contra o Planalto não contaria com a boa vontade do governo na liberação de recursos para bancar as emendas orçamentárias destinadas a atender às bases eleitorais dos deputados.

Decidido a realizar uma votação rápida, o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), deu início à sessão às 18h01 e anunciou que o resultado seria conhecido às 18h44. Não foi.

Num clima tenso, de suspense, o painel eletrônico entrou em pane, pondo abaixo os planos de Aécio de votar em seguida a proposta que restringe a imunidade parlamentar ao exercício do mandato.

Uma vitória para a oposição, que comemorou a votação nominal do projeto da CLT, obrigando cada deputado a declarar ao vivo, na TV Câmara, sua posição. “Isto vai valer ouro na campanha”, resumiu o petista José Genoíno (SP).

Apressadinhos

O defeito no sistema eletrônico de votação deixou em pânico os líderes do PFL, PSDB e PPB, que contavam com uma vitória, ainda que por pequena margem de vantagem.

É que os deputados mais apressados registraram seus votos no e painel e foram embora, boa parte deles rumo ao aeroporto, de volta a seus Estados.

Apesar de o projeto ter sido rejeitado em votação simbólica, o governo ainda apostava na vitória no painel. A diferença é que o sistema eletrônico registra cada voto, mas só exibe os nomes no placar final.

Na mira

Bem diferente da chamada nominal, quando o parlamentar declara publicamente seu voto do microfone de apartes. Àquela altura, praticamente todo o governo já havia trabalhado para virar o voto dos rebeldes da base que, na véspera, forçaram os aliados a obstruir a votação e abandonar o plenário para evitar a derrota.

Na mira dos ministros Francisco Dornelles, do Trabalho, e Pedro Malan, da Fazenda, os dissidentes do PMDB e PTB, que na véspera engrossaram maciçamente a ala da oposição, além de pefelistas descontentes com a proposta.

A estratégia de enfrentar no voto as resistências à proposta que estabelece que acordos e convenções entre empresários e sindicatos de trabalhadores terão efeito de lei, foi definida logo cedo, em reunião dos governistas com Fernando Henrique no Palácio da Alvorada.

Questão de honra

A avaliação dos líderes e articuladores políticos foi que o projeto virou uma questão de honra para o governo. Era preciso reagir e lutar, até para mostrar força, porque um governo acuado entraria fragilizado em uma segunda batalha, que já está em curso e pode custar ao governo uma perda de receita estimada em R$ 3,5 bilhões no Orçamento de 2002: a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Depois dos tumultos e da troca de ofensas e agressões físicas que marcaram a sessão da véspera, alguns líderes da base chegaram a apelar para que Fernando Henrique retirasse a urgência da proposta. “Vamos votar, eu quero saber quem está comigo, com quem posso contar”, decidiu o presidente.

Christiane Samarco e Gilse Guedes



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