Caros Walter, Amílcar e todos,
Eu acredito na dialética, nos termos do dicionário do
Aurélio, da Enciclopédia da Folha de São Paulo e de qualquer outra fonte de
referência neutra que encontrarmos. (Ver citações abaixo.)
Ou seja, do conflito entre teses e antíteses (entendendo-as
como formas bem elaboradas de raciocínio e lógica) defendidas por um ou
mais articuladores, somos catapultados a um patamar superior de
consciência sobre o tema em debate, chamado de síntese, aproximando-nos da
percepção perfeita da realidade.
No entanto, quando um ou ambos interlocutores buscam
enfoque mais emocional que racional, atacando deliberada ou inconscientemente
a pessoa do outro, tal processo é prejudicado.
Desta forma, é lamentável que nossa análise sobre o
Roberto Fisk, bem como sobre a crítica feita à ele, tenha chegado a
este ponto.
Para ser mais específico, não creio que afirmações como
"idiota" contribuam de alguma forma para o prosseguimento do debate,
sobre o que gostaria de saber a opinião do responsável por manter a ordem na
lista.
Também é mais razoável provarmos a existência
de um sofisma em determinada argumentação, que apenas acusarmos alguém de
praticá-lo, bem como enumerarmos sistematicamente cada um dos enfoques
existentes e sobre eles ponderarmos, visando provar sua deficiência ou
eficiência individual, propondo, mais tarde uma conclusão, abordando o extrato
de todos eles.
A gentileza, cortesia, ponderação, simpatia e empatia
certamente são mais produtivas que a desqualificação de quem quer que
seja.
Há uma grande diferença entre determinarmos valores
para idéias em foco e para as pessoas que as expõem ou que as
lêem.
Os resultados também são bastante divergentes.
Devemos partir do princípio de que todas as pessoas possuam
uma dignidade mínima, a qual nos é compulsório respeitar, caso queiramos nos
relacionar de forma civilizada e construtiva.
Não havendo o devido equilíbrio entre o valor com o qual
mensuro meu interlocutor, à mim mesmo e aos demais em questão, fatalmente a
harmonia de um bom e salutar debate estará em risco, já que nem
todos adquiriram ainda a habilidade de encarar as agressões com
naturalidade, reconduzindo o argumento mal formulado para a direção mais
edificante.
Dial Eticamente,
Heitor Reis
BH/MG
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"Dialética- Em Platão a dialética é o processo pelo qual a alma se
eleva,
em degraus, da realidade sensível ao mundo das idéias. É um
instrumento de
busca da verdade.
Em Hegel, é o movimento racional que nos
permite superar uma
contradição. Assim, na história vemos uma tendência, e
a ela volta-se
uma oposição, criando uma tensão, que é superada por uma
nova tese que
traz a solução. É o movimento tese, contratese e síntese. Não
se
restringe apenas a história, mas deve ser encarada como parte do
real,
uma forma de pensar evolutiva."
http://www.fortunecity.com/silverstone/bertone/182/dialetica.html
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Dialética no Aurélio XXI
[Do gr. dialektiké (téchne),
pelo lat. dialectica.]
1. Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer
num sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido
pejorativo, como excessivo emprego de sutilezas.
2. Filos.
Desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se
resolvem em unidades.
3. Hist. Filos. Conforme Hegel (v.
hegelianismo), a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são
identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede
pela união incessante de contrários -- tese e antítese -- numa categoria
superior, a síntese.
4. Hist. Filos. Segundo Marx (v. marxismo), o
processo de descrição exata do real.
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http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.htmDicionário
Universal de Lingua Portuguesa
dialéctica
do Lat. dialectica <
Gr. dialektiké, (techné), a arte de discutir
s. f., arte de
raciocinar;
lógica;
arte de argumentar ou
discutir;
argumentação dialogada;
argumentação
engenhosa;
método de ascensão do sensível para o inteligível e método
de dedução
racional das Formas (Platão);
uma forma não demonstrativa
de conhecimento (Aristóteles);
lógica formal (Idade
Média);
lógica da aparência (Kant);
lei do pensamento (da Ideia)
e do real, que se desenvolve através de três
estádios, tese, antítese e
síntese (Hegel);
método de compreensão da realidade, seja ela histórica
e social
(materialismo histórico), seja ela natural (materialismo
dialéctico) (Marx e
Engels);
todo o pensamento que tem em conta o
dinamismo dos fenómenos ou da história
e que se mostra sensível às
contradições que estes apresentam (séc. XX)
+++++++++++++++++++++++++
http://www.uol.com.br/bibliot/enciclop/http://cf3.uol.com.br:8000/enciclop/texto.cfm?palavra=dial%E9tica&busca=dial%E9tica&tipocoxa=1
DIALÉTICA
(Enciclopedia do Jornal Folha de São Paulo)
Forma de raciocínio ou
argumentação.
No sentido mais informal do termo,
dialética é
simplesmente uma discussão ou diálogo
em que se progride em direção à
verdade
pelo exame crítico daquilo que é dito.
Esse método tem um de
seus mais elaborados exemplos
nos diálogos filosóficos de
Platão.
Existem também, no entanto, muitos outros sentidos
mais
técnicos de dialética.
Um deles está associado a Kant,
para quem a
dialética é o método pelo qual se mostra
que toda tentativa de se
especular
além dos limites da experiência possível
leva necessariamente
à contradição.
Outro sentido está associado a Hegel,
para quem a
dialética é a forma de interação de conceitos,
na qual uma idéia ("tese")
entra em contradição
com outra ("antítese"), daí resultando uma terceira
("síntese"),
que supera a contradição original e é mais completa
e mais
próxima da verdade do que suas antecessoras.
Foi a partir desse sentido
que Marx desenvolveu
o conceito de materialismo dialético.
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http://www.universal.pt/dulp/entrada.htmdialéctica
(do
Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s.
f.
lógica formal (Idade Média)
(do Lat. dialectica < Gr.
dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
método de ascensão
do sensível para o inteligível e método de dedução
racional das Formas
(Platão)
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de
discutir) s. f.
todo o pensamento que tem em conta o dinamismo dos
fenómenos ou da
história e que se mostra sensível às contradições que estes
apresentam (séc.
XX)
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, (
techné), a arte de discutir) s. f.
método de compreensão da
realidade, seja ela histórica e social
(materialismo histórico), seja ela
natural (materialismo dialéctico) (Marx e
Engels)
(do Lat.
dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
lei do pensamento (da Ideia) e do real, que se desenvolve através de
três
estádios, tese, antítese e síntese (Hegel)
(do Lat. dialectica
< Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
argumentação engenhosa
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, (
techné), a arte de discutir) s. f.
uma forma não demonstrativa de
conhecimento (Aristóteles)
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, (
techné), a arte de discutir) s. f.
argumentação dialogada
(do
Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s.
f.
arte de argumentar ou discutir
(do Lat. dialectica <
Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
lógica
(do Lat. dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de
discutir) s. f.
lógica da aparência (Kant)
(do Lat.
dialectica < Gr. dialektiké, ( techné), a arte de discutir) s. f.
arte de raciocinar