AS ELEIÇÕES TERÃO TODOS OS VOTOS IMPRESSOS JÁ EM 2002!!! ... >>>>>  >>]]_

Estou convencido de que o que diz esta frase acima se concretizará! Mas para não perder o bom humor vejam só esta pérola que recebí, ai embaixo>Inocêncio com aval do PFL apoiando PT,PDT...eu cantei essa bola...hehehe....Parece que quem tá fora do páreo é MESMO o FHC, Serra e seus comparsas, será??? Pelo menos a briga é antiga...    

LAVO MINHAS MÃOS!                                                                                                                                                          

Jefferson Abreu

 

COISAS DA POLÍTICA

DORA KRAMER

O petista aprendiz


Nada como situações-limite para pôr à prova as criaturas. Depois de viver dias de angustiante quase-certeza da derrota, esperar em vão o apoio do presidente da República e remoer mágoas contra o senador Antonio Carlos Magalhães, o deputado Inocêncio Oliveira parece ter percorrido os 180 graus mais definitivos de sua vida:

- A eleição está ganha - assegura, dispensando socorros do Planalto para se eleger presidente da Câmara, declarando-se afiado explícito de ACM no atrito com FH e, prova de que o impossível acontece, parceiro político do PT.

É verdade que ainda lhe falta um certo traquejo oposicionista mas, do jeito que vai, Inocêncio chega ao dia da eleição -daqui a duas semanas - petista de coração. O discurso ele já incorporou. Dê-se uma pausa qualquer na conversa e Inocêncio diz o texto: "O recado das urnas mostrou que a população quer a ética na política, participação da sociedade nas decisões administrativas e a adoção de políticas sociais mais profundas."

Ponto por ponto, é fala que o PT inteiro recitou logo após a eleição municipal.

Surpreende, mas não chega a assustar, dado que politicamente Inocêncio não tinha outra saída a não ser fazer exatamente o que está fazendo: buscar o apoio institucional da oposição e se lançar candidato avulso, sem a chancela do PFL, para fazer a caça livre aos votos no plenário. único jeito de tentar se desviar do obstáculo inicial que foi a adesão ,das lideranças de cinco partidos à candidatura do adversário mais direto, Aécio Neves, do PSDB.

Inocêncio vai, portanto, dedicar-se ao bom e velho conhecido varejo no alto, médio e baixo cleros, searas dele bastante conhecidas. De novidade existe exatamente sua aproximação com o PT, uma articulação a respeito da qual ele agora revela detalhes que devem resultar num boquiabrir amplo, geral e irrestrito.

Com autorização da direção de seu partido, vai oferecer ao PT a primeira vice-presidência da Câmara, ao PDT a terceira-secretaria e a quarta dará ao PSB ou ao PC do B. "Só aí são 111 votos", contabiliza. Com o gesto, abre ao PT a possibilidade de controlar todo o esquema de rádio e televisão da Câmara, certa constância na ocupação da presidência, e à oposição, de um modo geral, também o controle burocrático da Casa.

Lance ousado por si só, não fosse a ousadia ainda maior de se dispor a firmar um compromisso formal com o PT de encaminhar, como presidente da Câmara, uma agenda parlamentar cara aos petistas. Aí incluída a intenção de não dar uma folga sequer ao Executivo. Manifesta, por exemplo, a intenção de abrir ao PT a oportunidade de ocupar presidências e relatorias de comissões parlamentares de inquérito.

Aliás, na questão CPI, Inocêncio radicaliza: "Hoje assino qualquer uma, principalmente a das privatizações."

"O presidente teve tudo de mim nesses seis anos, pois agora não terá mais nada. Comigo na presidência, a Câmara será absolutamente independente, não vou ajudar em nada, muito menos em articulação de candidatura à Presidência da República", avisa.

E, aí, o assunto começa a extrapolar os limites da eleição para a presidência da Câmara e a enveredar pelo perigoso terreno da briga pelo poder entre as forças politicamente hegemônicas do país.

Inocêncio faz que vai - "a aliança nunca mais será a mesma" -, pensa um pouco, recua, tergiversa e não vai: "Não gostaria de falar a respeito disso agora, até para não correr o risco de ser desautorizado pelo meu partido."

E ficamos nós aqui, então, na dúvida se o rompimento de compromisso com o governo é para valer ou é mero discurso eleitoral.

"Eu tenho palavra e cumpro. Podem esperar, o que digo agora vale para depois." Tanto para depois da esperada vitória como para após à "remotíssima" derrota. Caso aconteça, ministério Inocêncio vai avisando que é melhor o presidente nem oferecer:

"Mandei recado para que ele me respeite e não faça o convite que já fez duas vezes. Vou recusar pela terceira. "

Aliás, vai mandar dizer que não quer, porque, palavra de Inocêncio, "com Fernando Henrique, fora do institucional, não falo nunca mais".

'Gauche' total

Semana passada Inocêncio Oliveira chegou a viver com alegria - a certeza de que o senador José Sarney acabaria candidato à presidência do Senado. De lá para cá, no entanto, abandonou a idéia.

E imediatamente abraçou outra, até mais condizente com seu novo perfil: a candidatura do senador do PDT, Jefferson Peres. Ele acha que assim terá a âncora que lhe falta no Senado. O PFL, oferecendo os 22 votos que tem a Peres, receberia por gravidade os 111 dos oposicionistas na Câmara.

Dando certo, a chamada base governista perderia um cargo da maior importância na estrutura do poder. É isso mesmo que o PFL quer?

"Os acontecimentos é que resultaram nisso. E vai ser bom porque veremos se a democracia brasileira é flor tenra ou tronco forte", responde forte Inocêncio, que a inocência deu adeus na tenra infância.


Jornal do Brasil - 30/01/2001


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