Empregue sua consciência

   Na medida do possível, os órgãos públicos escondem os fatos que 
revelam a podridão causada pelos gestores de nossos destinos. Quando 
não dá para esconder, distorcem. Apesar das entidades oficiais 
anunciarem que a inflação gira em torno de 1% ao mês sentimos em 
nosso orçamento doméstico que o valor deve ser cinco vezes maior. 
Apesar de anunciarem que X pessoas foram contaminadas por dengue, 
temos certeza que o número deve ser o dobro (ou o triplo). Quando o 
IBGE anuncia que somos o segundo no mundo (só perdemos para a Índia) 
em desemprego com quase 12 milhões de pessoas desperdiçadas, 
começamos a supor que devem ser uns 15 ou 20 milhões de patriotas 
envolvidos pelo desespero que os impede de dar um mínimo de dignidade 
às suas famílias. Diversos países no mundo não possuem esta 
população. 
   Este quadro é o resultado da globalização (uma forma disfarçada de 
invadir territórios abençoados e ainda fazerem os donos das riquezas 
se sentirem em eterno débito com seus algozes) desenfreada que não 
contempla as parcelas de profissionais que repentinamente são 
arrancados de seus postos de trabalho pela chegada das máquinas quase 
infalíveis. Nada contra elas, principalmente quando irão realizar 
tarefas que colocam em risco a integridade física dos indivíduos. Mas 
a forma abrupta de efetuar a mudança é danosa inclusive para os que 
permanecem empregados. Passam a prever em quanto tempo serão 
descartados. O clima que é criado com certeza não pode ser favorável 
ao crescimento da empresa em pauta. Não estamos pregando a 
transformação da mesma em entidade beneficente. Mas faz-se necessário 
um programa de realocação de antigos funcionários, critérios 
adequados e progressivos de dispensa e algum apoio (não 
necessariamente financeiro) aos que serão dispensados, inclusive para 
evitar animosidades e "sabotagens" por parte dos que se consideram 
injustiçados. Um pouco de humanidade nestas ações transforma-se um 
bom investimento. Torna o processo menos doloroso e traz uma imagem 
mais colorida ao cenário cinza. E aliado a isto, ainda assistimos 
impassíveis o processo que os pilantras do poder desenvolvem para 
destruição de nossos patrimônios públicos para que 
sejam "leilodoados" aos abutres que se alimentam apenas do dinheiro 
público fácil. 
   Se a sociedade não se voltar para este problema que cada vez mais 
aumenta em progressão quase geométrica, muito em breve será engolida 
pela sua própria omissão e descaso. E aí não terá meios nem de 
adquirir um aparelho de tv para perder suas noites se deliciando com 
as baixarias do Big Bobo Brasil. Além do mais precisarão dormir cedo 
para conseguirem senhas que lhes permitam participar de concursos em 
busca de ocupação no mundo da contravenção (assaltos, drogas, 
seqüestros) que está crescendo (a disputa por cargos é na base do 
tiro) e atraindo nossos jovens sem estrutura familiar.

Se você desejar ler alguns artigos, contos e poesias de minha 
autoria, visite : www.usinadeletras.com.br / <autores> / <H> 

Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – 
Maio / 2002
e-mail : [EMAIL PROTECTED]  e  [EMAIL PROTECTED]

 


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