Com toda a razão aqueles que não suportam Jabor.

 

PREPOTENTE é sua melhor definição.

 

De acordo com a frase: “Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria ! E sou contra, desde criancinha !”

 

Abraços e continuemos lutando.

 

Carolina Afonso

 

 

-----Mensagem original-----
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]] Em nome de Carlos Tebecherani Haddad
Enviada em: sexta-feira, 9 de agosto de 2002 12:38
Para: Undisclosed-Recipient:;@sto.terra.com.br;;;; Elias Haddad
Assunto: [VotoEletronico] Re: [Sintonia] " Meninos eu vi" (texto - JABOR)

 

                Meus amigos, senhoras e senhores,

 

             CRÔNICA DE ARNALDO JABOR = o que a Globo pensa e quer.

 

             Jabor é boneco de ventríloquo da chefia do sistema Globo.

 

             Não sei se é do Roberto Marinho, que dizem JÁ ESTAR MORTO há algum tempo, o que justificaria o fato dele não tendo mais aparecido em público.

 

             Mas Jabor há muito tempo não fala algo que se aproveite, apenas coonesta tudo o que aí está.

 

             Portanto, se Arnaldo Jabor gosta, eu acho uma porcaria !

 

             E sou contra, desde criancinha !

 

             Fiquem em Paz.

 

             Carlos Tebecherani Haddad 

 

----- Original Message -----

From: Elias Haddad

Sent: Friday, August 09, 2002 12:32 AM

Subject: En: [Sintonia] " Meninos eu vi" (texto - JABOR)

 

 

 

 

Crônica de Arnaldo Jabor

 

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Meninos, eu vi...

Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a
notícia: "Getúlio deu um tiro no peito!"
Eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da
presidência para o nada?

Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde:
"O Jânio renunciou!"
Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo
e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha a ré e
eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK
tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem
fantasma andando pra trás.

Depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o "socialismo
tropical", em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o
General Mourão Filho tomava a cidade, dizendo:
"Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!"

Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do
fascismo, com velas na janela e rosários na mão; vi a capa do "O Cruzeiro"
com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era?
Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e,
aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus
dos carros, como um filme de horror; Eu, que vivera até então de palavras
utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas
reais.

Depois, vi a tristeza dos dias militares, "Brasil ame-o ou deixe-o", a
Transamazônica arrombando a floresta,
vi o rosto patético de Costa e Silva,a gargalhada da primeira perua
Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso.

Vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o
AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a
gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta,
criminosos na própria terra;

Depois, vi o rosto terrível do Médici, frio como um vampiro, com sua mulher
do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70,
Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros
heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e
pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues;

Não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano
de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões,
enquanto, em S.Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários
enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquanto
as cachoeiras
de Sete Quedas desapareciam de repente;

Depois eu vi os órgãos genitais do General Figueiredo, sobressaindo em sua
sunguinha preta, ele fazendo
ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente
pulando a cavalo, truculento, devolvendo o país falido aos paisanos, para
nós pagarmos a conta da dívida externa.

Vi, as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbio
chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de
galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e
matando o homem, diante de nosso desespero.

E eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem da
ditadura, de jaquetão, posando de oligarca esclarecido;

Vi o fracasso do Plano Cruzado, depois eu vi a volta de todos os vícios
nacionais, o clientelismo, a corrupção, a impossibilidade de governar o
país, a inflação chegando a 80 por cento num único mês.

Meninos, eu vi as maquininhas do supermercado fazendo tlec tlec tlec como
matracas fúnebres de nossa tragédia.

Eu vi tanta coisa, meninos, eu vi a inflação comer salários dos mais pobres
a 2% ao dia.

Eu vi o massacre de miseráveis pela fome, ou melhor, eu não vi os milhões de
mortos pela correção monetária, não vi porque eles morriam silenciosamente,
longe da burguesia e da mídia.

Mas vi os bancos ganhando bilhões no over e no spread , dólares no colchão,
a sensação de perda diária de valor da vida.

Eu vi a decepção com a democracia, pois tudo tinha piorado, eu vi de repente
o Collor vindo de longe, fazendo um cooper em direção a nosso destino,
bonito, jovem, fascinando os otários da nação, que entraram numa onda
política "aveadada", dizendo:
"Ele é macho, bonito e vai nos salvar...".

Eu vi o Collor tascar a grana do país todo e depois a nação passar dois
anos "de quatro", olhando pelo buraco da fechadura da Casa da Dinda, para
saber o que nos esperava.
Eu vi Rosane Collor chorando porque o presidente tirara a aliança.

Eu vi a barriga de Joãozinho Malta, irmão da primeira-dama, dando tiros
nas pessoas, eu vi a piscina azul no meio da caatinga, eu vi depois a
sinistra careca de PC juntando o bilhão do butim.

Eu vi Zélia dançando o bolero com Cabral em cima de nossa cara, eu vi a
guerra dos irmãos Collor, Fernando contra Pedro e, depois, como numa saga
grega, eu vi o câncer corroendo-lhe a cabeça.

Eu vi o impeachment , eu vi tanta coisa, meninos, e depois eu vi, por
acaso, por mero acaso, por uma paixão de Itamar, eu vi o FHC chegar ao
poder, com a única tentativa de racionalidade política de nossa história num
antro de fisiológicos e ignorantes.

E, aí, eu vi a maior campanha de oposição de nossa época, implacável,
sabotadora, eu vi a inveja repulsiva da Academia contra ele, eu vi a traição
de seus aliados, todos unidos contra as reformas, uns agarrados na corrupção
e outros na sobrevida de suas doenças ideológicas infantis.

E agora eu vejo o estranho desejo de regresso ao mundo do atraso, do erro e
das velhas utopias. Vejo a direita se organizando para cooptar a oposição,
comendo-a, vejo um exército de oligarcas se preparando para a vingança, vejo
ACM, Barbalhos e Sarneys prontos para tomar o Congresso de assalto, para
impedir qualquer mudança e voltar aos bons tempos da zona geral.

Meninos, vocês viram também, mas acho que esqueceram.

Arnaldo Jabor

 

 

 

 

 

 

 

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