Mais uma vez o Sergio Rosa, ligado ao Moacir Casagrande e ao Arthur
Obino - tecnicos do PT que avalizam o atual processo eleitoral -  sai em
defesa das urnas eletronicas. O que ele está ganhando com isto, nao sei.

Sergio Rosa, em 98, me ajudou a organizar o comicio de encerramento da
campanha Lula/Brizola, aqui no Rio de Janeiro, na Cinelandia, e tinha
dele uma boa imagem. Ele é da área de informática, atual presidente do
Proderj (já o tinha sido no inicio do Governo Garotinho, antes do PT
sair) e uma vez, quando escrevi um artigo no jornal do Sindicato dos
Bancários do Rio de Janeiro, questionando a segurança das urnas
eletronicas, topei com um contra-ponto dele, dizendo exatamente o
inverso do que eu dizia. Enquanto eu afirmava que o processo eleitoral
brasileiro e especialmente as urnas eletronicas eram inseguras por nao
permitir a recontagem de votos, ele dizia que era seguro sim, nao havia
com o que se preocupar. Fiquei  "p" da vida com ele naquele momento,
relevei com o tempo até porque ele é amigo de uma grande amiga minha.
Idiossincrasias, pensei.

O gozado que o contra-ponto, nesta véspera de eleiçao, neste artigo da
"Carta Maior", ficou com o Amilcar Brunazo Filho. Falando entre outras
coisas, que o atual sistema onde os brasileiros votam nao permite
recontagem. Se nao permite, se não existe o voto impresso, como é que
esta titica de urna eletronica é segura???? Isto o Sergio Rosa, o Obino
e o Casagrande nao explicam.

Pelo menos o Antonio Martins, editor da Carta Maior, achou  necessario
ouvir o contra-ponto ao que Sergio Rosa afirma, no caso o Amilcar
Brunazo Filho.

É importante que saibam tambem que o TSE hoje (25/9/02), atraves de sua
Assessoria de Imprensa, informou que Amilcar Brunazo Filho "inventou" o
defeito que de fato existe no programa verificador dos demais programas
da urna eletronica que está sendo inseminado neste momento nas urnas que
serão usadas dia 6 de outubro,  o "vaudit.exe".  Amilcar foi chamado de
"mentiroso" pela ascom do TSE. E que entre Sergio Rosa e Amilcar Brunazo
Filho - e  demais técnicos super competentes do Forum do Voto Eletronico
(www.votoseguro.org)  que questionam a urna eletronica - eu nao tenho
dúvidas. Cravo  Amilcar.

E pergunto de novo: por que Sergio Rosa, Casagrande e Arthur Obino estão
avalizando este sistema eleitoral que náo permite, entre outras coisas,
a recontagem de votos? Por que avalizam este sistema eleitoral que se
baseia em um cadastro de eleitores podre (hoje 115 milhões de eleitores)
que só é revisto de três em três anos, só saindo dele quem não vota, mas
deixando, por exemplo, os que morreram no período e  'votam' pelos
vivos, como acontece regularmente em Camaçari, na Bahia? Porque avalizam
este sistema eleitoral que tem urnas eletronicas que funcionaram com
programas "de segurança nacional e secretos" nos anos de 1996, 1998 e
2000, e que neste ano continuam a funcionar com programas desconhecidos
já que ninguém - nem o Sergio Rosa, o Obino e o Casagrande - conferiu o
sistema operacional Virtuos que equipa 350 mil urnas eletronicas? Por
que avalizam este sistema eleitoral que usa um processo de totalizaçao
inconferível, onde as partes do todo são absolutamente desconhecidas e o
TSE, depois de proclamar o resultado ao final das primeiras 24 horas da
apuraçao, dá o prazo de 72 horas para que alguem conteste com provas
(impossíveis de serem juntadas)?

Afinal, gente, quem ganha com esta 'certeza' de que o processo é seguro?
Com certeza nao é o o PT. Muito menos a democracia.


http://agenciacartamaior.uol.com.br/reportagem/report.asp?id=486
Title: Reportagem
  • Para técnico do PDT, voto eletrônico simplesmente não é confiável
    INDIQUE AO AMIGO   IMPRIMIR

    VOTO ELETRÔNICO
    Estudo garante proteção de 97% das urnas contra fraudes
    A porcentagem foi resultado de uma análise feita, a pedido do PT, por técnicos da UnB (Universidade de Brasília). A votação paralela e o registro do “histórico” das urnas no dia da votação foram algumas das recomendações adotadas pelo TSE para evitar possíveis fraudes.
    Maurício Hashizume

    Brasília - É mais que um alívio para os que, a duas semanas das eleições, ainda têm duvidas sobre a segurança do voto eletrônico contra fraudes. Estudos feitos por técnicos da UnB (Universidade de Brasília) e divulgados semana passada garantem que 97% das urnas em que os brasileiros confirmarão os seus votos estão imunes a irregularidades.

    O número foi confirmado por Sérgio Rosa, presidente do Proderj (Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro) e integrante do Setorial de Tecnologia de Informação do PT, que encomendou o trabalho. “Conseguimos que o TSE aceitasse a nossa sugestão de fazer a apuração paralela, ou seja, no dia 5 de outubro, um dia antes das eleições, 349 urnas serão sorteadas e substituídas”, esclareceu. A quantidade de urnas substituídas às vésperas do pleito é proporcional ao número de eleitores de cada Estado.

    “Outra medida que inibe a fraude é a disponibilização dos logs - que registram o "histórico" de todas as urnas - para análise dos partidos políticos depois do término da votação”, aponta Rosa. “Tudo o que for feito com as urnas (trocas de aparelhos, queda da energia elétrica etc.) poderá ser checado minuciosamente”.

    O presidente da Proderj destacou também que os dados do "histórico" das urnas também serão comparados aos registros das eleições de 2000. “Se notarmos a incidência de muitos votos depois das 17h em uma determinada região, poderemos fazer um paralelo com as informações do pleito passado. Se for detectado algum comportamento estranho, uma investigação pormenorizada será solicitada”.

    Segundo Rosa, no que diz respeito exclusivamente aos programas, o TSE adotou grande parte das recomendações apresentadas pela Coppe/UFRJ (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) - contratada pelo PT para fazer a auditoria dos programas das urnas eletrônicas. “Na última fase de apresentação da urna eletrônica – ocorrida entre 9 e 13 de setembro -, notamos a presença de grande parte das mudanças propostas pela Coppe no início de agosto. E o que não foi empregado pelo Tribunal não compromete as eleições”, garante.

    A fiscalização “corpo a corpo”, porém, não foi descartada pelo petista. “Não é a tecnologia que garante a total lisura das eleições. Nem a impressão dos votos. Nada substitui a fiscalização partidária no dia das eleições”.

    Para técnico do PDT, voto eletrônico simplesmente não é confiável

    Se a equipe do PT vê o voto eletrônico com bons olhos, o técnico do PDT, Amilcar Brunazo Filho, que também participou da última apresentação do TSE, acredita que o sistema simplesmente “não é confiável”. A três semanas do pleito, Brunazo dá a sua opinião: "Tecnicamente não há garantias para se confiar nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de outubro".

    O técnico do PDT afirma que as duas medidas que poderiam dar mais transparência e confiabilidade ao sistema não foram adotadas pelo Tribunal. "Não há como fazer uma recontagem, uma vez que o voto não é materializado. E a abertura dos programas do sistema foi inadequada para uma análise completa dos representantes dos partidos".

    "É humanamente impossível examinar um sistema desses em cinco dias. Não foi possível auditar nem 1% do sistema", revela Brunazo.   >>topo

    Reply via email to