E Duda Mendonça?
----- Original Message -----
Sent: Sunday, September 22, 2002 3:31 AM
Subject: [VotoEletronico] ENC: A força da verdade

    Olhem só que diferença esse 11 de setembro chileno (de 1973, com a morte de Allende) com o 11 de setembro americano (de 2002, com a queda das torres gêmeas) e o 11 de abril venezuelano (de 2002, com a quase-queda de Chávez).
 
    Mas a definição de filhotes de Goebbels, para mim, é uma definição sob medida para o projeto de Cidadão-Canino Nizan Guanaes.
   
    Pior: Imaginem só o que ele fará (e falará), junto com a mídia e o mercado, caso o PT ganhe as eleições...
 
    GIL.
 
 -----Mensagem original-----
De: Eurico Schwinden [mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: segunda-feira, 15 de abril de 2002 17:05
Para: Paulo Bittencourt; Eduardo Guimarães; Renzo Sansoni; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; Roberto Banhara Dias Cardoso; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; Fernando Rodrigues; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; antonio antunes; Luiz Pinca; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; euclides de oliveira jr; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; Fátima Denari; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; FIREWARS; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; Apsantos; José Gomes; bebeco/cris; rosangela mauro cunha; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]
Assunto: A força da verdade

Eduardo:

A maioria  baba na gravata.
Gosta do logro.
Ler o Estadão é um exercício de debilitação mental.Aliás,  o Estadão é sócio do El Nacional, o jornal que o povão de Caracas não deixou circular neste último domingo. Li todos os articulistas deste e do El Universal. Todos preparando o golpe. Todos bem adestrados por Washington. E agora vem a Globo dizer que não mandou seu repórter em dezembro para caricaturizar Hugo Chávez.

Além de um texto que escrevi no domingo pela manhã, anexado vai um trabalho de dois gaúchos sobre o golpe e seus cúmplices.

E.Schwinden

 

Os golpistas eram os assassinos

e os jornalistas seus cúmplices

A diferença do 11 de setembro de 1973 em Santiago do Chile e o 11 de abril de2002 em Caracas foi que, entre os militares venezoelanos não havia nenhum fascínora como Augusto Pinochet. Todo o resto tinha o figurino igual, assim como golpe e assassinato de Salvador Allende, também para o golpe contra o presidente eleito Hugo Chávez Frias "el terreno estaba abonado en Washington". E, naturalmente com a cumplicidade continental.

No Brasil, além da Rede Globo que desde a primeira vitória a Chávez promovia campanha contra seu governo, toda a imprensa saudou o golpe, anunciando a "renúncia" e saudando o escroque Pedro Carmona como novo presidente da Venezuela. Mais ou menos em dezembro quando começa a ser montado o golpe, um repórter da Globo vai à Caracas para fazer uma caricatura do presidente Chávez. Pauta montada em Washington.

Chegou haver festa em Washington quando o escroque Carmona anunciou a saída da Venezuela da OPEP e derrubou o preço do óleo cru para agradar o patrão do norte. O FMI anunciou de imediato toda ajuda ao novo governo de Carmona. Em Miami, os sonegadores, bandidos de toda a espécie, anunciaram a volta ao lar. O "The New Times" endossou o golpe em editorial e recomendou que os especuladores aproveitassem a transição.

Governos como do Brasil e do México se encolheram esperando a ordem do Departamento de Estado. Só o argentino Duhalde, mesmo encurralado pelo FMI, foi buscar coragem na tradição argentina para condenar o golpe.

Como não havia de fato nenhuma consistência na reação militar as manifestações ditas populares eram pagas a peso de ouro, o jeito era criar o cenário. Filhotes de Goebbels armaram tudo, televisão, jornal, rádio, tudo acertado.

Depoimento de estrangeiros que assistiram o confronto em frente ao Palácio Miraflores viram cameras das televisões privadas dando cobertura para atiradores. As vítimas daquilo que foi chamada de "chacina de Cháves contra os venezoelanos", curiosamente eram todos chavistas. Ou seja: os golpistas eram também assassinos e os jornalistas seus cúmplices.

Mas feio mesmo, foi a imprensa brasileira deste domingo. A revista Época, da TV Globo, aplaude o golpe, associando a imagem de Hugo Chávez com alguns amigos de Fernando Henrique Cardoso que deixaram o poder seu atos criminosos, Raul Cubas do Paraguai, a quem o governo de FHC deu asilo na confortável Camboriu.

Aliás, foi Chávez o único governante da América Latina que mandou prender o mão peluda de Fujimori, Vlademiro Montesinos, aquele que Cardoso pediu para a presidente do Panamá dar asilo.

Veja saúda a "queda do presidente fanfarrão" e debulha dados mentirosos, aliás sem coragem para citar fontes sobre o que seria "o desastre econômico de Hugo Chávez". Veja chega desvalorizar em 44% o bolívar, quando a variação foi de 15%, aplaudida até pelo FMI, como um modelo de correção cambial. Este dado foi publicado ontem, dia 13, no El Universal, jornal caraquenho que apoiou o golpe e por isso teve de ser evacuado. Mas o melhor da performance de Veja é quando cita o colunista do Miami Herald, Andrés Oppenheimer, como "um respeitado especialista em América Latina".

Ainda voltaremos ao assunto.

A participação ativa e decisiva dos meios de comunicação na tentativa de derrubar um presidente constitucional, eleito e responsável, é uma lição muito forte para os brasileiros em mais um ano eleitoral. A rigor, uma olhada no noticiário deste fim de semana e já podemos saber quem será o presidente da República, em outubro. Ou alguém ainda tem dúvida. Se tiver, a urna eletrônica resolve.

E.Schwinden

 

Reply via email to