Preocupados em curtir nosso
complexo de vira latas, chorar sobre nossos riscos e
rankings estabelecidos pelos gringos, mal nos apercebemos que eles
estão mergulhados numa crise maior e mais grave que a nossa, mas que insistem
em se comportar como rotos a empurrar regras recessivas para os
esfarrapados ao sul. E lembro.. a Argentima sem FMI , sem nada, continua
viva . Mais um pouco e eles esquecem que os caras existem, e concluem que
podem viver assim apesar de tudo.
EBITT
Wall Street tem pior
trimestre em 15 anos
Bolsa de NY desaba 17,9%, maior queda em 3 meses desde
87, quando o país viveu seu último grande "crash"
http://www.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0110200230.htm
DA
REDAÇÃO
A
Bolsa de Nova York encerrou ontem o seu pior trimestre em 15 anos. Nos últimos
três meses, o índice Dow Jones desabou 17,9%, o maior tombo desde o último
trimestre de 1987, quando os EUA viveram seu último grande "crash". Foi também
o quarto pior trimestre desde 1945.
Tradicionalmente um mês ruim, o
setembro que se encerrou ontem foi especialmente trágico. O Dow Jones caiu
12,4% no mês, o pior setembro desde 1937.
Sem uma única notícia positiva à
vista, os investidores continuam a vender ações, dominados pelo temor de que
as Bolsas seguirão em queda. As perdas na Europa foram maiores (leia
abaixo).
O cenário é adverso: a economia global patina, os lucros das
empresas vêm caindo, uma guerra contra o Iraque parece se aproximar e o preço
do barril do petróleo permanece em torno do elevado patamar de US$ 30. A
instabilidade brasileira também afeta.
Ontem o Dow Jones, que lista as
ações das 30 principais empresas da Bolsa de Nova York, caiu 1,42%. O índice
encerrou em 7.591,93 pontos, seu nível mais baixo desde agosto de 1998.
"O
problema, na verdade, é de sentimento. Cada queda nos lucros, cada número
econômico fraco nos dá uma pausa", disse Brian Pears, diretor de investimentos
da corretora Victory Capital Management. "As pessoas começam a apostar no pior
cenário possível. Os investidores estão ficando nervosos."
A notícia de que
os norte-americanos cortaram seus gastos aumentou o desalento de investidores
e analistas. O consumo é a locomotiva da maior economia do planeta e se
manteve elevado mesmo durante a recessão.
A Nasdaq, Bolsa de empresas de
alta tecnologia, encerrou o dia em queda de 2,26%, recuando para seu menor
patamar desde setembro de 1996. No trimestre, o índice acumulou perda de
19,9%. O índice Standard & Poor's das 500 maiores empresas caiu 1,46%
ontem e 17,6% no trimestre.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, a
renda dos norte-americanos cresceu a uma taxa anualizada de 0,4% em agosto,
enquanto o ritmo de expansão dos gastos ficou em 0,3%. Ambos os números
ficaram abaixo das expectativas. Em julho, o consumo havia crescido 1%.
A
desaceleração no ritmo dos gastos trouxe o medo de que os norte-americanos,
com a confiança abalada, cortem seus gastos, o que derrubaria a atividade
econômica. Dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA são gerados a
partir do consumo
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