Senador questiona segurança do voto digital (Brasilia - 21.07.03) - Um recurso apresentado pelo senador Almeida Lima (PDT-SE) não impediu que o plenário do Senado Federal encaminhasse, nesta semana, à Câmara dos Deputados, Projeto que implanta o voto digital no Brasil, aprovado em decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no dia 25 de junho último. A proposta acaba com o voto impresso na urna eletrônica. Na ocasião, Almeida Lima conseguiu o apoio de 10 senadores. Destes, 4 retiraram a assinatura do recurso apresentado (Gilberto Mestrinho, Papaléo Paes, Duciomar Costa e Alberto Silva). Por não satisfazer requisito constitucional de, no mínimo, 9 assinaturas, o Projeto deixou de ser apreciado no Plenário, sendo encaminhado à Câmara. Para os que defendem o projeto, uma das principais vantagens do sistema é a possibilidade de verificação do voto sem identificar o eleitor. Os boletins poderão ser impressos e os dados serão armazenados em meio magnético, permitindo agilidade ao processo de votação. O senador sergipano lamentou o episódio. Para ele, o novo sistema que poderá ser implantado, como aprovado pela Câmara dos Deputados, elimina a garantia de lisura e confiabilidade do resultado das eleições: "Acredito na hipótese de não ter ocorrido fraude nos pleitos anteriores, porque a impressão do voto deixava prova material. Não se pode confundir modernidade com seriedade e segurança", finalizou o senador. Senado Federal |