Relatado pelos colegas do Diário de
Pernambuco
com um abraço de Marko Ajdaric
Integrantes da chapa Medicina e Cidadania, que ficou em terceiro
lugar em número de votos, no pleito para a escolha da nova diretoria do Conselho
Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), ocorrido nos dias 20 e 21, deram
entrada, ontem, em um protesto na sede do Conselho pedindo anulação das
eleições. Eles alegam irregularidades no processo eleitoral e infração da
legislação que regulamenta o escrutínio.
De acordo com a
candidata a presidente pela chapa 3, René Patriota, o Conselho Federal de
Medicina teria encaminhado ao Cremepe a Resolução 1660 de 2003 omitindo os
parágrafos 2º e 3º do artigo 26 da Lei 3268/57 e os parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º
do artigo 27 do Decreto 44045/58.
Segundo René Patriotas
durante a apuração dos votos foram constatadas algumas papeletas de
identificação dos eleitores com o número do CRM rasurado. A urna instalada no
Hospital da Restauração foi completamente anulada porque o presidente da mesa
não sabia que tinha que rubricar todas as cédulas de votação. Outra urna
anulada, com 120 votos, foi a do Hospital Otávio de Freitas. O livro com todas
as assinaturas dos médicos que votaram foi extraviado.
"Tanto
René Patriota quanto o seu advogado assinaram a ata de apuração, aprovando e
concordando com todo o processo eleitoral. Não entendo esse procedimento agora",
disse o cardiologista Ricardo Paiva, vencedor das eleições para a presidência do
Cremepe (período 2003/2008), com 54% dos votos válidos. O presidente do Cremepe,
Jurandir Brainer, afirmou que vai cumprir com a sua obrigação e encaminhar o
protesto ao Conselho Federal de Medicina.