morde esse cara direito, Chico!!

:-)

----- Original Message ----- 
From: "Francisco José Santana" <[EMAIL PROTECTED]>
To: "APUB - SSind" <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Wednesday, September 17, 2003 2:55 PM
Subject: [VotoEletronico] URGENTE PARA ANTÔNIO CÂMARA: Fw: [VotoEletronico]
MANIFESTO CONTRA A INSEGURANÇA DO SISTEMA ELEITORAL


Ao Preisidente da APUB - Associaçâo dos Professores Universitários da Bahia.

Câmara,

A APUB não tem levado com a devida seriedade esse assunto da urna
eletrônica.

Conseguí a muitocusto que se aPROVASSE EM ASSEMBLÉIA uma ampla divulgação
dos debates do forum eletrônico entre os associados da APUB.

O máximo que a APUB fez foi fazer um link no site da APUB, www.apub.org.br ,
oque já foi alguma coisa mas é pouco.

A idéia era que as mensagens do fórum pelo menos as mais importantes fossem
enviadas para todo o associado.

Peço que encarecidamente, pelo menos envie essa abaixo, que é um manifesto
muito bem escrito e assinado por pessoas de alta representatividade.

Desculpe a veemência,

Abraços.

Chico

P.S. Se o meu pedido não é convincente, leve em conta os nomes abaixo.


Walter Del Picchia
> Professor Titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP
>
> Jorge Stolfi
> Professor Titular do Instituto de Computação da Universidade Estadual de
> Campinas  - UNICAMP
>
> Michael Stanton
> Professor Titular do Depto. de Ciência da Computação da Universidade
Federal
> Fluminense - UFF
>
> Routo Terada
> Professor Titular do Depto. de Ciências da Computação do Instituto de
> Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo - USP
>
> Edison  Bittencourt
> Professor Titular da Faculdade de Engenharia Química da Universidade de
> Campinas - UNICAMP
>
> Pedro Dourado Rezende
> Professor do Depto. de Ciência da Computação da Universidade de Brasília -
> UNB - Representante da Sociedade Civil no Comitê Gestor da Infra-estrutura
> de Chaves Públicas ICP-Brasil.
>
> Paulo Mora de Freitas
> Chefe do serviço de Informática do Laboratório Leprince-Ringuet da Ecole
> polytechnique, Palaiseau, França
>





----- Original Message -----
From: "Walter Del Picchia" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Wednesday, September 17, 2003 1:22 PM
Subject: [VotoEletronico] MANIFESTO CONTRA A INSEGURANÇA DO SISTEMA
ELEITORAL


>
>     Aos Listeiros
>
>     Estou enviando manifesto que redigimos contra a insegurança do sistema
> eleitoral. Esperamos ampla divulgação, para que tenha efeito. Enviem para
> onde couber, inclusive exterior. Devemos em seguida abrí-lo para adesões.
>     Abraços
>
>     Walter Del Picchia
>       S.Paulo/SP
>
>  ---------------------------------------------------------------------
>
>                        ALERTA CONTRA A INSEGURANÇA
>                     DO SISTEMA ELEITORAL INFORMATIZADO
>
>     Somos favoráveis ao uso da Informática no Sistema Eleitoral, mas não à
> custa da transparência do processo e sem possibilidade de conferência dos
> resultados.
>
>     Cidadão brasileiro
>
>     Nosso regime democrático está seriamente ameaçado por um projeto de
lei
> em tramitação no Congresso Nacional, o Projeto do Voto Virtual, PL
1503/03.
> Este projeto, sob a máscara da modernidade, acaba com as alternativas de
> auditoria eficiente do nosso Sistema Eleitoral Informatizado, pois:  (1)
> elimina o registro impresso do voto conferido pelo eleitor, substituindo-o
> por um "voto virtual cego", que o eleitor não tem como verificar o
conteúdo;
> (2) revoga a obrigatoriedade da Justiça Eleitoral efetuar uma auditoria
> aberta no seu sistema informatizado antes da publicação dos resultados
> finais;  (3) permite que o Sistema Eleitoral Informatizado contenha
> programas de computador fechados, ou seja, secretos.
>     O Projeto de Lei do Voto Virtual nasceu por sugestão de ministros do
> Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao
Senador
> Eduardo Azeredo, e sua tramitação tem sido célere, empurrado pela
> interferência direta desses ministros sobre os legisladores, como
declarado
> por estes durante a votação no Senado.
>     As Comissões de Constituição e Justiça das duas casas legislativas
> analisaram a juridicidade do projeto mas, apesar dos constantes alertas de
> membros da comunidade acadêmica para seus riscos sem rigorosos
procedimentos
> de auditoria e controle, nenhuma audiência pública com especialistas em
> Informática e Segurança de Dados foi aceita.
>     Essa lei, se aprovada, trará como resultado a instituição de um
sistema
> eleitoral no qual não se poderá exercer uma auditoria externa eficaz,
pondo
> em cheque até os fundamentos do projeto democrático brasileiro. Aceitando
> essa interferência e implantando um sistema eleitoral obscuro, corremos o
> risco de virmos a ser governados por uma dinastia, com os controladores do
> sistema eleitoral podendo eleger seus sucessores, mesmo sem ter os votos
> necessários.
>     A nação, anestesiada pela propaganda oficial, lamentavelmente
desconhece
> o perigo que corre. Os meios de comunicação, com honrosas exceções,
> omitem-se inexplicavelmente, como se o assunto não fosse merecedor de
nossa
> preocupação.
>     A finalidade deste alerta é a denúncia da falta de confiabilidade de
um
> sistema eleitoral informatizado que: utiliza programas de computador
> fechados,  baseia-se em urnas eletrônicas sem materialização do voto, não
> propicia meios eficazes de fiscalização e auditoria pelos partidos
> políticos, e identifica o eleitor por meio da digitação do número de seu
> título eleitoral na mesma máquina em que vota. Assim, o princípio da
> inviolabilidade do voto, essencial numa democracia, será respeitado apenas
> na medida em que os controladores do sistema eleitoral o permitirem,
> transformando-se o voto secreto em mera concessão.
>     Uma verdadeira caixa-preta a desafiar nossa fé, este sistema é
> inauditável, inconfiável e suscetível de fraudes informatizadas de difícil
> detecção. Como está, ele seria rejeitado na mais simples bateria de testes
> de confiabilidade de sistemas pois, em Informática, "Sistema sem
> fiscalização é sistema inseguro". Muitas das fraudes que ocorriam quando o
> voto era manual, foram eliminadas, mas o cidadão brasileiro não foi
alertado
> de que, com a informatização, introduziu-se a possibilidade de fraudes
> eletrônicas mais sofisticadas, mais amplas e mais difíceis de serem
> descobertas.
>      Enquanto os países adiantados caminham no sentido de exigir que
> sistemas eleitorais informatizados possuam o registro material do voto,
> procedam auditoria automática do sistema e só utilizem programas de
> computador abertos, com esse Projeto de Lei do Voto Virtual, o Brasil vai
na
> contramão da história.
>     De que adianta rapidez na publicação dos resultados, se não
respeitarmos
> o direito do cidadão de verificar que seu voto foi corretamente computado?
>     Segurança de dados é assunto técnico especializado e assusta-nos a
falta
> de seriedade com que nossa votação eletrônica tem sido tratada, nos três
> Poderes, por leigos na matéria. Os rituais promovidos pelo TSE, como a
> apresentação dos programas, a carga das urnas e os testes de simulação são
> apenas espetáculos formais, de pouca  significância em relação à
eficiência
> da fiscalização.
>     Surpreende-nos, sem desmerecer suas competências na área  jurídica,
que
> autoridades respeitáveis da Justiça Eleitoral possam anunciar, com toda a
> convicção, que o sistema eleitoral informatizado é "100% seguro" e
"orgulho
> da engenharia nacional", externando inverdades em áreas que não dominam,
> alheias ao seu campo de conhecimento específico.
>     Para o eleitor, a urna é 100% insegura, pois pode ser programada para
> "eleger" desde vereadores até o próprio presidente. O único e mais simples
> antídoto para  esta insegurança é a participação individual do eleitor na
> fiscalização do registro do seu próprio voto, pois ele é o único capaz de
> fazer isto adequadamente.
>     O TSE sempre evitou debater tecnicamente a segurança da urna,
ignorando
> todas as objeções técnicas em contrário. Nenhum estudo isento e
independente
> foi feito até hoje sobre a alegada confiabilidade da urna sem o voto
> impresso. O estudo de um grupo da Unicamp (pago pelo TSE), parcial e pleno
> de ressalvas, recomendou vários procedimentos como condição para garantir
o
> nível de segurança necessário ao sistema. Essas ressalvas, infelizmente,
> foram omitidas na propaganda sobre as maravilhas da urna.
>     A confiabilidade de sistemas informatizados reside nas pessoas e nas
> práticas seguras. Palavras mágicas como assinatura digital, criptografia
> assimétrica, embaralhamento pseudo-aleatório e outras panacéias de nada
> valem se não forem acompanhadas de rigorosos procedimentos de verificação,
> fiscalização e auditoria externas. Se esta urna algum dia cair sob o
> controle de pessoas desonestas, elas poderão eleger quem desejarem. De
modo
> algum podemos confiar apenas nas pesquisas eleitorais como modo de validar
> os resultados das urnas eletrônicas, especialmente se as diferenças entre
os
> candidatos forem pequenas.
>     Nenhum sistema informatizado é imune à fraude, especialmente a ataques
> internos, como sucedeu em julho de 2000 com o Painel Eletrônico do Senado,
> fato que levou à renúncia de dois senadores. A única proteção possível é
um
> projeto cuidadoso que atenda aos requisitos de segurança, e à
possibilidade
> de auditorias dos programas, dos procedimentos e dos resultados.
>      Basta de obscurantismo no sistema eleitoral. Enfatizamos a
necessidade
> de serem realizados debates técnicos públicos e independentes sobre a
> segurança do sistema e de seus defeitos serem corrigidos, antes da
aprovação
> de leis que comprometam a transparência do processo.
>      A democracia brasileira exige respeito ao Princípio da Transparência
e
> ao Princípio da Tripartição de Poderes no processo eleitoral.
>      Instamos todos os eleitores preocupados com a confiabilidade de nosso
> sistema eleitoral a transmitirem suas preocupações, por todos os meios
> possíveis, a seus representantes no Congresso e aos meios de comunicação.
>
> Brasil, setembro de 2003
>
> Signatários:
>
> Walter Del Picchia
> Professor Titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP
>
> Jorge Stolfi
> Professor Titular do Instituto de Computação da Universidade Estadual de
> Campinas  - UNICAMP
>
> Michael Stanton
> Professor Titular do Depto. de Ciência da Computação da Universidade
Federal
> Fluminense - UFF
>
> Routo Terada
> Professor Titular do Depto. de Ciências da Computação do Instituto de
> Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo - USP
>
> Edison  Bittencourt
> Professor Titular da Faculdade de Engenharia Química da Universidade de
> Campinas - UNICAMP
>
> Pedro Dourado Rezende
> Professor do Depto. de Ciência da Computação da Universidade de Brasília -
> UNB - Representante da Sociedade Civil no Comitê Gestor da Infra-estrutura
> de Chaves Públicas ICP-Brasil.
>
> Paulo Mora de Freitas
> Chefe do serviço de Informática do Laboratório Leprince-Ringuet da Ecole
> polytechnique, Palaiseau, França
>
>  ---------------------
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