--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
acredita-se estar livre de perigo.
--- Begin Message ---SOBRE JUMENTOS E GOLEIROSLaerte Braga Se o ministro Luís Fernando Furlan, do Desenvolvimento e Comércio Exterior, voltou satisfeito da reunião dos países que discutem a ALCA, é porque o Brasil levou chumbo. Furlan é exportador, integra o que alguns chamam aqui de empresariado moderno, o que significa que se ajoelha todos os dias em direção a Washington, New York, etc. Não tem pátria, tem interesses e negócios. É preposto. Os soldados norte-americanos no Iraque estão com uma nova tarefa: revistar jumentos. É que dois ataques da resistência à ocupação e ao saque a turma de Bush promove, foram feitos de carroças puxadas por esses eqüinos. Luís Fernando Furlan disse que Palocci é o goleiro do time de Lula e foi enfático. Segundo ele o goleiro segura as bolas e, de quebra, evita gols contra. Joga na tática de não tomar, se fizer bem, se não fizer pelo menos não perde. Isso, em se tratando dos brasileiros, ele não perde nada. Seus negócios vão de vento em popa. Suas declarações sobre a reunião de Miami têm um conteúdo importante. Significam que a crítica que fez ao ministro Celso Amorim, há cerca de um mês, sobre a intransigência do titular das Relações Exteriores em relação a ALCA, vingou. Colou. Lula, como sempre, falou o diabo, disse que quem mandava era ele, à época, falou que a posição do chanceler era correta, a do governo, mas como tem sido prática em seu governo, logo sentou em cima, vai mudando, como é do seu feitio o jogo. Joga pela direita e cada vez mais. É estranho o poder do ministro Luís Fernando Furlan. Todas as vezes que tocam nos interesses dos negócios, que negócios, vem e fala e fica por isso mesmo. Tem poder, claro, é da turma de Henrique Meireles. Dessa vez partiu para cima também do vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), Darc da Costa que, em entrevista publicada no domingo, criticou a Secretaria do Tesouro, chamou-a de Secretaria da Tesoura. A fala do ministro torna-se mais intrigante ainda, quando o criticado foi Palocci e Furlan fala por Palocci. Um Malan da vida o tal Palocci. Um banana pronto e acabado. Pau mandado do FMI. A carta que o ministro enviou ao FMI prestando contas de sua ação é um primor de estou de quatro para o que der e vier. Há uma certa semelhança entre os jumentos utilizados pela resistência iraquiana e o ministro da Fazenda. Lá os jumentos servem para defender o país de um invasor. Aqui determinados ministros procedem como jumentos dos interesses de Washington. São sempre jumentos. Em qualquer circunstância. Basta um arreio e pronto. A prisão de um general iraquiano foi mostrada pela tevê no mundo inteiro. Deve ter escapado, falo da imagem, ou então decidiram perder de vez a vergonha cínica de falar em direitos humanos. Arrancado de sua residência, o general foi jogado ao chão, chutado por soldados dos Estados Unidos, esbofeteado e encaminhado à prisão. A desculpa: é um terrorista. Quem? Quem é terrorista? Lula é uma farsa e essa farsa vai ficando cada dia mais nítida. A julgar pela forma como o ministro Luís Fernando Furlan age, foi decisivo na questão dos transgênicos, agora da ALCA, manda mais que ele, ou está no governo representando interesses que Lula sequer faz idéia mas aceita, convicto que a qualquer dificuldade caminha sobre as águas e pronto. O dia 21 foi marcado por protestos contra a ALCA e em todo o País. O presidente sequer cogita de lembrar que defendeu um plebiscito sobre o assunto. No Palácio, nas delicias do futebol de domingo, convicto que Deus o trouxe de Garanhuns para salvar a humanidade, foi ele quem disse isso, não tem olhos para o que falou. Figueiredo pediu que esquecêssemos dele. FHC que não nos lembrássemos do que escreveu. Lula não tem nenhum compromisso com o que falou, ou prometeu. Está cada dia mais claro que quem manda é o presidente do Bank of Boston, em missão no Banco Central e o resto é adereço. Furlan, como Palocci, o ministro da Agricultura, latifundiário e da versão brasileira da Ku Klux Klan, são os principais porta-vozes da ALCA, do FMI, do sistema financeiro internacional, dos caras que mandam e mantêm o Estado brasileiro privatizado. Nessa história toda, corremos nós, os brasileiros, o risco de virmos a ser os jumentos, carregando toda a carga pesada de um governo que optou pelo sou, mas quem não é. O goleiro Palocci está lá para evitar gols dos trabalhadores. Banqueiro não. Faz gol a toda hora. A carta, no trecho que toca na reforma da Previdência e, sobretudo nos fundos de previdência, causa náuseas tamanha a subserviência. O que Furlan quis dizer e tem dito é que nós aqui, os jumentos, não contamos. Só pagamos. ***** Nosso sítio na Internet está em: http://www.redepraxis.hpg.com.br/ Para cancelar sua assinatura deste grupo, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] deixando assunto e texto em branco. ***** Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html -- Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e acredita-se estar livre de perigo.
--- End Message ---
