Não há interesse , dentro do contexto do atual
sistema-mundo, e no que tange aos EEUU ,
em conviver com governos fortes-seja de que
natureza for . Muito pelo contrário. A "junta "
Cheney-Bush , como diz Gore Vidal, encontrou a fórmula
perfeita para se apropriar das
riquezas alheias : uma forma pós moderna de democracia ,
com políticos ., mídia e juízes comprados, eleições
decididas pelo espetáculo, e agora com o golpe final:
as urnas eletrônicas sem voto impresso.
Na década de 70 ( leia "A Escola Do Rio
de André Araújo ) os intelectuais do
CEBRAP foram literalmente comprados pelos EEUU para
combater e substituir o governo militar do
Brasil ( desnecessário e incômodo depois
do fim da guerra fria ),
Glauber Rocha denunciou o episódio do
Cebrap, em entrevista dada entre 74-79. Que
homeme de visão!
O objetivo desta compra inicial do Cebrap :
sabotar e desestruturar o governo militar,
leia-se governo soberano e desenvolvimentista, para implantar um
sistema submisso, entreguista, lesivo aos nossos interesses, tanto
do ponto de vista econômico quanto social e
político. Foram grandes sedutores: quem podia resistir
ao charme do Príncipe? Nem amídia nem aquela
jornalista que lhe deu um pimpolho que vive asilado com a
mãe na Espanha.
O Brasil foi transformado numa casa de tolerância
de dimensões continentais. A cleptocracia agiganta-se com a
prostituição generalizada dos donos do poder. A rua
chegou ao poder.
Os intelectuais que não se venderam comportam-se
com um manada submissa. Quando no seu lar
acadêmico apenas toleram a eleição "democrática
" do reitor ) na Unicamp 50% dos docentes
escolheram não votar ou votar em branco ) ,
quando votam alunos alienados e desinteressados , faxineiros,
tecladores, e muitos funcionários que nada entendem , quenada querem
entender de Universidade- mas os
loteadores do sistema querem, apenas o domínio dele ,
que o governo "cede" ao Partidão, PCdoB,
PT etc etc
Os homens de boa vontade sabem que nesta cleptocracia
as resistências civilizadas são inuteis e esperam o
cataclisma financeiro e político americano .
A capacidade e vontade questionadora da Universidade
é atualmente ZERO. No meu entender , permeia um
sentimento de inutilidade em se opor - afinal foram os
"líderes" da esquerda intelectual que se venderam ,
fundadores dos dois grandes partidos de uma
"esquerda" que nunca existiu. Na verdade
"direita" , "esquerda" são termos que sempre
foram pobres e hoje em dia não fazem mais sentido.
A questão que se põe pé a da soberania , tecnologia ,
para tirar o que for possível da biosfera , da forma
mais sustentável possível , evitando, como no caso do
Brasil, que o sistema-mundo com seu braço especulador e
agiota nos espolie, destrua nossas instituições e nosso
carater.
Vamos esperara que o sistema mundo bifurque logo - para usar
umtermo do Wallerstein.
Eu ví ontem na televisão Bush ameaçar Chávez,
dizendo que não admitiria ditaduras na A. Latina.
E Lula indiretamente apoiou Bush na questão das
coletas de assinaturas.
Tem um trecho que Lula fala, que se os jornais
repetirem hoje, e se for o realmente o que eu entendí, explica-se porque
Lula é a favor da fraude eletrônica. Eu entendí mais ou menos
assim:
Ele falou que no encontro com Bush, Bush
teria dito que esse negócio de defunto ter assinado a lista era bobagem, que
lá nos texas tinha muito isso. E aí Lula acrescentou que no Brasil também
tinha e que esperava que não fosse pretexto para criar mais problemas
etc...
Se ele admite como natural eleitores
fantasmas, que mal faz uma fraude eletrônica?
O curioso é que a imprensa dos países que estão
criticando o rigor na apuração, nos seus países os cidadâos não podem
convocar um plebiscito para julgar o mandato do presidente.
Nenhuma imprensa de qualquer país excepto a da
Veeuzuela tem respaldo moral para dar palpite sobre essqa
questão.
Por quê Lula não manda um projeto para o
Congresso instituindo esse tipo de plebiscito?
A Venezuela é o único país presidencialista do
mundo que tem esse plebiscito. E foi idéia do próprio Chávez ou de seu
partido.
Interromper o mandato de um presidente é coisa
seríssima e a verificação das assinaturas tem que ser
rigorosíssima.
A Venezuela é o País mais democrático do mundo
no aspecto de representatividade do presidente. E Chávez é o presidente mais
legítimo do mundo. Ele e a constituição que ele propôs estão respaldados no
mínimo por três plebiscitos/sufrágios consecutivos.
Chávez não foi eleito por nenhum esquema mídia,
Ibope, dinheiro de banqueiros, que sempre é um esquema com fraudes, pelo
contrário, foi eleito contra todos eles juntos. Eleito convocou um
plebiscito para o povo descidir se devia ou não convocar uma nova
constituinte. O povo aprovou com esmagadora maioria. Nas eleições para para
a constituinte Os partidários de Chávez também ganham com grande maioria.
Feita a nova constituição, convoca-se novo plebiscito para aprová-la (que
diferença do Brasil que teve uma tal de comissão de sistematização que
interferiu no processo para limitar o poder dos próprios constituintes.
enquanto na Venezuela se ampliou a participação popular, no Brasil
restringiu-se.). Aprovada a nova constiuição todos perderam automaticamente
seus cargos, inclusive Chávez, que concorreu a novas eleições sendo de novo
eleito com esmagadora maioria e denovo contra a corja golpista que inclui a
mídia e a imprensa sadia. E dessas vez eles estavam mais ainda ouriçados e
desesperados pois com a perfomance de Chávez e o conteúdo da nova
constiuição. Que diferença da nossa constiuinte; nós tivemos uma
constituinte congressual que rima com cafajestal, não foi portanto soberana
pois os seus deputados continuaram nos mandatos e claro interferiram nela em
função de seus interesses. Deveriam ocorrer novas eleições logo em seguida
sob a nova constituição. Até o Gal. Leônidas Pires Criticou
isso.
Nenhuma imprensa de fora da Venezuela tem moral
para criticar Chávez do ponto de vista da representatividade democrática de
seus representantes.
Bush foi eleito na fraude, Lula não foi mas
participou da fraude que levou serra ao segundo turno além de ter sido o
candidato da GLOBO e dos banqueiros.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela começou hoje,
terça-feira, o processo de apuração das assinaturas recolhidas no último
mês de novembro para solicitar um referendo contra o presidente Hugo
Chávez e deputados governistas e opositores. A atenção dos venezuelanos
está centrada no caso de Chávez, já que a apuração vai esclarecer se a
oposição recolheu 3,4 milhões de assinaturas, como assegura, ou se não
chegou ao mínimo de 2,4 milhões requerido (20 por cento do eleitorado),
segundo afirmam os governistas.
A revisão do material recolhido
durante o mês de novembro estará a cargo de 36 advogados do CNE, sob a
direção do consultor jurídico do organismo, Andrés Brito, que terão um mês
para completar o trabalho. Isso significa que no dia 13 de fevereiro
saberão se existe ou não referendo contra o presidente Chávez e os 37
deputados da oposição e 33 ligados ao governo envolvidos no processo. A
verificação das atas e assinaturas é "observada" por representantes da
Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Centro Carter (CC) dos
Estados Unidos, convidados pelo CNE para serem testemunhas de sua
transparência.
Carlos Carbacho, representante na Venezuela da OEA,
afirmou que esse organismo acredita na "honestidade política" das pessoas
que dirigem o CNE, as quais, considerou, que desenvolveram "um trabalho
titânico". Também disse que o CNE foi "esplêndido" em facilitar-lhes o
acesso "às partes que quisemos", e pediu à oposição e ao governo que não
interfiram no processo apuração e deixem "que o árbitro (CNE) decida". O
CNE é um poder do Estado autônomo e suas decisões só têm apelação na Sala
Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça.
A polêmica sobre o
referendo presidencial foi reativada no fim de semana passado quando
Chávez denunciou que essa consulta serviria de desculpa para uma nova
tentativa de golpe de Estado, no qual supostamente estaria envolvido os
Estados Unidos. A trama, segundo Chávez, consiste em difundir a idéia de
que se na Venezuela não existe um referendo contra ele se deve ao fato de
que ele impediu e não que a oposição fracassou em reunir as assinaturas
necessárias para convocá-lo. Chávez afirmou que recentes declarações de
funcionários dos Estados Unidos, nas quais colocam em dúvida sua condição
de democrata, estão vinculadas à conspiração para tentar novamente tirá-lo
a força, como ocorreu em abril de 2002.