Prezados patrícios do Voto-e
Peço a paciência dos listeiros que se interessam de fato pelo futuro do Brasil - provavelmente todos - para reproduzir grande parte de um E-mail que enviei pelo APADDI, abordando sob outro ângulo essa questão importantíssima do "controle externo" do Judiciário e do Ministério Público.  
A gravidade desta questão me leva a abusar da tolerância do moderador, embora colocando o texto como FC.
E o faço invocando um direito de isonomia, posto que o próprio moderador -DESNECESSARIAMENTE - reproduziu os longos argumentos do Min. Nelson Jobim......
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CITANDO:
 
Prezada guerreira Srª Graça, caros amigos e colegas
"com a verdade vós os vencereis"
É isso aí, cara irmã, com essa sua difusão da VERDADE - que V faz diária, diligente e incansavelmente -  vamos vencê-los MAIS UMA VEZ....
O povo brasileiro precisa ser convencido - lembrado disso por nós a cada dia -que "eles" jamais foram "democratas lutando contra uma ditadura militar". Eles sempre FORAM, SÃO e SEMPRE SERÃO, comunistas, marxista-leninistas-stalinistas (e alguns deles ainda são maoistas, como o Aldo Rabelo !!! ), em marcha acelerada para implantar o seu modelo de "governo´popular".....
E não é preciso ser profeta para saber que "eles" pretendem fazer LITERALMENTE TUDO para NUNCA MAIS deixar o Governo e o Poder... e, para isso, desde o primeiro dia de seu governo vêm neutralizando a independência entre os três poderes, imitando o cripto-comuno-corruptor FHC, descaradamente usando
do reles "do ut des", a fim de aprovar TUDO o que nos encaminha para o "governo popular" pelo Legislativo,... (vide o affair PEC 77 alternativa, e outras "reformas", etc.... ).  Agora, afrontando sem qualquer pudor ou temor a tudo e a todos, estão propondo a supressão direta, curta e grossa, pura e simples, do princípio da "independência dos 3 Poderes" mediante a aprovação pelo Legislativo do Controle Externo do Judiciário e do Ministério Público, o que certamente conseguirão pois têm as chaves do cofre, e "ninguém é de ferro"... entre os nossos políticos (com as honrosas exceções de praxe)... principalmente em ano de eleição...
Não é preciso ser "cientista político" para perceber que - se esse Controle Externo for aprovado - equivalerá na prática a um verdadeiro GOLPE DE ESTADO, o que DEVERIA desencadear uma enérgica reação de todas as forças vivas da Nação - que poderiam invocar OSTENSIVAMENTE o seu "DIREITO DE INSURREIÇÃO 
contra o Tirano Injusto que tenta destruir a Pátria"- Salus Patriae Suprema Lex...
Será que ao menos aparecerão alguns nacionalistas (mesmo macróbios como nós) - capazes de arriscar TUDO - até mesmo o pouco que lhes resta de vida, para tentar TUDO, usando desse DIREITO (para alguns, não apenas um direito, mas até o DEVER) de se INSURGIREM contra esse GOLPE ?? Infelizmente já duvido até mesmo disso !!
Rezemos QUE SIM !!!          
Saudações nacionalistas
Cel. Ref EB Roberto Monteiro de Oliveira
(Até aqui a reprodução)
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(PS: dei uma melhorada na redação porque o texto enviado ao sabor da indignação continha imprecisões e repetições ... sorry !!)
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Mas permitam que eu me justifique um pouco mais:
 
- Quanto à "independência dos três poderes" - que é cláusula pétrea, e nem  admite o acolhimento de uma Proposta de Emenda Constitucional nesse sentido (Art 60 § 4º, inciso III), o "controle externo" não poderá ser aprovado ;
- Caso o Poder Legislativo e/ou o Executivo façam uma proposta de modificação da "organização" do Poder Judiciário (e com a criação de um "órgão de controle externo" essa proposta modificaria a "organização" atual) tal proposta seria INCONSTITUCIONAL, porque compete PRIVATIVAMENTE aos Tribunais Superiores fazerem qualquer proposta nesse sentido. (Art 96, II, alínea d);
- quanto à "súmula vinculante", porque sua aprovação retiraria dos juizes das instâncias inferiores sua liberdade de julgar segundo sua própria consciência, o que indiretamente agride ao Art 5º, inciso XXXV, pois estaria excluindo da apreciação da justiça (desde a do 1º grau), determinadas ações já julgadas por tribunais superiores ...  
          
-- Quanto ao "controle externo" do Ministério Público, infelizmente a Constituição não impede que o Poder Legislativo (obediente ao Executivo) venha a implantá-lo,
o que implicará em uma castração da sua independência e liberdade de interpor ações penais contra atos do Poder Executivo e/ou do Legislativo ... o que equivalerá a um "meio Golpe..."    
 
Portanto, creio que este é realmente um tema sobre o qual nenhum de nós poderá se omitir no momento atual.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, apressai-Vos em nos socorrer que perecemos !!!
Saudações nacionalistas
Cel. Ref EB Roberto Monteiro de Oliveira
 
 
----- Original Message -----
From: "Roger D. Chadel" <[EMAIL PROTECTED]>
To: "Lista do Voto Eletronico" <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, February 05, 2004 8:54 AM
Subject: [VotoEletronico] Jobim aprova controle externo do Judiciário

Amigos da lista,

Eu sempre fui a favor do controle externo do Judiciário. Hoje, em
função do apoio deste senhor, passo para o lado oposto! Se ele é a
favor, deve ter coisa aí! Tô fora!

Jobim aprova controle externo defendido por Lula
http://oglobo.globo.com/jornal/pais/133773052.asp

Lydia Medeiros

BRASÍLIA. Dois dias depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, discursar contra a criação de um mecanismo de controle externo do Poder Judiciário, o vice-presidente do STF, Nélson Jobim, defendeu ontem em audiência no Senado a criação de um órgão que exerça o papel.

O ministro, que assume em maio o lugar de Corrêa, evitou usar a expressão “controle externo”, mas apoiou o projeto de reforma do Judiciário, em tramitação no Senado, que prevê a criação do Conselho Nacional de Justiça, com representantes do Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil e da sociedade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pregou na segunda-feira, ao lado de Corrêa, o controle externo do Judiciário.

— Não vejo nenhuma possibilidade de que não tenhamos o Conselho Nacional de Justiça aprovado. É uma necessidade — afirmou o ministro, ressaltando ser uma opinião pessoal.

— A proposta não fere a autonomia, a independência e nem interfere nos trabalhos do Judiciário. Pelo contrário. O Conselho Nacional de Justiça, a ser criado para exercer o controle, é uma necessidade para que o Judiciário tenha uma política de ação uniforme em todo o país, ganhe agilidade, reduza os custos processuais e, além disso, passe a ser mais transparente perante a sociedade. Qual o problema? O que vem assustando parte da magistratura? Onde existe invasão da autonomia do Judiciário? — disse Jobim aos senadores da Comissão de Constituição e Justiça, numa audiência de cerca de cinco horas de duração.

O ministro lembrou que na composição do Conselho prevista no texto já aprovado pela Câmara e em estudo no Senado, há maioria de magistrados: são nove, ao lado de seis outros, indicados por Câmara, Senado, OAB e Ministério Público. Segundo ele, não há interferência deste conselho, nesses moldes, nas decisões dos juízes, mas a necessidade de se estabelecer alguma unidade administrativa e no trato de questões disciplinares. O Senado deve alterar pelo menos um ponto em relação ao Conselho, tirando do órgão a prerrogativa de decidir sobre a perda do cargo de juízes.

— Não se pode reagir à reforma com emocionalismos, com espírito corporativo, com passionalidade. Estamos tratando de um ajuste institucional para o futuro, e não de retaliações com o passado — afirmou o ministro.

O futuro presidente do Supremo defendeu também a aprovação na reforma do Judiciário da súmula vinculante, instrumento jurídico pelo qual os tribunais inferiores não podem apreciar processos sobre os quais haja decisões dos tribunais superiores. O principal argumento para a súmula vinculante é o acúmulo de processos no STF, muitos deles com temas repetidos. Jobim afirmou que esse instituto dará ao país segurança jurídica, essencial para a atração de investimentos. 

Grande abraço,

Roger Chadel

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