Ademar Castelani escreveu:


"Não seria interessante que no final do manifesto fosse informado ao visitante do site quantas assinaturas necessitamos?
E quais os próximos passos a serem dados após obtidas as assinaturas necessárias?
Salvo melhor juízo, o novo visitante encontra dificuldade em saber o que exatamente estamos querendo com a lista.
Nosso intuito é contribuir. "Por Brasil Verdade e Muito Fraterno".
Aquele fraternal abraço."


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Amilcar Brunazo Filho


"Com a palavra o Del Picchia, idealizador do manifesto dos professores."

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Prezado Ademar Castelani e todos



Após certo tempo de vida, percebe-se que as relações causa-efeito não são tão bem comportadas como nos ensinaram . Descobre-se que há mais exceções que regra... (há desdobramentos, efeitos colaterais, seqüelas não previstas etc..). Anote outra frase interessante (acho que é minha; empreguei-a numa antiga sátira): "Os meios justificam os fins; quando se dispõe dos meios, sempre poderemos encontrar algum fim adequado aos meios disponíveis". Outra: "As idéias surgem sob pressão sobre um ou vários atores; depois elas adquirem vida própria".


Em nosso caso: Quando submeti aos colegas a idéia de um alerta de pessoas do meio universitário (inicialmente umas quatro), a idéia era uma colaboração de retaguarda aos que estavam em Brasília pelejando para que a comissão de tecnologia da Câmara fosse ouvida, pois seria um absurdo somente leigos decidirem em assunto eminentemente técnico e que mexe com a vida de todos nós. Eu nem pensei em lista de apoio; ela foi idealizada por outros.

O resto foi conseqüência. Após a lei do voto virtual ser aprovada, e com a lista de apoios com cerca de 250 nomes, decidimos continuar o recolhimento de adesões, pois a alternativa seria perder o capital obtido (e, ao mesmo tempo, umas 250 assinaturas, mesmo com apoios valiosos, era algo muito pouco representativo). Fixei-me, um tanto obsessivamente e contrariando opiniões de colegas, numa primeira meta de 1.000 (para isso, desdobrei-me em contatos telefônicos e por mensagens-e, cartas para jornais, políticos, idas à USP, a seminários, inaugurações, colocação do endereço do Manifesto em várias redes, etc., etc.. - alguns outros colegas também se esforçaram). Minha espectativa é que a partir daí a lista se realimente por si (parcialmente, isto já está acontecendo, mas nosso esforço não deve diminuir).

Duas conseqüências que não foram claramente previstas: 1. O Manifesto, escrito por n pessoas, mostrou-se, para mim, o melhor meio de conscientização que tivemos em mãos até hoje. Serve como motivo para início de conversa, tem resumido, de modo incisivo e não agressivo, todas as bandeiras do Fórum (a primeira versão era um tanto emotiva, mas foi inteligentemente depurada pelos colegas). Sempre provoca algum resultado: quem lê só o título fica sabendo que há "Insegurança"; quem lê o manifesto, vê que essa afirmação de insegurança é fundamentada, e não está afirmada apenas por um "bando de malucos", como já nos chamaram; quem assina o apoio, demonstra, ao menos, sua discordância com a alegada segurança. 2. Em qualquer ação, o Manifesto e a lista, desde que com número razoável de apoiadores, poderão ser juntados como documento.

Qual é esse número razoável? O maior possível. É claro que se tivéssemos parado quando a lei foi aprovada, o número baixo poderia até depor contra. É claro que 1.000 ainda é pouco, e espero que passe disso. Mas já serve para a alegação: "Vocês dizem que a urna-e é 100% segura. Pois temos aqui mais de 1.000 pessoas, entre elas mais de 300 especialistas na área, técnicos, professores universitários, juristas de peso, engenheiros etc., que não concordam com essa afirmação 100% falsa."

Conclusão: quem puder, colabore, como vários estão fazendo (até amigos que não pertencem à lista), para angariar mais adesões. É claro que há adesões que têm mais efeito que outras (de "qualidade"), e também vou atrás delas. Mas na democracia, e para a opinião pública, o número conta. Cada pessoa, um voto, e todos eles tem o mesmo peso.

Abraço. Aguardo sugestões.

Walter Del Picchia
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