Benjamim ...

como dizia o filósofo ... apressado come cru ...

... comecei lendo os e-mails pelo ultimo recebido ...

mas, obrigado por remeter o artigo - vamos transcreve-lo em alguns jornais !

Paulo Castelani - Umuarama Pr

>From: B Azevedo <[EMAIL PROTECTED]>
>Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
>To: [EMAIL PROTECTED]
>Subject: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] RE: [VotoEletronico] Re: Artigo: Democracia Ameaçada
>Date: Tue, 13 Apr 2004 19:38:25 -0300
>
>Paulo Castelani wrote:
>
>>Benjamim.
>>
>>voce tem o artigo do Faria Lima :
>>
>>se tiver, coloque na lista, por favor.
>>
>>Paulo Castelani - Umuarama Pr
>>
>Ja rolou umas vinte vezes, mais uma nao fara mal ...
>
>==================================
>Democracia ameaçada
>
>(*) José Roberto Faria Lima
>
>
>Existem apenas duas origens para o poder. A primeira é a origem
>divina. Deus
>se comunicava com os homens através de profetas ou de um oráculo,
>transmitindo a verdade. Os dez mandamentos entregues ao profeta e a
>escolha
>do monarca para chefiar a nação são exemplos clássicos. Ninguém
>podia
>questionar estas decisões divinas, afinal fora Deus que decidira.
>
>Os céticos, filósofos da antiguidade grega, acreditavam que a
>verdade só
>podia ser alcançada através de sucessivas etapas. Diziam que a
>“parte” não
>podia ter o conhecimento do “todo” instantaneamente. Razão pela qual
>questionavam sistematicamente o óbvio. E como na realidade prática
>era
>preciso aceitar uma “verdade”, os antigos gregos se reuniam na ágora
>(a
>praça pública – a res pública) para, através do voto, decidirem
>sobre temas
>de importância para suas vidas.
>
>Votavam com ostras.
>
>Após a contagem, aqueles que perdiam eram encaminhados para o
>ostracismo,
>visando oferecer a oportunidade aos vencedores de implantarem suas
>idéias e
>projetos. Era a origem do poder que emanava do povo. Surgia a
>Democracia
>participativa.
>
>Os brasileiros foram convocados recentemente para decidir o sistema
>e regime
>políticos que desejavam. Lembram-se? Monarquia ou República.
>Presidencialismo ou Parlamentarismo.
>
>O plesbicito decidiu pela República e Presidencialismo. Enfim, 5000
>anos
>depois, o tema é atual. Os brasileiros preferiram legitimar o poder
>oriundo
>do povo.
>
>O homem moderno respira tecnologia. As ostras viraram impulsos
>eletronicos,
>numa realidade virtual captada por máquinas de votar.
>
>Votamos em urnas eletrônicas.
>
>Os brasileiros se ufanam de ter eleições totalmente
>computadorizadas.
>Resultados em horas, numa Democracia representativa composta de
>cento e
>poucos milhões de eleitores espalhados num país de dimensões
>continentais
>
>Eleições computadorizadas e declarações de imposto de renda por
>INTERNET são
>ícones do desenvolvimento tecnológico verde e amarelo.
>
>O fiasco das apurações presidenciais dos Estados Unidos, com as
>antiquadas
>máquinas de votar americanas, realça ainda mais esta conquista
>brasileira.
>Chegamos até em pensar na exportação de nossas “urnas eletrônicas”
>para a
>América.
>
>O orgulho nacional adquire uma distorção narcisista que até
>esquecemos que a
>carga tributária nacional é a segunda maior do mundo (só a Dinamarca
>tem um
>percentual maior) e que nossas eleições infelizmente são
>inauditáveis e
>sujeitas a estelionatos eleitorais.
>
>Ninguém é contra a informatização das eleições, o que se deseja é um
>aprimoramento do sistema. Uma garantia contra fraudes.
>
>Especialistas se debruçaram na análise das urnas e programas
>utilizados nas
>eleições brasileiras. Um longo relatório foi elaborado pela
>Sociedade
>Brasileira de Computação e mantido estranhamente em sigilo até o
>início do
>ano, muito depois da aprovação pelo Congresso Nacional da Lei do
>voto
>virtual (Lei 1503/03).
>
>As principais conclusões do relatório do SBC são:
>
>Não se elimina a possibilidade de violação do voto;
>
>A transparência e auditabilidade deixam muito a desejar;
>
>O porte do sistema torna inviável garantir a sua confiabilidade
>apenas por
>recursos de software;
>
>O porte do sistema torna ineficaz a fiscalização efetiva da
>preparação das
>urnas e da totalização dos votos.
>
>Enfim, o sistema é falho. Não existe máquina infalível.
>
>As principais sugestões do relatório eram:
>
>Para dar mais transparência e auditabilidade à Apuração dos Votos,
>recomenda-se a adoção do Voto Impresso Conferido pelo Eleitor ;
>
>Para tornar viável a fiscalização da Totalização dos Votos Apurados,
>recomenda-se a assinatura (hashing) dos resultados de cada seção
>eleitoral e
>sua imediata publicação na Internet, ANTES da publicação do
>resultado
>oficial ;
>
>Para descobrir outras vulnerabilidades, sugere-se que seja simulado
>um
>ataque contra os cartões de memória flash , como os usados na urna,
>por uma
>equipe de especialistas INDEPENDENTES , que se comportarão como um
>hacker
>tentando modificar os programas da urna.
>
>As conclusões do relatório foram desprezadas pelos parlamentares e a
>Lei
>aprovada, quase em segredo, consolidando uma situação de fragilidade
>e
>evidenciando a adoração cega ao bezerro de ouro da tecnologia ou da
>malandragem nacional.
>
>Não podemos deixar que um pequeno grupo de entendidos - modernos
>sacerdotes
>em nome de uma falsa modernidade - “gerencie” nossos pleitos,
>controle nossa
>vontade e nosso destino e implante a “ditadura do byte”. Podemos
>exercer
>nossa pressão democrática, exercitar nossa cidadania nos
>manifestando
>através da Internet, exigindo os aprimoramentos indispensáveis para
>evitarmos um estelionato eleitoral.
>
>Nunca é tarde demais.
>
>Um grupo de professores redigiu um lúcido manifesto. Tome
>conhecimento.
>Participe!
>
>Visite o site www.votoseguro.com/alertaprofessores. Afinal, mais
>importante
>que uma eleição informatizada é um pleito que traduza a verdadeira
>vontade
>dos brasileiros, uma eleição acima de qualquer suspeita.
>
>
>(*) José Roberto Faria Lima é ex-deputado federal, economista e
>consultor em
>tecnologia da informação. ([EMAIL PROTECTED])
>
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>O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
>autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
>representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
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>O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
>eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
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>Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
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