Sr. Redator,

Lamentável a intervenção do diretor-executivo da Transparência Brasil,
defendendo a inauditabilidade das urnas. Espera-se de um órgão que
prega a transparência um pouco mais de coerência. Ele diz que o
"depósito em urna não traria nenhuma garantia adicional de segurança".
Isto é como dizer que uma segunda tranca na casa não aumenta sua
segurança. É claro que o que os que lutam pela lisura das eleições,
como relatado na matéria de Vitor Paolozzi neste último domingo, não
esperam acabar com as fraudes somente incluindo a impressão do voto,
mas esta é uma idéia que está sendo adotada cada vez mais mundo afora,
e por pessoas e órgãos dos mais gabaritados, que, com certeza,
entendem muito mais deste assunto do que o Sr. Cláudio Abramo ou do
patético Sr. Moacir Casagrande. Mas, para mim, a impressão do voto tem
um valor muito maior, que é de resgatar o direito inalienável do
eleitor de ver seu voto sendo depositado na urna, que, em caso de
dúvida poderá ser recontado. O mesmo direito que o usuário tem em ver
um recibo impresso do depósito que ele está fazendo num caixa
eletrônico.

Roger Chadel
RG 3.670.817 SSP/SP
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