Luis De Rose Há alguns meses, ele escreveu um artigo numa revista de circulação nacional alertando para os riscos de certas linhas da ioga. Não citava nomes, mas o recado foi entendido. A revista recebeu uma carta de um seguidor acusando-o de ser drogado e louco, e ressaltando sua condição de estrangeiro Kupfer é uruguaio. Eles sempre vão destacar isso. Qualquer coisa que seja diferente é um perigo para eles. Eles também são homofóbicos e acho que ainda serão processados por racismo, afirma.
Na sua entrevista, De Rose também aludiu à condição de estrangeiro de Kupfer, lembrando que ele se casou com uma instrutora da rede para assegurar sua permanência no Brasil. Pedro sempre foi um excelente instrutor e nunca brigamos. Você deduzirá sozinho o que deve estar acontecendo na cabeça dele, escreveu De Rose, sem explicar detalhes. Kupfer também diz que De Rose tem problemas mentais, mas que não o considera nem inimigo nem adversário. Taccolini faz questão de deixar claro que não tem ódio, rancor ou mágoa. Bruno Kiraly, mesmo se dizendo espionado, não pretende tomar nenhuma medida mais drástica. André de Rose se sente cansado dessa confusão e garante não guardar rancor. Do outro lado da disputa, De Rose reserva elogios a todos nas suas respostas, e sua amiga Rosana Ortega garante não ter raiva dessas pessoas, apenas ficar inconformada com a atitude delas. Ótimo, ninguém quer brigar, mas as acusações não param. Quem faz ioga, pelo jeito, anda muito estressado ______________________________________ Movimentos harmoniosos, respiração controlada e um estado elevado de consciência. Esta é uma reportagem sobre ioga, mas não envolve nenhum desses elementos. Acusações, ressentimentos mal disfarçados, palavras como seita e oportunismo há de sobra. A rede de mais de 200 escolas ligadas a Luis Sergio de Rose, o Mestre De Rose, no Brasil, em Portugal e na Argentina está passando por dias turbulentos. Mais de 20 dos seus cerca de 500 professores a deixaram nos últimos três meses. Nem é um número expressivo, o que conta é o barulho que eles estão fazendo. Internamente, são tratados como dissidentes e recomenda-se distância deles. Quem lidera os dissidentes é Marcos Taccolini, empresário do ramo de informática que há quase seis anos se apaixonou pela ioga e há quatro virou professor. Sua ascensão dentro da rede foi impressionante. Nesse período, conseguiu o diploma de profissional e virou vice-presidente da Federação de Yôga do Estado de São Paulo, que congrega todos os profissionais do grupo (mas não de outras linhas de ioga). Montou uma escola num sobrado da Vila Mariana, na zona sul paulistana, e outra em Fortaleza. Aos poucos, porém, foi entrando em choque com as rígidas regras da organização De Rose. Existe no hinduísmo o preceito de não questionar o mestre. Mas na rede esse princípio foi adotado para qualquer assunto, seja financeiro ou administrativo, queixa-se. O que acelerou a minha saída é que, à medida que eu subia na hierarquia, ia descobrindo coisas piores. Na hora em que chegou a ponto de ferir a lei, tive de sair. Taccolini colocou no site da sua escola uma circular de abril, assinada pelo Mestre De Rose e distribuída aos diretores de todas as unidades, que foi a gota dágua na sua motivação para a saída. Naquele documento, cinco pessoas eram proibidas até segunda ordem de participar de cursos ou eventos. Outras seis pessoas são colocadas em observação cinco delas por terem escrito ou dito coisas favoráveis a um tal de Bruno. Trata-se de Bruno Kiraly, 20 anos, instrutor da rede em Florianópolis até março deste ano. Bruno vem de uma família interessada por práticas mentais e começou na ioga ainda menino. Aos 16 anos, entrou para uma escola Uni-Yôga (o nome dos institutos que adotam a metodologia De Rose). Virou instrutor, deu aulas em vários estados do Brasil, ganhou amigos e namoradas. Mas Bruno, que se define um buscador, se sentia frustrado quando se dispunha a se aprofundar, especialmente em outras linhas. Eles desestimulavam o estudo dos upanishads (textos sagrados indianos), as viagens à Índia. É uma visão muito limitada, afirma. Quando decidiu sair, Bruno enviou um e-mail a toda a rede explicando os seus motivos. Teve gente que balançou, por isso me queimaram, diz. Poucos dias depois, um comunicado do Mestre De Rose também anunciava a sua saída. Para sua surpresa, em anexo estava um outro e-mail, que ele havia mandado a um amigo sem ligação com o grupo e teria, portanto, sido ilegalmente obtido. A escola controlava a minha caixa postal. Eu sei que em grandes empresas isso acontece, mas não imaginava que lá fosse assim. A rede nega que haja espionagem de seus funcionários. Suspeitamos que os e-mails em questão nos foram enviados pelos próprios autores, por maldade, para nos causar sofrimento, disse De Rose na entrevista que concedeu por e-mail a NoMínimo . Sobre a circular que está na Internet, ele não reconheceu nem desmentiu sua autenticidade: Não li tal documento. Não tenho tempo para essas coisas. Prefiro dedicar o meu tempo a atividades construtivas. A circular do site diz que algumas unidades foram mais vulneráveis que outras (à dissidência), tornando-se foco de concentração de insatisfeitos que andaram emitindo comentários condenáveis, ou sendo citados por eles em seus e-mails como pessoas que compartilham de suas insatisfações. Perestroika ou marketing? Uma curiosidade: no alto do documento vem, antes da data, a palavra russa Perestroika (a reestruturação econômica que deu cabo da União Soviética). Para Taccolini, a expressão tem a ver com marketing. É uma reestruturação, mesmo, que significa que é um movimento positivo e que ocorre regularmente. De Rose, de fato, diz não se incomodar com as divergências muito poucas em 44 anos de trabalho, segundo ele. Temos dissidentes que continuam nossos amigos, nos convidam até para ser padrinho do filho. Portanto, ser dissidente não significa ser inimigo. Não obstante, cada vez que ocorre uma atitude vergonhosa de algum dissidente, na opinião das pessoas que estão mais engajadas isso é positivo, pois desencadeia uma reação de solidariedade em todos os demais. Rodrigo Leite Karime: demitida por dividir apartamento com 'dissidente' A instrutora Karime Neder, 24, foi pega na trincheira errada por essa pequena guerra. Ela dividia apartamento com Carolina Santos, uma instrutora dissidente da Vila Mariana e diz ter sido obrigada a mudar de casa devido a isso. A Uni-Yôga não permite que os seus membros se comuniquem com quem está fora. É incrível que todos os diretores e instrutores já sabem disso, mas, quando não está ocorrendo conosco, fechamos os olhos e tentamos não dar importância, escreveu ela num e-mail de despedida a várias pessoas. Karime acusa Rosana Ortega, diretora da Unidade Berrini, onde trabalhava, de revistar seu celular em busca de ligações para a amiga dissidente. Encontrou o que queria e demitiu a instrutora que já está empregada, evidentemente, na escola da Vila Mariana. Rosana acha absurda a acusação sobre espionagem. Como se fosse necessário fazer isso, pois elas foram vistas diversas vezes juntas, escreveu ela num e-mail a NoMínimo sobre o caso. O Mestre De Rose e várias outras pessoas da rede negam que haja punições a quem mantém contato com os dissidentes, mas Rosana admite que Karime foi considerada sob observação por ser amiga de Carolina. Quando um namorado pisa na bola, ele fica em observação, não é assim? Não dá para namorar ou trabalhar com alguém em quem não temos confiança. Pelo telefone, Rosana ex-consultora empresarial, pessoa de confiança do Mestre De Rose, responsável pela articulação em prol da regularização da profissão explica essas regras de fidelidade. Na Coca-Cola, por exemplo, o funcionário é demitido se for flagrado bebendo Pepsi. O ator da Globo não pode dar entrevista ou negociar em outra emissora, porque ele representa a própria imagem da Globo. Os nossos instrutores também representam a nossa imagem. Para ela, a motivação da rebelião de Taccolini não é filosófica, e sim empresarial. Ele tinha ambição de subir na hierarquia, não se conformou em ter de esperar ainda vários anos e de não conseguir mudar regras pré-estabelecidas. E na semana passada ligou para um investidor (dono de escola) parar comprar uma unidade. Ele quer fazer uma rede para competir com a Uni-Yôga, e está usando a Carol e a Karime para arregimentar professores. Toda semana os nossos instrutores recebem ligações tentando convencê-los a sair. De fato, todo mundo tem algum interesse financeiro nessa história. Taccolini não esconde a vontade de ter várias escolas, mas não vê nada de errado em ter contatos diz que não foi uma proposta de compra com outros empresários do setor. Com a quantidade de instrutores que estão ligados a estas escolas, é inevitável montar logo pelo menos mais uma. Quanto a ir além disso, vai depender da velocidade em que a Rede De Rose coloque seus instrutores para fora. Esquema de pirâmide A rede não trabalha com um sistema de franquias. Da mesma forma que as escolas montessorianas não pertencem à professora Maria Montessori, quase todas as escolas De Rose não pertencem ao Mestre, apenas usam seu método. Mas alguma ligação comercial há. Sabe a Amway?, pergunta Taccolini. É uma empresa norte-americana de produtos de limpeza e cosméticos, em que a pessoa passa de consumidora e vendedora quase sem perceber. Não é ilegal, mas é uma pirâmide, diz ele. Segundo Taccolini, a principal forma de pagamento para a rede é por meio da venda de livros e CDs. Cada unidade é obrigada a comprar em produtos De Rose o equivalente a pelo menos 10 por cento do seu faturamento, para vender pelo dobro do preço aos alunos. Na soma de Taccolini, são 5% do faturamento para a rede. É um valor justo para uma franquia, mas não avisam isso claramente, diz ele. Além disso, os instrutores são obrigados a fazer sete cursos por ano na própria Uni-Yôga e pagam uma taxa de supervisão de 52 reais por mês. Um professor de ioga que trabalhe em jornada completa ganha cerca de 1.500 reais. Outro aspecto da comparação de Taccolini entre a Amway e a rede De Rose está na formação dos professores. A fase zero, segundo o site da rede, consiste em exibir um vídeo sobre a prática a qualquer quantidade possível de pessoas. O segundo vídeo já é com sessões pagas, com 10% para a rede, a título de direitos autorais. A partir daí, começam as aulas propriamente ditas. A primeira fase, equivalente a uma graduação, tem duração mínima de quatro anos, sendo que a partir do segundo o aluno já pode ser remunerado como estagiário na própria escola. Para atingir o grau de mestre são necessários pelo menos 12 anos de dedicação. O problema é que parte das obrigações dos alunos é arregimentar e manter outros 12 estudantes durante a primeira etapa do curso. Quase ninguém consegue isso em quatro anos. É ou não um esquema de pirâmide?, insiste o dissidente. Note-se que nenhuma queixa dele é contra o que ensina nas aulas, técnicas que Taccolini vai continuar aproveitando. Só que, fora da rede, ele terá de mudar a fachada das suas escolas, já que o nome Swásthya Yôga, que aparece nos letreiros, é marca registrada de De Rose, o método que ele criou por inspiração de técnicas com mais de 5.000 anos, anteriores à invenção da escrita, e por isso chamadas de pré-clássico. É esse pré-clássico que identifica a escola de André de Rose, 37 anos, filho do Mestre e dissidente desde 2002, que diz ter rompido todos os contatos com a rede. Meu pai criou uma metodologia que não aceita ser questionada. Quem não aceita sai, e é chato ter de se distanciar das pessoas. Em ioga isso pega mal, diz ele. André só conheceu o pai aos 15 anos, e se apaixonou por ele com a mesma intensidade com que mais tarde se decepcionaria. Ele entrou numa vibe de ganhar dinheiro, e há um conflito entre ser empresário e professor de ioga, afirma. Depois que ele se desligou da rede, não houve propriamente uma briga, e sim um afastamento. Ele é uma pessoa mais dura, eu tentei ligar, mas ele não respondeu, diz André. O Mestre também contemporiza: Ele está expressando seus pontos de vista, ainda que o faça de uma forma um tanto inconseqüente. Não entendo onde isso deva ser considerado negativo. Ele é carioca e age como a maior parte dos que foram educados naquela cultura, diz De Rose, que também nasceu no Rio, em 1944, num 18 de fevereiro data declarada por lei como o Dia do Yôga em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Quando ainda trabalhava com o pai, André fez uma pesquisa com mais de 2.000 ásanas (posturas corporais) para um livro. O trabalho mereceu crédito até a oitava edição. Na nona, menos de 10 fotos foram trocadas e cerca de 50 nomes indianos tiveram alterações. O nome de André sumiu, substituído por um grupo de professores. Embora eu ainda seja um pai coruja, não era ético negar que, embora o trabalho tenha sido excelente, havia erros graves na pesquisa do André, diz De Rose. Culto à personalidade Na opinião de André, existe um culto à personalidade do mestre, e a qualquer ameaça o grupo se une em torno dele. Esta reportagem, por exemplo, mobilizou a rede. Ao tomarem conhecimento da apuração, espontaneamente cinco pessoas telefonaram e seis mandaram e-mails para defender a instituição, várias vezes acusando os dissidentes de quererem se aproveitar da reputação do mestre. De Portugal, onde a rede tem 13 unidades, Renata Sena mandou dizer: apeteceu-me meter a colher para garantir que os descontentes cospem no prato em que comeram. Mesmo por e-mail, transparece a irritação dele ao ser questionado sobre só permitirem que o chamem de Mestre, título concedido por cinco universidades. O que você me diz do Mestre Bimba, do Mestre Canguru ou do Mestre Vitalino? Eles também seriam questionados tão deselegantemente? Se alguém tiver algum problema com o título de Mestre, não vejo nenhum inconveniente em me tratar de Doutor ou de Comendador, já que detenho dois títulos de cada, diz ele. Outro ponto que ele faz questão de frisar é o uso do termo yôga em vez de ioga. Ioga, para ele, foi inventada no Rio de Janeiro, na década de 1960, e serve para idosos. Yôga, a verdadeira, é a vertente que ele pratica, adequada para gente jovem e saudável. Para o colunista Sérgio Rodrigues, de NoMínimo, todas as modalidades podem ser chamadas de ioga, conforme está nos dicionários brasileiros. A opinião é avalizada por Pedro Kupfer, 38 anos, um respeitado (fora da rede De Rose) estudioso radicado em Santa Catarina. O Yôga não é tão diferente da ioga. Ao chamar de yôga, De Rose tenta fazer uma ação de mercado, afirma. Kupfer é um dos mais antigos dissidentes da rede. Era considerado o virtual sucessor do Mestre até romper com ele, há oito anos. Desde então é tratado como um anti-Cristo, como diz: Essa seita precisa de demônios. O De Rose controla pelo medo, pela manipulação e pela insegurança. Seita não é um termo forte demais? É uma seita, sim, perigosa, fundamentalista e intolerante. Ele descreve seus acólitos como missionários de um idealismo superior. Isso lembra totalitarismo, nazismo, diz Kupfer. Há alguns meses, ele escreveu um artigo numa revista de circulação nacional alertando para os riscos de certas linhas da ioga. Não citava nomes, mas o recado foi entendido. A revista recebeu uma carta de um seguidor acusando-o de ser drogado e louco, e ressaltando sua condição de estrangeiro Kupfer é uruguaio. Eles sempre vão destacar isso. Qualquer coisa que seja diferente é um perigo para eles. Eles também são homofóbicos e acho que ainda serão processados por racismo, afirma. Na sua entrevista, De Rose também aludiu à condição de estrangeiro de Kupfer, lembrando que ele se casou com uma instrutora da rede para assegurar sua permanência no Brasil. Pedro sempre foi um excelente instrutor e nunca brigamos. Você deduzirá sozinho o que deve estar acontecendo na cabeça dele, escreveu De Rose, sem explicar detalhes. Kupfer também diz que De Rose tem problemas mentais, mas que não o considera nem inimigo nem adversário. Taccolini faz questão de deixar claro que não tem ódio, rancor ou mágoa. Bruno Kiraly, mesmo se dizendo espionado, não pretende tomar nenhuma medida mais drástica. André de Rose se sente cansado dessa confusão e garante não guardar rancor. Do outro lado da disputa, De Rose reserva elogios a todos nas suas respostas, e sua amiga Rosana Ortega garante não ter raiva dessas pessoas, apenas ficar inconformada com a atitude delas. Ótimo, ninguém quer brigar, mas as acusações não param. Quem faz ioga, pelo jeito, anda muito estressado. [EMAIL PROTECTED] DESMASCARAMENTO DAS ESTRATÉGIAS CONTRA A REGULAMENTAÇÃO Taunay Procura jogar um contra o outro, enviando e-mails chulos. Sempre que você ler textos com linguajar grosseiro em e-mails, cartas, faxes, ou em algum chat ou forum, insultando ou difamando outro instrutor, não acredite no nome que constar como autor do texto: entre em contato com a pessoa cujo nome consta da assinatura e consulte-o sobre a au- tenticidade da autoria. Claudio Duarte Instável e agressivo além dos limites considerados normais para uma pessoa que nem sequer pratique Yôga. Seu texto caracteriza-se por mentiras e agressões varejadas no meio de uma redação eivada de er- ros de português. Numa carta aos Deputados atacando o DeRose, ele cita professores que não existem, entidades que não existem e pessoas que não estão aliadas a ele, fazendo crer que estão. Diz que tem um doutorado de yóga, mas nunca ninguém viu o seu diploma. É difícil acreditar num doutor que não saiba nem mesmo escrever português. E há os covardes (Zé Curtinho) Sim, os covardes, que enviam cartas difamatórias, mas sem assinar, para não ser esponsabilizados juridicamente. Esses não merecem cré- dito algum, nem o respeito de ninguém. Por exemplo, um tal de Zé Curtinho enviou a vários instrutores e para a imprensa uma carta com 40 páginas de insultos e difamações contra DeRose, Hermógenes, A- lexandre, Marilda e outros, mas não assinou. Qualquer instrutor ho- nesto deve opor-se corajosamente a esse expediente ralé e a esse tipo de gente. Aliança do Yoga Contra a Regulamentação do Yoga A Aliança do Yoga está alertando para um Projeto de Lei que regulamenta as escolas de Yoga e as submete à fiscalização de Conselhos. O que pode parecer uma boa idéia esconde o que essa lei pretende: tais Conselhos seriam utilizados por pequenos grupos de professores. Conforme instrução da Aliança, os praticantes de Yoga devem manifestar-se no Senado, seja através de e-mail dirigido aos senadores, pelo fax (61) 3311.4315, pelo telefone (61) 3311.3972, ou ainda pelo Alô Senado, 0800-61-2211. Leia na íntegra o PL 77/2002 e sua versão original de 2001 na página www.senado.gov.br/web/cegraf/pdf/24062002/13083.pdf. De: Aliança do Yoga Para: Aliança do Yoga Data: 04/07/2006 21:13 Assunto: Contra a Regulamentação do Yoga O Senador Ney Suassuna apresentou seu relatório ao PL 77/2002 e considerou o projeto injurídico e inconstitucional. Essa também é a posição da Aliança do Yoga e do Colegiado Dharmaparishad, já que esse projeto ameaça a diversidade do Yoga no Brasil. Assim, precisamos apoiar o relatório do Senador Ney Suassuana e pedir apoio também aos outros senadores da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). Os senadores dessa comissão irão votar o relatório do Senador Ney Suassuna e precisamos que eles sejam favoráveis ao relator, ou seja, que considerem o PL 77/2002 inconstitucional e injurídico. LIVRO A REGULAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE YÔGA (Mestre De Rose) QUEM ESTÁ CONTRA E PORQUÊ Não esqueça os nomes que você vai ler abaixo. Se o Yôga não for re- gulamentado por causa dos tumultos e discórdias que eles estão cau- sando, recorde-se sempre e divulgue para todo o mundo, que os pro- blemas advindos da não-regulamentação da nossa profissão estarão ocorrendo por culpa deles. A esse respeito, leia o texto da página 37, das páginas 51 a 53 e os demais capítulos deste livro. Primeiro grupo diletantes (pessoas que têm outra profissão e ensi- nam yóga nas horas vagas, ou como segunda profissão): Maria Helena Schmidt, Hilda Castelo de Lacerda, Neusa Veríssimo, Elza Dorcas, Maria Áurea dos Santos, Dagmar Krebs, Neusa Kutians- ki A. Santos, Monserrat Rosa Fernandes, Maria Helena de Bastos Freire e outros. Motivações do primeiro grupo para combater a regulamentação: 1. Não precisam da regulamentação porque não dependem do Yôga para viver e alimentar seus filhos: têm outra profissão ou são do lar. 2. Não precisam da regulamentação porque a maioria desse grupo já passou da idade da aposentadoria. Não são mais eleitoras. Muitas dão uma ou outra aula em casa. Outras já não dão mais aulas. Segundo grupo profissionais: Taunay, Claudio Duarte e outros. Este último, embora menos expres- sivo que os demais, tem enviado cartas aos deputados contendo inver- dades flagrantes, difamações a outros instrutores e apelando para ex- pedientes baixíssimos. Temos as cartas em nosso poder. Motivações do segundo grupo para combater a regulamentação: É uma questão de ego. No meio da confusão, há os que são a favor, mas terminam fazendo lobby contra apenas porque o anteprojeto não foi encaminhado por ele próprio ou pelo seu ramo de Yôga. Paulo Murillo Rosas declarou o tempo todo que era contra a subordinação do Yôga pela Ed. Física, mas na hora de votar, virou a casaca. Hélder de Carvalho, não nos consta que tenha se declarado publicamente a favor da subordinação, mas cartas anônimas insultuosas e difamatórias contra a liderança da regulamentação tiveram como remetente o seu endereço e ele não esclareceu o fato. Terceiro grupo professores de Ed. Física, que lecionam yóga: Aqui há um número indeterminado, pois a maioria não quer aparecer para não se comprometer. Sabe-se, no entanto que o número é pequeno. Motivações do terceiro grupo para combater a regulamentação: 1. Não trabalham com o Yôga como FILOSOFIA . Na verdade, dão aulas de ginástica e chamam de Yôga. 2. Já estão mesmo subordinados aos Conselhos de Ed. Física, pois são formados nessa profissão. Deveriam ater-se ao seu segmento e não querer invadir e, ainda, apropriar-se de um outro que, inclusi- ve, desconhecem, já que Yôga é FILOSOFIA e eles o interpretam como se fosse ginástica. Não entenderam nada. NOSSAS EXCUSAS AOS QUE NÃO FORAM CITADOS Como já declaramos anteriormente, pedimos desculpas antecipadas caso o nome de alguém tenha constado da listagem errada. Compro- metemo-nos a corrigir a falha na próxima edição, desde que nos envi- em a informação correta. Convenhamos que é muito difícil conseguir informações precisas num caldo de cultura fervilhante de politicagem, disse-me-disses e vira-casacas. Poderíamos consultar um por um, masa maioria dos que são contra parece estar se escondendo e não conseguimos o endereço de quase ninguém. Os que conseguimos contatarpor carta não nos responderam. Por telefone, foram grosseiros. Assim,esta resenha é o melhor que conseguimos levantar no presente momento. DESMASCARAMENTO DAS ESTRATÉGIAS CONTRA A REGULAMENTAÇÃO Taunay Procura jogar um contra o outro, enviando e-mails chulos. Sempre que você ler textos com linguajar grosseiro em e-mails, cartas, faxes, ou em algum chat ou forum, insultando ou difamando outro instrutor, não acredite no nome que constar como autor do texto: entre em contato com a pessoa cujo nome consta da assinatura e consulte-o sobre a au- tenticidade da autoria. Claudio Duarte Instável e agressivo além dos limites considerados normais para uma pessoa que nem sequer pratique Yôga. Seu texto caracteriza-se por mentiras e agressões varejadas no meio de uma redação eivada de er- ros de português. Numa carta aos Deputados atacando o DeRose, ele cita professores que não existem, entidades que não existem e pessoas que não estão aliadas a ele, fazendo crer que estão. Diz que tem um doutorado de yóga, mas nunca ninguém viu o seu diploma. É difícil acreditar num doutor que não saiba nem mesmo escrever português. E há os covardes (Zé Curtinho) Sim, os covardes, que enviam cartas difamatórias, mas sem assinar, para não ser esponsabilizados juridicamente. Esses não merecem cré- dito algum, nem o respeito de ninguém. Por exemplo, um tal de Zé Curtinho enviou a vários instrutores e para a imprensa uma carta com 40 páginas de insultos e difamações contra DeRose, Hermógenes, A- lexandre, Marilda e outros, mas não assinou. Qualquer instrutor ho- nesto deve opor-se corajosamente a esse expediente ralé e a esse tipo de gente. _______________________________________________ Aliança do Yoga Contra a Regulamentação do Yoga A Aliança do Yoga está alertando para um Projeto de Lei que regulamenta as escolas de Yoga e as submete à fiscalização de Conselhos. O que pode parecer uma boa idéia esconde o que essa lei pretende: tais Conselhos seriam utilizados por pequenos grupos de professores. Conforme instrução da Aliança, os praticantes de Yoga devem manifestar-se no Senado, seja através de e-mail dirigido aos senadores, pelo fax (61) 3311.4315, pelo telefone (61) 3311.3972, ou ainda pelo Alô Senado, 0800-61-2211. Leia na íntegra o PL 77/2002 e sua versão original de 2001 na página www.senado.gov.br/web/cegraf/pdf/24062002/13083.pdf. De: Aliança do Yoga Para: Aliança do Yoga Data: 04/07/2006 21:13 Assunto: Contra a Regulamentação do Yoga O Senador Ney Suassuna apresentou seu relatório ao PL 77/2002 e considerou o projeto injurídico e inconstitucional. Essa também é a posição da Aliança do Yoga e do Colegiado Dharmaparishad, já que esse projeto ameaça a diversidade do Yoga no Brasil. Assim, precisamos apoiar o relatório do Senador Ney Suassuana e pedir apoio também aos outros senadores da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). Os senadores dessa comissão irão votar o relatório do Senador Ney Suassuna e precisamos que eles sejam favoráveis ao relator, ou seja, que considerem o PL 77/2002 inconstitucional e injurídico. MAIO / 2005 Novo Projeto de Lei ameaça a diversidade do yoga Os yogues mal comemoraram a aprovação do projeto de lei (PL 7370 de 2002) que tira da Educação Física o poder de fiscalizar as atividades culturais, artísticas e filosóficas (yoga, dança e artes marciais), no último dia 05 de maio, na comissão de Turismo e Desporto, e um novo projeto de lei, este do Deputado Marcelo Castro, do PMDB do Piauí, o PL 3210 de 2004, ameaça a diversidade do yoga ao tentar instituir o Dia Nacional do Yôga (com acento circunflexo) no dia 18 de Fevereiro. Essa data é o dia do aniversário do Sr. De Rose, criador da linha Swásthya Yôga, e o projeto de lei foi apresentado com o intuito de homenageá-lo. Mas a grande maioria dos instrutores e praticantes de todas as linhas de yoga não o reconhece como uma autoridade dessa nobre tradição. Segundo Anderson Allegro, diretor da Aliança do Yoga, entidade que representa diversas linhas de yoga, "não nos parece correto homenagear esse senhor, em detrimento de outros tantos mestres e instrutores de yoga, uma vez que o Sr. De Rose está longe de ser uma unanimidade na comunidade do Yoga". Muitos acreditam que a instituição dessa data seria usada como uma propaganda pessoal pelo Sr. De Rose e teria o aval do Congresso Nacional. "Ele já é reconhecido por afirmar que o yoga que ensina é melhor do que outras modalidades, por criar confusão ao dizer que Yôga é diferente de Ióga, fazer questão de associar o Yoga com mulheres nuas em revistas e sites, além de divulgar que yoga só deve ser praticado por gente jovem, bonita e bem sucedida. Agora o Sr. De Rose quer ser homenageado pelo Congresso Nacional ao criar o dia do "yôga" na data de seu aniversário, tornando-se porta-voz dos instrutores de todas as linhagens", comenta Allegro. Além dessas controvérsias, os yogues consideram que o dia 18 de Fevereiro jamais poderia ser usado como o dia do yoga pois, segundo a tradição indiana, no dia 18 de fevereiro de 3102 a. C. se deu o início da idade das trevas (kali-yuga). Isto está registrado no livro A Tradição do Yoga (página 530) de George Feuerstein, renomado estudioso americano das tradições do yoga. Essa idade das trevas é marcada pela ignorância, inveja, egoísmo e orgulho. É nesse período, que dura até nossos dias, que o homem chegaria ao nível mais baixo de consciência e se afastaria dos mais altos valores morais, pregados pelos verdadeiros mestres do yoga. Por essas razões esse dia é considerado inapropriado e jamais seria associado ao yoga, cujo objetivo é aumentar o grau de consciência de seus praticantes e reaproximá-los dos valores verdadeiros. Essa data também aparece no livro Bhagavad Gita - Canção do Divino Mestre, pg. 13 de Rogério Duarte. PL 5087 de 2005 acaba com o favoritismo no yoga. A Aliança do Yoga, juntamente com o Colegiado de Yoga Dharmaparishad e outras associações de instrutores de yoga, está se manifestando contrária a essa iniciativa por considerar que a criação do dia do yoga não pode ser usada para favorecer a apenas uma modalidade. Acreditam que é possível ter um dia do yoga em uma data neutra. Assim, sugerem que seja comemorado no dia 22 de setembro, que marca o início da primavera, a estação do renascimento da consciência, não favorecendo nenhuma escola, mestre ou instrutor de yoga. Em São Paulo e Campinas já foi criada nos últimos anos a Semana Municipal do Yoga, na terceira semana de setembro, e como o dia 22 faz parte dessa semana essa data neutra poderia aglutinar as comemorações e a organização de eventos nessa época, sem favorecer apenas uma modalidade . Essas entidades solicitaram ao Dep. Roberto Gouveia, do PT de São Paulo, para apresentar um projeto de lei criando o Dia Nacional da Ioga no dia 22 de setembro. Nesse projeto, optamos pela grafia "Ioga" pois é a usada nos dicionários de Língua Portuguesa e na terminologia jurídica. Para um juiz, a palavra Ioga designa todas as linhagens e não esta ou aquela. Porém, na justificativa do PL 5087 de 2005, é informado que "Usamos a grafia "ioga" por ser a forma vernacular na Língua Portuguesa e abranger todas as linhas existentes, embora muitas escola prefiram usar a grafia "Yoga" como é aceita internacionalmente." Assim, fica claro que cada um poderá continuar usando a grafia que quiser e todas as modalidades serão contempladas ao ser instituído esse dia. O processo de aprovação do PL 7370 de 2002 Após aprovação na comissão de Turismo e Desporto agora o projeto vai passar pela comissão de constituição, cidadania e justiça e depois será enviado ao Senado. A primeira vitória mostra que os conselhos de Educação Física não são apoiados nem mesmo pelos deputados da comissão que trata do esporte. Jornalista responsável: Jussara Rodrigues mtb 14890 25/maio/2005 ABRIL / 2005 Ministro da Cultura Apoia o Projeto de Lei 7370 (que deve ser votado quarta-feira, 27/04/05) Proibindo que os conselhos de Educação Física fiscalizem instrutores de Yoga O Ministro da Cultura, Gilberto Gil, enviou uma carta aos deputados da Comissão de Turismo e Desporto apoiando o projeto de lei 7.370, de 2002, de autoria do deputado Fleury. Este projeto altera a Lei de regulamentação da Educação Física e define que os conselhos de Educação Física não podem fiscalizar os instrutores e escolas de dança, Yoga, artes marciais, capoeira e Pilates. O projeto deve ser votado na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, 27 de abril, às 14:30hs. No último dia 30 de março teve sua votação adiada porque os deputados Edinho Montemor e Mariângela Duarte pediram vistas ao projeto. No dia 13 de Abril havia poucos deputados presentes e o projeto foi tirado da pauta.Se ele for aprovado sem modificações passará por mais uma comissão na Câmara e será enviado ao Senado. Em sua carta, Gilberto Gil reconhece que essas áreas são "manifestações culturais e artísticas de grande importância para o Brasil, com seus universos simbólicos específicos, incorporadas e recriadas pelo povo brasileiro em seus costumes e configurações corporais e criativas. A atuação, a linguagem e o conhecimento dessas áreas transcendem a atividade física". O Diretor da Aliança do Yoga, Anderson Allegro, acredita que "esse apoio oficial do Ministério da Cultura é muito importante para a aprovação do projeto, já que deve influenciar positivamente os deputados dessa comissão". Segundo ele, "com a aprovação desse projeto deve acabar as ingerências do sistema Confef/Cref sobre esses instrutores e assim serão preservadas as tradições culturais, artísticas e filosóficas que sempre foram livres em nosso país e agora se encontram ameaçadas por esses conselhos". Veja abaixo a carta na íntegra Jornalista Responsável: Jussara Rodrigues Mtb 14890 - 11-5561.2067/9651.7732 ___________________________________________________________ Do You Yahoo!? La mejor conexión a Internet y <b >2GB</b> extra a tu correo por $100 al mes. http://net.yahoo.com.mx Links do Yahoo! 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