On Mon, 14 Apr 2003 09:15:34 +0200 "Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra" <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> Minha dúvida é qual o problema mesmo... não existe nada na filosofia nem > na comunidade contra precos. Claro que existe muita gente que está aí só > pela gratuidade, mas não há nenhuma indicacão que seja um número > significativo. > > E falta definir que comunidade, quem faz parte dela... e qual filosofia: > sistemas abertos, código aberto, sistemas livres, usuários? > > > > Quando me refiro a comunidade, falo sobre a filosofia geral que o termo > > Software Livre nos traz. Para mim, SL é sinônimo de software gratuito, > > mesmo que a licença permita a cobrança. > > Então acho que você está redondamente enganado. Vide http://gnu.org./, > ou mesmo as DFSG. Em termos técnicos você está certo, porém estou falando da parcela de softwares livres que se comportam na prática como softwares semi-livres (cobrança proibida pela licença, como a PGP). Abaixo esclareço mais. > > Estritamente falando você tem razão, mas nesse contexto o de praxe é > > considerar a gratuidade como uma conseqüência da liberdade. > > Não mesmo... o de praxe para quem? Para você e muitos outros, sim... > mas > esse grupo não é significativo nem em termos de envolvimento na > comunidade, nem numericamente. > > Historicamente, há muitas empresas cobrando caro e contribuindo... a > Cygnus é o exemplo clássico, que hoje faz parte da Red Hat e é a principal > contribuinte do gcc. O compilador Ada também é mantido por uma empresa. > Idem para o Objective C, contribuído e mantido pela NeXT, hoje parte da > Apple. A Lucid contribuiu com o GNU Emacs, embora tenha terminado por > bifurcar o código. IBM e outras contribuíram muito com o Apache, ao mesmo > tempo em que o incluem em seus produtos. A Ximian é a principal > mantenedora do Gnome e de vários programas do Gnome, ao mesmo tempo em que > vende produtos e servicos em torno do Gnome. A Sun vende o StarOffice ao > mesmo tempo em que contribuiu todo o código quase para o OpenOffice.org. "Muitas empresas" ficou um tanto vago. Elas representam que parcela do total de contribuições? Não tenho dados, mas tenho tendência a crer que esse total é inferior ao de softwares livres que na verdade são tratatos como semi-livres. Isto é, onde a filosofia da gratuidade é mantida. A essa "comunidade" que me refiro, essa comunidade que mesmo muitas vezes sob licença à la GPL não cobram sequer um centavo pelo software. > > Para não fugirmos do assunto do tópico (e para simplificar), voltemos a > > dúvida inicial do nosso amigo Denis. Seria eticamente interessante se > > cobrar por um software que foi adquirido gratuitamente? (abstraia dos > > detalhes de custo de aquisição, como download, tempo, etc). > > Sim, por quê não? Desde que respeitando os direitos do usuário. Eu não cobraria, mesmo porque não agreguei qualquer contribuição. Você cobraia sem se sentir desconfortável? []'s, Douglas