É. Mas não é minha, nunca o diria, claro.

On Fri, Feb 24, 2012 at 12:13 PM, yuri lumer <yurilu...@gmail.com> wrote:

> "O livro “Gödel’s Way”, de Doria, Newton e Gregory Chaitin tornou-se um
> > best-seller no campo da matemática, ajudando a conferir a Gödel o
> > reconhecimento histórico que lhe faltou em vida"
>
> Agora, esta informação é no mínimo um exagero, não?
>
> SV
>
> On 2/24/12, Décio Krause <deciokra...@gmail.com> wrote:
> > Muito bem. Todos sabemos da competência desses caras. Parabéns a todos
> pelos
> > resultados e pelo reconhecimento. Precisamos disso, e eles merecem isso.
> > Mas, lendo a coluna indicada do Nassif, chamaram-me a atenção os
> comentários
> > que se seguem à coluna. Impressionante a ignorância generalizada,
> > principalmente dos tcheguevaristas, que estão sempre de plantão para dar
> > pitados em qualquer coisa, de Shakespeare a Gödel.
> > D
> >
> >
> > ------------------------------------------------------
> > Décio Krause
> > Departamento de Filosofia
> > Universidade Federal de Santa Catarina
> > 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> > http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> > ------------------------------------------------------
> >
> > Em 24/02/2012, às 09:55, yuri lumer <yurilu...@gmail.com> escreveu:
> >
> >>
> http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-tres-brasileiros-que-refutaram-as-bases-do-neoliberalismo
> >>
> >>
> >> O livro “O Universo NeoLiberal do Desencanto”, do economista José Carlos
> >> de
> >> Assis e do matemático Francisco Antonio Doria, traz uma história
> >> extraordinária, de como três brasileiros – no campo da lógica –
> ajudaram a
> >> desmontar o principal princípio do neoliberalismo: aquele que dizia que
> em
> >> um mercado com livre competição os preços tendem ao equilíbrio.
> >>
> >> É mais uma das descobertas do incansável lutador José Carlos de Assis.
> >>
> >> As teses do trio – lógico Newton da Costa, matemático Antonio Doria e
> >> economista Marcelo Tsuji são um clássico da ciência brasileira que
> começa
> >> a
> >> ganhar reconhecimento mundial, ma história complexa, porém fascinante,
> que
> >> merece ser detalhada.
> >>
> >>
> >> *Newton Costa*
> >>
> >> Francisco Doria
> >>
> >> O primeiro passo é – a partir do livro – reconstituir as etapas da
> >> matemática no século 20, sua luta para se tornar uma ciência formal,
> isto
> >> é, com princípios de aplicação geral. E os diversos obstáculos nesse
> >> caminho.
> >> O método axiomático na matemática
> >>
> >> A matemática sempre se baseou no método axiomático de Euclides.
> >>
> >> 1      Escolhem-se noções e conceitos primitivos.
> >>
> >> 2      Utiliza-se uma argumentação lógica.
> >>
> >> 3      Manipulando os conceitos com a lógica, chega-se aos resultados
> >> derivados, os teoremas da geometria.
> >>
> >> Foi só a partir do final do século 19 que Giuseppe Peano incorporou
> >> definitivamente o método axiomático à matemática tornando-se, desde
> então,
> >> a técnica mais segura para a geração  de conhecimento matemático.
> >>
> >> Em 1908  Ernest Zermelo axiomatizou a teoria dos conjuntos e, a partir
> >> daí,
> >> todos os resultados conhecidos da matemática. Formou-se a chamada
> >> matemática “feijão-com-arroz” usada por engenheiros, economistas,
> ecólogos
> >> e biólogos matemáticos.
> >>
> >> Desde então, no âmbito da alta matemática instaurou-se uma discussão
> >> secular: tudo o que enxergamos como verdade matemática pode ser
> >> demonstrado?
> >> A formalização da matemática
> >>
> >> Com esses avanços do método axiomático, pensava-se que tinha se
> alcançado
> >> na formalização da matemática, tratada como ciência exata capaz de
> >> calcular
> >> e demonstrar todos os pontos de uma realidade.
> >>
> >> Mas aí começaram a surgir os paradoxos, dos quais o mais famoso foi o de
> >> Russel:
> >>
> >>   - Em uma cidade, existem dois grupos de homens: os que se barbeiam a
> si
> >>   mesmos e os que se barbeiam com o barbeiro. A que grupo pertencem os
> >>   barbeiros?
> >>
> >> Ora, um axioma não pode comportar uma afirmação contraditória em si. De
> >> acordo com as deduções da lógica clássica, de uma contradição pode-se
> >> deduzir qualquer coisa, acaba o sonho do rigor matemático e o sistema
> >> colapsa.
> >>
> >> Houve uma penosa luta dos matemáticos para recuperar a matemática da
> >> trombada dos paradoxos até definir o que são as verdades matemáticas, o
> >> que
> >> coube ao matemático David Hilbert (1862-1943).
> >> David Hilber (1862-1943)
> >>
> >> Nos anos 20, Hilbert  formulou um programa de investigação dos
> fundamentos
> >> da matemática, definindo o que deveriam ser os valores centrais:
> >>
> >>   - *Consistência*: a matemática não poderia conter contradições.
> >>   - *Completude*: a matemática deve provar todas suas verdades.
> >>   - *Procedimento de decisão*: a matemática precisa ter um procedimento,
> >>   digamos, mecânico permitindo distinguir sentenças matemáticas
> >> verdadeiras
> >>   das falsas.
> >>
> >> A partir desses princípios, a ideia era transformar a matemática em uma
> >> ciência absoluta com regras definitivas. No Segundo Congresso de
> >> Matemática, em Paris, Hilbert propôs os famosos 23 problemas cuja
> solução
> >> desafiaria as gerações seguintes de matemáticos.
> >> (http<http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> ://
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>www<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> .
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>rude<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> 2
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>d<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> .
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>kit<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> .
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>net<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> /
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>hilbert<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> .
> >> <http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>html<
> http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html>
> >> ).
> >>
> >> Seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência da
> >> computação.
> >> A pedra no sapato de Hilbert
> >>
> >> Kurt Gödel (1906-1978)
> >>
> >> Mas havia uma pedra em seu caminho quando 1931, o matemático alemão Kurt
> >> Gödel (1906-1978), radicado nos Estados Unidos, formula seu *teorema da
> >> incompletude* para a aritmética, inaugurando a era moderna na
> matemática.
> >>
> >> Muitos estudiosos sustentam que seu “teorema da incompletude” é a maior
> >> realização do gênio humano na lógica, desde Aristóteles.
> >>
> >> No começo, os achados de Gödel se tornaram secundários no
> desenvolvimento
> >> da matemática do século. A partir dos estudos de dois dos nossos heróis
> –
> >> Doria e Da Costa – os matemáticos descobriram porque a matemática não
> >> conseguia explicar uma série enorme de problemas matemáticos.
> >>
> >> E aí se entra em uma selva de conceitos de difícil compreensão.
> >>
> >> Mas, em síntese, é assim:
> >>
> >>   - Suponha um sistema de axiomas, com vários axiomas. Por definição,
> esse
> >>   axioma não demonstra fatos falsos, só verdadeiros.
> >>   - Dentre os axiomas, no entanto, há uma sentença formal que, por
> >>   definição, não pode ser demonstrada.
> >>   - Se não pode ser demonstrada que é verdadeira, também não pode ser
> >>   demonstrada que é falsa (acho que o matemático se baseou no axioma da
> >> Folha
> >>   com a ficha falsa da Dilma). Logo é uma sentença “indecidível” – isto
> é,
> >>   não pode nem ser provada nem reprovada.
> >>   - Se o sistema é consistente – isto é, se consegue provar o que é
> >>   provável e não consegue o que não é – então, para ser consistente, ele
> >> será
> >>   incompleto.
> >>
> >> Pronto, bagunçou totalmente a lógica dos que supunham a matemática uma
> >> ciência exata.
> >>
> >> Anos depois, o lógico norte-americano Alonzo Church (1903-1995) e o
> >> matemático inglês Alan Turing (1912-1954) desenvolveram outro conceito,
> a
> >> *
> >> indecibilidade*.
> >>
> >> Ambos demonstraram que há programas de computador insolúveis.
> >>
> >>
> >> Alan Turing (1912-1954)
> >>
> >> Turing, aliás, tem uma biografia extraordinária
> >> http://www.turing.org.uk/turing/. Durante a Segunda Guerra foi
> criptógrafo
> >> do Exército inglês. Conseguiu quebrar a criptografia da máquina alemã
> >> Enigma, até então considerada impossível de ser desvendada. Tornou-se
> >> herói
> >> de guerra. E lançou as bases para a teoria da programação em computador,
> >> quando conseguiu reduzir todas as informações a uma sucessão de 0000 e
> >> 1111.
> >>
> >> Em 1952 confessou-se homossexual  a um policial que havia batido na
> porta
> >> de sua casa. Preso, com base em uma lei antissodomia (revogada apenas em
> >> 1975),  foi condenado a ingerir hormônios femininos para inibir o
> libido.
> >> Os hormônios deformaram seu corpo. Acabou se matando com uma maçã
> >> envenenada em 1954.
> >>
> >> A teoria da programação nasce em 1936 em um artigo onde Turing analisa
> em
> >> detalhes os procedimentos de cálculos matemáticos e lança o esboço da
> >> “máquina de Tuning”, base da computação moderna.
> >>
> >> Nesse modelo o procedimento é determinístico – isto é, nos cálculos não
> há
> >> lugar para o acaso.
> >>
> >> Muitas vezes ocorrem os “loops infinitos”,  situações em que o
> computador
> >> não consegue encontrar a solução e fica calculando sem parar. Turing já
> >> havia provado ser impossível um programa que prevenisse os “crashes” de
> >> computador. Explicar a “parada” no programa de computador se tornou um
> dos
> >> bons enigmas para os matemáticos.
> >>
> >> Durante bom tempo, até início dos anos 50, os matemáticos procuravam a
> >> chave da felicidade: o programa que permitisse antecipar os crashes dos
> >> demais programas. Mas em 1936 Turing já havia provado ser impossível.
> >>
> >> Mais um revés para os que imaginavam a matemática capaz de explicar (ou
> >> computar) todos os fenômenos matemáticos.
> >> O teorema de Rice
> >>
> >> Em 1951, outro matemático, Henry Gordon Rice avançou em um teorema
> >> considerado “arrasa quarteirão”.
> >>
> >>
> >> Henry Gordon Rice (1920- )
> >>
> >> Denominou-se de funções parciais àquelas em que não existe um método
> geral
> >> e eficaz de decisão. Se uma propriedade se aplica a todas as funções
> >> parciais, ela é chamada de *propriedade trivial*. E se a propriedade
> traz
> >> a
> >> solução correta para cada algoritmo, ela é chamada de método de *decisão
> >> eficaz*.
> >>
> >> Uma propriedade só é eficaz se for aplicada a todas as funções. E essa
> >> função não existe.
> >>
> >> Para desespero dos que acreditavam que a matemática poderia explicar
> tudo,
> >> o teorema de Rice começou a se estender para a maior parte das áreas da
> >> matemática.
> >> O equilíbrio de Nash
> >>
> >> O inventor oficial da computação, Von Neuman, não conseguia resolver um
> >> caso geral em que se analisava uma solução para a soma de um conjunto de
> >> decisões.
> >>
> >> Quem resolveu foi um dos gênios matemáticos do século, John Nash,
> >> personagem principal do filme “Uma mente brilhante”, nascido em 1928 e
> >> vivo
> >> ainda.
> >>
> >> John Nash (1928 - )
> >>
> >> Em uma tese de apenas 29 páginas – que lhe rendeu o PhD e o Nobel – ele
> >> mostrou que casos de jogos não-colaborativos (como em um mercado) a
> >> solução
> >> aceitável de cada jogador correspondia ao equilíbrio dos mercados
> >> competitivos.
> >>
> >> O “equilíbrio de Nash” mostra uma situação em que há diversos jogadores,
> >> cada qual definindo a sua estratégia ótima.  Chega-se a uma situação em
> >> que
> >> cada jogador não tem como melhorar sua estratégia, em função das
> >> estratégias adotadas pelos demais jogadores. Cria-se, então, essa
> situação
> >> do “equilíbrio de Nash”.
> >>
> >> Como explica Dória, em linguagem popular: a situação de equilíbrio é
> >> aquela
> >> que se melhorar piora.
> >>
> >> O princípio de Nash é: todo jogo não-cooperativo possui um equilíbrio de
> >> Nash.
> >>
> >> O “equilíbrio de Nash” tornou-se um dos pilares da matemática moderna.
> >> A matemática na economia
> >>
> >> O primeiro economista a tentar encontrar o preço de equilíbrio na
> economia
> >> foi Léon Walras (1834-1910). Montou equações que identificam as
> >> intersecções da curva da oferta e da demanda, para chegar ao preço
> ótimo.
> >> Depois, montou equações para diversos mercados, concluindo que, dadas as
> >> condições ideais para a oferta e para a procura, sempre seria possível
> >> encontrar soluções matemáticas.
> >>
> >> Mas não apresentou uma solução para o conjunto de operações da economia.
> >>
> >> O que abriu espaço para o “equilíbrio dos mercados” foram dois
> matemáticos
> >> – Kenneth Arrow (1921) e Gérard Debreu (1921-2004).
> >>
> >> Walras tivera o pioneirismo de formular o estado de um sistema econômico
> >> como a solução de um sistema de equações simultâneas, que representavam
> a
> >> demanda de bens pelos consumidores, a oferta pelos produtores e a
> condição
> >> de equilíbrio tal que a oferta igualasse a demanda em cada mercado. Mas,
> >> argumentavam eles, Walras não dera nenhuma prova de que a equação
> proposta
> >> (o somatório de todas as equações da economia) tivesse solução.
> >>
> >> Só décadas depois, esse dilema – de como juntar em uma mesma solução
> todas
> >> as equações de um universo econômico – passou a ser tratado, com o
> >> desenvolvimento da teoria dos jogos, graças à aplicação do “equilíbrio
> de
> >> Nash” à economia. Mostraram que a solução de Nash para o jogo
> corresponde
> >> aos preços de equilíbrio.
> >>
> >> Essa acabou sendo a base teórica que legitimou praticamente três décadas
> >> de
> >> liberalismo exacerbado.
> >> Entra em cena o “outro Nash”
> >>
> >> Aí surge em cena o “outro Nash”, Alain Lewis, um gênio matemático,
> negro,
> >> mistura de Harry Belafonte e Denzel Washington, criado nos guetos de
> >> Washington, depois estudante em Princenton, onde conquistou o respeito
> até
> >> de referências como Paul Samuelson.
> >>
> >> Partiu dele o primeiro grande questionamento à econometria como "teoria
> >> eficaz" (isto é, capaz de matematizar todos os fenômenos econômicos).
> >>
> >> Em um conjunto de obras, a partir de 1985, Lewis tentou demonstrar que
> as
> >> noções fundamentais da teoria econômica não são "eficazes" - isto é, não
> >> explicam todos os fenômenos econômicos - e, portanto, devem ser
> >> descartadas. Comprovou sua tese para um número específico de casos.
> >>
> >> Em 1991, em Princenton, Lewis ligava de madrugada para trocar ideias com
> >> um
> >> colega brasileiro, justamente Francisco Antônio Doria. Excepcionalmente
> >> brilhante, trato difícil, o primeiro surto de Lewis foi em 1994. Há dez
> >> anos nenhum amigo sabe mais dele. Provavelmente internado em alguma
> >> clínica.
> >>
> >> Sua principal contribuição foi comprovar que em jogos não associativos
> >> (aqueles em que há disputas entre os participantes) embora exista o
> >> "equilíbrio de Nash" descrevendo cada ação, ganhos e perdas dos
> >> competidores, o resultado geral é "não computável" . Ou seja, podem
> >> existir
> >> soluções particulares mas sem que possam ser reunidas num algoritmo
> geral.
> >> Aparecem os brasileiros
> >>
> >> O objetivo da teoria econômica é identificar as decisões individuais que
> >> valem para o coletivo. De nada vale matematizar o resultado de dois
> >> agentes
> >> individuais se a solução não se aplicar ao conjunto de agentes
> econômicos.
> >>
> >> Havia razões de sobra para Lewis ligar toda noite, impreterivelmente às
> >> duas da manhã, para Dória.
> >>
> >> Desde os anos 80, Doria e Newton da Costa estudavam soluções para o
> >> problema da teoria do caos. Queriam identificar, através de fórmulas,
> >> quando um sistema vai desenvolver ou não um comportamento caótico. Esse
> >> desafio havia sido proposto em 1983 por Maurice Hirsch, professor de
> >> Harvard.
> >>
> >> Eram estudos relevantes, especialmente para a área de engenharia. Como
> >> saber se a vibração na asa de um avião em voo poderá ficar incontrolável
> >> ou
> >> não?
> >>
> >> Depois, provaram uma versão do teorema de Rice para matemática usual:
> que
> >> usa em economia.
> >>
> >> Depois de muitos estudos, ambos elaboraram uma resposta brilhante sobre
> a
> >> teoria do caos demonstrando que não existe um critério geral para
> prever o
> >> caos, qualquer que seja a definição que se encontre para caos.
> >>
> >> Esse conceito transbordou para outros campos computacionáveis. A partir
> >> dele foi possível inferir a impossibilidade de se ter um antivírus
> >> universal para computador, ou uma vacina universal para doenças.
> >>
> >> Num certo dia, no segundo andar do Departamento de Filosofia da USP,
> Doria
> >> foi abordado por um jovem economista, Marcelo Tsuji, que já trabalhava
> na
> >> consultoria de Delfim Neto. Aliás, anos atrás Paulo Yokota já havia me
> >> alertado de que o rapaz era gênio. Na época, Delfim encaminhou-o para se
> >> doutorar com Doria e da Costa.
> >>
> >> Marcelo disse a Doria ter coisas interessantes para lhe relatar. Disse
> que
> >> tinha encontrado uma prova mais geral para o teorema de Lewis utilizando
> >> as
> >> técnicas desenvolvidas por Doria e Da Costa.
> >>
> >> Doria pediu para Marcelo escrever. Depois, Doria e Nilton revisaram o
> >> trabalho, todo baseado nas técnicas de lógica de ambos.
> >>
> >> Chegou-se ao resultado em 1994. Mas o trabalho com Tsudi só foi
> publicado
> >> em 1998. Revistas de economia matemática recusaram publicar. Conseguiram
> >> espaço em revistas de lógica.
> >>
> >> O grande desafio do chamado neoliberalismo seria responder às duas
> >> questões:
> >>
> >> 1. Como os agentes fazem escolhas.
> >>
> >> 2. Como a ordem geral surge a partir das escolhas individuais.
> >>
> >> A conclusão final matava definitivamente a ideia de que em mercados
> >> competitivos se chegaria naturalmente ao preço de equilíbrio. O trabalho
> >> comprovava que o “equilíbrio de Nash” ocorria, com os mercados chegando
> >> aos
> >> preços de equilíbrio. Mas que era impossível calcular o momento. Logo,
> >> toda
> >> a teoria não tinha como ser aplicada.
> >> O reconhecimento mundial
> >>
> >> O Brasil não tem tradição científica para reconhecer trabalhos na
> >> fronteira
> >> do conhecimento. Assim, o reconhecimento do trabalho do trio está se
> dando
> >> a partir do exterior.
> >>
> >> O livro “Gödel’s Way”, de Doria, Newton e Gregory Chaitin tornou-se um
> >> best-seller no campo da matemática, ajudando a conferir a Gödel o
> >> reconhecimento histórico que lhe faltou em vida.
> >>
> >> Gödel's Way
> >>
> >> In the 1930s, Kurt Gödel showed that the usual formal mathematical
> systems
> >> cannot prove nor disprove all true mathematical sentences. This notion
> of
> >> incompleteness and a related property—undecideability, formulated by
> Alan
> >> Turing—are often presented as ideas that are only relevant to
> mathematical
> >> logic and have nothing to do with the real world. However, *Gödel’s Way*
> >> proves
> >> the contrary.
> >>
> >> Gregory Chaitin, Newton da Costa and Francisco Antonio Doria show that
> >> incompleteness and undecidability are everywhere, from mathematics and
> >> computer science, to physics and mathematically formulated portions of
> >> chemistry, biology, ecology, and economics.
> >>
> >> Have you ever wondered why we can’t create an antivirus program for
> >> computers that doesn’t require constant updates? Or why so much of the
> >> software we use has bugs and needs to be upgraded with patch-up
> >> subroutines? Fascinatingly, the reasons involve Gödel’s incompleteness
> >> theorems. Nor is astronomy immune from the fun, as the authors show. We
> >> can
> >> formulate a certain measure of a universe, called a metric tensor, so
> that
> >> it is undecidable whether it is a “Big Bang universe”—with a definite
> >> origin in time—or a universe without a global time coordinate.
> >> (Interestingly, Gödel himself studied universes of the latter type.)
> >>
> >>
> >>
> >> Recentemente, o artigo de ambos com Marcelo Tsudi integrou um handbook
> >> inglês de trabalhos clássicos nas áreas de economia e computação.
> >>
> >> No próximo mês, Doria – ele próprio um admirador da economia
> neoclássica –
> >> estará ministrando um curso na Áustria, para uma academia defensora da
> >> economia ortodoxa, mas que não tem o viés primário dos nossos cabeças de
> >> planilha.
> >> _______________________________________________
> >> Logica-l mailing list
> >> Logica-l@dimap.ufrn.br
> >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> >
> _______________________________________________
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>



-- 
fad

ahhata alati, awienta Wilushati
_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a