MESMO
SOFRENDO
Atravesse
a floresta espessa das dificuldades e aflições, carregando o ideal de bem fazer,
fazendo sempre o melhor.
Envolto nas densas trevas do nádir, avance ao encontro do Sol luminoso
que logo despontará, em manhã festiva, colorindo a
paisagem.
Sacudido pelos ventos tormentosos, no caminho do dever, persevere em
robusta confiança, prosseguindo resoluto.
A resposta do cristão faz-se conhecida pela atitude de segurança na
verdade.
As vergônteas novas e viçosas expressam a gratidão da árvore ao machado
que a poda.
Recorde-se de quantos tombaram em holocausto à
verdade.
Em todos os setores da vida surgem os heróis em silencioso
sacrifício.
Arquimedes é assassinado, por infeliz legionário romano embriagado,
enquanto examina, no solo, caracteres de um problema geométrico, legando, porém,
ao mundo admiráveis leis físicas e geométricas.
Tiago é degolado, em praça pública, por continuar fiel aos ensinos de
Jesus, acompanhando o martírio de Estevão que inaugurou, com o próprio
sacrifício, a era das perseguições ao Cristianismo.
Antão, o eremita, experimenta a solidão do deserto entre amarguras e
aflições, para ensinar o domínio do Espírito sobre o
corpo.
Joana d’Arc padece agonias indescritíveis no cárcere e morre na fogueira
atroz, afirmando a comunicabilidade dos Espíritos.
João Huss, condenado pelo Concílio de Constança e queimado
impiedosamente, lança as bases para a libertação do espírito evangélico,
jugulado à intolerância secular.
Fernão de Magalhães, contra todas as expectativas, traça com êxito o
caminho marítimo para as Índias e comprova na grande viagem de circulação a
esfericidade da Terra, morrendo antes de a
concluir.
Hahnemann sofre perseguições inenarráveis para oferecer à Humanidade
sofredora a homeopatia vitoriosa.
Zamenhof passa humilhações e experimenta dores, mantendo a integridade
moral para que o Esperanto se tornasse o élan sublime da
Fraternidade Universal.
E, há pouco, Bernadotte, pacificando árabes e judeus, morre, vitimado por
um fanático, imprimindo antes, nos corações, as bases do entendimento
fraterno.
Lembre-se deles, perseguidos e imperturbáveis, servindo à causa do bem de
todos, refugiados na paz da consciência reta.
Sempre houve caluniadores e hábeis construtores dos edifícios da
mentira.
Em todos os séculos a verdade tem sido ironizada e o ideal de
santificação conheceu de perto a zombaria e o
descaso.
No entanto, sempre existiram os postulantes da Causa do Bem, sofrendo no
mundo incompreensões e dores, ligados à vontade férrea de vencerem o
mal.
A fonte, desrespeitada por quem lhe revolve a lama do fundo, equilibra
suas águas para, olvidando a ofensa, fornecer linfa pura a quantos lhe busquem o
seio.
O Sol fecundo oscula a face do blasfemador com a mesma luz que atende à
vida na corola da flor.
O bem não cessará, embora as artimanhas da ignorância a confundir-se no
crime.
De coração ferido pelo azorrague da calúnia ou pelo sorriso da troça
alheia, siga intimorato com a alma erguida.
Sob os apupos da ofensa gratuita e a chibata da impiedade libertina,
persevere na tarefa começada.
Todo perseguidor é Espírito atormentado em fuga de si
mesmo.
A Humanidade tem a grande maioria dos membros constituída de obsidiados
impenitentes, mas todos lhes esquecem os nomes, para registrarem nas telas da
memória, com as vibrações de amor, a vida dos que morreram nas suas mãos, pela
glória do bem.
Siga, pois, mesmo sofrendo, tendo presente no pensamento que a história
da Boa Nova nos apresenta o Mestre aflito no Horto das Oliveiras, nas horas que precederam
a morte e a ressurreição, estendendo, desde então, a felicidade do amor puro à
Humanidade toda. (De: “À luz do Espiritismo”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito
Vianna de Carvalho). Para enviar:.............................. [EMAIL PROTECTED] Para sair da lista:.............. [EMAIL PROTECTED] Nosso site:.............. http://www.geocities.com/listamensageiros/ Sugestões ou dúvidas:..... [EMAIL PROTECTED]
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