o véi, isso não é engraçado, véi... isso é o padrão,
cidade de deus, novela, jornal, cinema, musica, o que for.../

por isso que boto a maior fé na produção cinematográfica da galera do nós do morro (não é o nós do cinema). sem puxar saco, eh muito louco o filme neguinho e kika. http://portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=3362 (a sinopse da petrobras, logico, eh um lixo)

alem do trampo muito bem feito de filmagem (o filme tem varios efeitos com blurs, tecos de imagens de outros momentos, pedaços de pensamentos, microhistórias que se perdem), tem um roteiro de fuder (um garoto que soh se fode, e no final ele se fode porque só se fudeu. mas vacilão, se fudeu), e uns efeitos malucos dos takes omeçarem sempre depois do começo e terminarem antes do fim. é muito louco.

foi feito pela galera do vidigal, e não é pensado em manter o terror à favela presente no asfalto brasileiro. Ele é sim um retrado cotidiano, sem pretensões maiores que o lindíssimo "contar uma história".

detalhe importante no "retrato da vida" (não é essa a do cinema?): a maior parte dos bandidos são branquinhos (e não é assim com beira-mar, marcola, fabinho, leozinho, peta, escadinha, duda, o cara do c.v., tato, nando, thiaguinho, joão alves, collor, acm, e por ai vai)

oscar para a atuação de kika, (acho que eh babu santana), de fuder, e que, na saída do festival internacional de cinema do rio, na calçada com o resto do pessoal do nós, quando fui parabenizá-los pelo filme e perguntar do caetano, não relutou e não me deu tempo. me abraçou forte, deu um beijo em cada face e disse: "obrigada, obrigada,,," em dia de estreia de beto brant, o curta de abertura desconhecido havia brilhado muito mais que as estrelas. mas kika não teve tempo de um abraço para sentir-se estrela. as 22h00, a kombi partia apressada levando todo mundo embora. sabe como é. não dá pra chegar no vidiga depois das 10.

a polícia arma barricada na frente da subida.....

On 7/6/06, Felipe Fonseca <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
engraçado do QUANTO VALE é que ele propõe uma
puta discussão interessante, mas quando vai retratar
a molecada na favela, é tão preconceituoso quanto
os figurões que critica: mostra a molecada na favela
como animais sedentos pra destruir computadores...

f

On 7/6/06, Diego Chaves < [EMAIL PROTECTED]> wrote:
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olha é claro que muito se resolve em suco
mas tb ouvi uma frase muito sábia no cibersalão salvador
que é -> se seu inimigo te convidar para um jantar: não vá!
vc vai conhecer sua casa, ver a cara de seu cachorro e vc vai pensar
nisso quando se dirigir a ele..
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Sim, sim, depende dos princípios que cada um pauteia seu caminhar.
O princípio de um humanista é tratar o outro como gostaria de ser tratado, conhecer as pessoas é uma forma de quebrar a vantagem do sistema que nos coloca como inimigos. Isto tem a ver também com a não violência, Gandhi tem uma frase que acho uma grande sacada, que é, a melhor forma de resolver um conflito é aquela onde as duas partes no final se tornem amigas, bom, ou seja, que as duas partes ajam com a outra de uma forma, que nenhuma tenha que se queixar de algo.



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mas me incomodaria sim
se um material que produzo e disponibilizo aqui fosse para angariar
fundos de campanha política. acho que é um questionamento legítimo certo?
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Quanto a vendas de filmes, elas não angariam fundos para um partido, e sim para uma frente de ação, o cinecélula.

A frente de ação cinecélula é autônoma, ela pode apoiar a criação de um Partido Humanista ou não sem que isso signifique que ela seja do partido, isto é a visão Leninista de partido, onde se diz que o partido será o ator revolucionário, dentro desta outra visão de partido, os atores revolucionários são as frentes de ação, que poderão se associar umas as outras, sem buscar que uma seja maior que a outra, mas que cresçam juntas e se esbarrarem em um obstáculo legal, que lhes detenha o caminho, podem criar instituições políticas que lhe sirvam como arietes para derrubar os entraves que lhes atrapalham.

Eu acredito que quem está mais próximo disso, na América do Sul, são os bolivianos,  centenas de frentes de ação populares, que criaram uma instituição partidária para conseguir derrubar o que lhes atrapalha, mas que por serem frentes de ação independentes do partido, conseguem manter a pressão popular o tempo todo para não deixar que este partido se desvie de seus caminhos, agora é só não deixar que se forme uma cúpula no partido, pois é isso que mata.

Os partidos fracassaram como protagonista da revolução, há um século atrás era o momento para isso acontecer, e não condeno Lenin por apostar na revolução por esta via, afinal, o fracasso de suas idéias nos ensinou muito. O século XX nos mostrou de diversas formas que um partido ou uma cúpula não pode estar encabeçando a revolução, os motivos nem preciso citá-los.


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imagino que os cds que o cmi vende ou vendia são de vídeos produzidos
por pessoas do coletivo correto?
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Hum, quanto ao CMI só vender produções próprias, o CMI vendia há uns anos atrás um filme que tem copyright e com a cena final alterada, onde é colocado o Roberto Marinho ensinando a fazer um transmissor de TV e a foto do Roberto Marinho sendo comida por baratas, o Brasil além do Cidadão Kane, um filme que assisti quando era pivete e que me ajudou muito, por sinal, obrigado CMI por esta contribuição :D

E por sinal, o CMI foi sempre um exemplo pra mim e sempre esteve nos meus bookmarks

E uma curiosidade: embora o coletivo do CMI aqui em Sampa tenha como posição política o antipartidarismo, em algumas cidades dos EUA outros coletivos apoiam as atividades de partidos pequenos.


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desconfio tb de muitas ongs.. :) e sei que
existem pessoas por trás dessas "instituições".
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É com razão que você deve desconfiar de ONGs, assista ao vídeo THE CORPORATION,
e o QUANTO VALE OU É POR QUILO(que foi financiado por várias empresas e pelo governo) que você vai desconfiar mais ainda.

É por isso que saimos nas ruas pra vender vídeos, botons, revistas, anúncios em comércios da vizinhança e o escambáu, fazemos jantares e desenbolsamos uma grana pra manter as atividades. O que existe de ONG por ai sendo instrumento nas mãos de corporações, não está na história, por isso sempre que posso conversar com pessoas de uma ONG que está sendo fundada em um bairro, mostrando a elas que ficar dependente de uma corporação não é nada bom para os princípios daquelas pessoas, eu faço.




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como li recentementre de djahjah somos produto e processo!
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E além de sermos produtos e processos, não se esqueça, somos também os produtores, a história será o que façamos dela e não o contrário...

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