Opa, Bruno, o processo que você descreveu certamente faz o nadador achar uma
das margens.
Mas o Bouskela quer mais - ele quer saber a melhor maneira (que faz o
nadador nadar menos)
de se achar uma das margens.

Acho que isso cai para uma área da matemática que os matemáticos "puros" não
estudam muito
- a área de algoritmos. E esse problema tem a maior cara de *busca
exponencial*.

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Imagine que o nadador está a uma distância N de uma das margens.
Ele deve fazer o seguinte...

x <- 1
Enquanto não achar a margem, repita:
[1] Nada x metros pra frente. Volta. Nada 2x metros para trás. Volta.
[2] Nada x metros pra esquerda. Volta. Nada 2x metros pra direita. Volta.
x <-  4x

As noções de "frente" e "esquerda" estão erradas no máximo 45 graus. Assim,
na pior das hipóteses o nadador vai ter que nadar sqrt(2)*N metros em uma
das direções
(agora, até fazer isso, ele nadou nessa direção várias vezes).

Note que [1] e [2] são processos independentes.

Quanto ele nada em função de N? Pense um pouco pra ver que é C*N, onde C é
uma constante.

Ignorando constantes, essa é a melhor maneira, já que mesno enxergando ele
teria que nadar 1*N
metros.

2011/5/19 Bruno França dos Reis <bfr...@gmail.com>

> Em aberto?
>
> Se o nadador estivesse nadando paralelo ao rio, é só ele fazer uma curva
> mínima, e continuar até chegar às margens.
>
> Caso o nadador não saiba a direção em que estava nadando (suponhamos uma
> briga com os peixes, que o deixou desorientado, antes de ter seus olhos
> devorados), ele poderia nadar seguindo uma "espiral", aí certamente
> encontrará a margem, não? O algoritmo seria:
>
> n <- 1
> Enquanto não achar a margem, repita:
>  - dar n braçadas para frente
>  - virar 90 graus para a esquerda
>  - dar n braçacas para frente
>  - virar 90 graus para a esquerda
>  - n <- n + 1
>
> Como a largura é finita, e a espiral cresce de tamanho em todas as
> direções, esse algoritmo certamente termina em um tempo finito!
>
> Tem alguma falha que eu não vi nesse processo?
>
> Abraço!
> Bruno
>
>
> --
> Bruno FRANÇA DOS REIS
>
> msn: brunoreis...@hotmail.com
> skype: brunoreis666
> tel: +55 11 9961-7732
>
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> http://brunoreis.com/tech (en)
> http://brunoreis.com/blog (pt)
>
> GPG Key: http://brunoreis.com/bruno-public.key
>
> e^(pi*i)+1=0
>
>
>
> 2011/5/19 Albert Bouskela <bousk...@msn.com>
>
>> Olá a todos,
>>
>>
>>
>> Uma curiosidade: – Parece-me que o problema abaixo (tão simples!)
>> permanece em aberto.
>>
>>
>>
>> Um nadador está nadando (o que mais pode fazer um nadador?) em um ponto
>> qualquer de um rio horizontal, retilíneo, com correnteza desprezível,
>> comprimento infinito e largura finita.
>>
>>
>>
>> Subitamente, peixes extremamente vorazes devoram os olhos do malfadado
>> nadador, ou, com menos drama, cai a noite absolutamente escura.
>>
>>
>>
>> Qual é a trajetória que o nadador deve trilhar, i.e., nadar, para atingir
>> – seguramente – uma das margens, nadando a menor distância possível?
>>
>>
>>
>> Obs.: – O malfadado nadador tem, implantado em sua cabeça, um sistema de
>> navegação que lhe informa, continuamente, a sua posição em relação ao ponto
>> inicial (o ponto no qual os peixes devoraram os seus olhos).
>>
>>
>>
>> Saudações,
>>
>> Albert Bouskela
>>
>> bousk...@msn.com
>>
>>
>>
>
>

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