Boa noite.
Seja por absurdo o periodo T da funcao  f(x)=cos(x^1/2). Dessa forma, para todo 
x nao negativo, tem-se f(x)=f(x+T). Como vale para todo x nas condicoes acima, 
escolhemos x=0: f(0)=cos0=1. Logo f(0)=f(0+T), o que dah: cos(T^1/2)=1, 
T^1/2=2Qpi sendo Q inteiro. Por outro lado, f(0)=f(0+T)=f(0+2T), logo 
cos((2T)^1/2)=1 e (2T)^1/2=2Hpi, sendo H um inteiro qualquer.
Dividindo os resultados (2T)^1/2 = 2Hpi  por T^1/2 = 2Qpi tem-se 2^1/2 = K, 
sendo K um numero racional qualquer. Dai encontra-se o absurdo logo a funcao 
f(x) dada nao eh periodica.

Espero ter ajudado.
Claudio Gustavo.

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Em 09/03/2013, às 01:15, Artur Costa Steiner <steinerar...@gmail.com> escreveu:

> Eu vou usar um outro argumento, de caráter geral. Antes, vejamos o seguinte 
> lema:
> 
> Seja f de R em R, ou de [0, oo) em R, uma função periódica e não constante. 
> Para todo a > 0, a <> 1,a função g(x) = f(x^a) não é uniformemente contínua.
> 
> Prova:
> 
> Sabemos que uma função g é uniformemente contínua em seu domínio se, e 
> somente se, para todas sequências (u_n) e (v_n) no domínio de g tais que u_n 
> - v_n  --> 0, tivermos que g(u_n) - g(v_n) --> 0. 
> 
> Consideremos inicialmente o caso a > 1. Sendo p > 0 um período qualquer de f, 
> definamos (u_n) e (v_n) por u_n = (np + u)^(1/a) e v_n =  (np + v)^(1/a), 
> onde u e v são reais tais que f(u) <> f(v) (como f não é constante, este 
> números existem). Como a > 1, 0 <  1/a < 1, o que implica que u_n - v_n --> 0 
> (isto pode ser deduzido da definição da função potência). Entretanto, para 
> todo n, g(u_n) - g(v_n) = f((u_n)^a) - f((v_n)^a) = f(np + u) - f(np + v) = 
> f(u) - f(v), pois p é período de f. Logo, g(u_n) - g(v_n) converge 
> trivialmente para f(u) - f(v) <> 0. Isto nos mostra que g não é uniformemente 
> contínua em R.
> 
> Na abordagem a seguir, consideramos o fato de que funções contínuas e 
> periódicas são uniformemente contínuas.
> 
> Suponhamos agora que, além de periódica e não constante, f seja contínua. 
> Então, f é uniformemente contínua e g é contínua (composição das funções 
> contínuas f e x--> x^a). Se g for periódica, então g, contrariamente ao lema 
> que demonstramos, é uniformemente contínua. Desta contradição, deduzimos que 
> g não é periódica. 
> 
> Supondo novamente f contínua, periódica e não constante, consideremos agora o 
> caso a em (0, 1). Então, g não pode ser constante, pois a função não negativa 
> x --> x^a é uma bijeção. Admitamos que g seja periódica. Como 1/a > 1, temos 
> do caso anterior que f, dada por f(x) = g(x^(1/a)), não é uniformemente 
> contínua., Uma contradição. Logo, g não é periódica.
> 
> Verificamos assim, que, se f for contínua, periódica e não constante, então 
> pata todo a > 0, a <> 1, g não é periódica. Na sua questão, temos o caso 
> particular para f(x) = cos(x) e a = 1/2.
> 
> Abraços
> 
> Artur Costa Steiner
> 
> Em 08/03/2013, às 22:58, Márcio Pinheiro <profmar...@hotmail.com> escreveu:
> 
>> Basta resolver a equação cos ((x + t)^1/2) = cos (x^1/2), supondo, 
>> inicialmente, que f é periódica, para concluir que, em qualquer solução, t 
>> depende de x. Logo, f não pode ser periódica, pois, se fosse, deveria haver 
>> t > 0, independente de x (ponto de partida), tal que f (x + t) = f (x), para 
>> todo x, isto é, não importa qual seja x.
>> 
>> From: marconeborge...@hotmail.com
>> To: obm-l@mat.puc-rio.br
>> Subject: [obm-l] Função trigonométrica sem período
>> Date: Fri, 8 Mar 2013 18:52:48 +0000
>> 
>> O objetivo dessa questao é demonstrar que f(x) = cos(x^1/2),x > = 0,não é 
>> periódica,ou seja,não existe nenhum numero
>> real positivo T tal que cos[(x+T)]^1/2 = cos(x^1/2) para todo x > = 0. 
>>  
>> a) Encontre todos os valores de T > = 0 para os quais f(T) = f(0) e,a seguir 
>> encontre todos os valores de T > = 0 para os quais
>> f(T) = f(2T)
>>  
>> b) use o ítem a para mostrar que f(x) não é periodica 

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