Antigamente eu usava CBuilder + FireBird e só tinha o Zeos pra fazer a conexão.

Na minha opinião o maior problema é o ambiente ser pago mesmo. Quem já 
programou pra Java e pra qqr plataforma da Borland sabe, a 
Borland te oferece quase tudo q vc precisa, mas tb faz de tudo pra te prender 
na plataforma dela, uma vez seu código compilado com 
algum componente dela vc fica preso na IDE e no compilador da Borland... Com 
Java por outro lado, o mesmo código eu compilo direto 
no javac, no Eclipse, no NetBeans, etc (claro q cada IDE precisa montar seu 
projeto, mas os arquivos dos projetos naum entram em 
conflito e dá pra usar tudo junto).

Aí de cara vem o pensamento "se o cara já pagou US$XX ou R$XXX pela IDE, pq ele 
naum vai querer pagar R$XX pelo meu compoente?", 
fora q pra desenvolver componentes pras IDEs da Borland tem q investir 
comprando a IDE né...

Hoje o pensamento já é diferente, as empresas fornecem várias ferramentas de 
graça e cobram por plugins, por certificação, por 
suporte, etc. Daí muita gente adere à linguagem por poder usar ela de graça e 
alguns num dado momento pagam por algo específico, 
dando lucro pra empresa manter a tecnologia atualizada.



Outro problema é o tamanho da comunidade tb. FireBird praticamente naum tem 
suporte, com poucas exceções como o ZeosLib, quase tudo 
tem q ser desenvolvido pela mesma equipe q desenvolve o FireBird, pra Java por 
exemplo eu usava o JayBird devenvolvido por eles.
O Postgres por outro lado tem uma comunidade muito maior, tem mais equipes 
desenvolvendo em cima dele, etc.


E tb tem a dificuldade de programar pro VCL. Em Java, basta vc colocar seu 
componente dentro dum jar e o consumidor do seu 
componente vai adicionar esse jar ao projeto da IDE e ao classpath, e tá pronto.
No VCL vc tem q fazer um código pra CADA versão diferente do Delphi E do BCB, 
dá uns 7 sources diferentes. Imagina vc fazer 
manutenção num compoente com 7 sources pra 7 plataformas diferentes... arruma 
um bug aki e aparece outro ali... é um inferno!



Isso tudo junto acaba criando uma cultura. No Java, desde qd vc começa a 
aprender já encontra vários tutoriais gratis, IDEs gratis, 
entra em comunidades e aprende a compartilhar conhecimento. Isso cria a cultura 
de um ajudar o outro e todos serem beneficiados.
Na Borland de cara vc precisa gastar uma boa grana comprando a IDE (claro q 
pode pegar pirata, mas aí naum pode vender seus 
softwares), e lógico vai querer logo um retorno. Isso te joga mais rápido no 
mercado, inqt vc ainda tá aprendendo (fora q a curva de 
aprendizado é muito mais curta q a do Java), e de cara os outros programadores 
q fazem o mesmo são seus concorrentes. Vc vai ajudar 
alguém q é seu concorrente e tá com alguma dificuldade? Ele q passe vergonha na 
frente do cliente e assim vc toma o cliente dele.


Delphi e BCB são antigões, foram criados numa era diferente, hoje mudou muito. 
Eles tendem a ficarem igual o Clipper. Melhor 
programar pra Java e vender seu peixe dizendo pro seu cliente q ele pode usar 
linux q é de graça, e de quebra vc cobra pra instalar 
e configurar tudo. Os programadores Borland ficam sendo requisitados pra dar 
suporte em software legado, e poraí vai.


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----- Original Message ----- 
From: Roberto Mello
To: Comunidade PostgreSQL Brasileira
Sent: Wednesday, 27 August, 2008 6:27 PM
Subject: Re: [pgbr-geral][Anúncio] Nova versão da Biblioteca Zeos - 6.6.3 Stable


2008/8/27 Daniel Gaspary <[EMAIL PROTECTED]>

  2008/8/27 Shander Lyrio <[EMAIL PROTECTED]>:

  >        O pessoal que trabalha com Delphi não está muito acostumado com
  > projetos open source como estão os que trabalham com Java.

  Creio que não seja assim. Leve em consideração que Java tem um número
  muito maior de usuários. Proporcionalmente, talvez o número que
  coopera com algum projeto em java seja até menor. Só ver quantos
  baixam componentes da Apache, quantos será que contribuem ?


Olha, a minha visao de  quem nao trabalha com Delphi mas que trabalha com 
projetos de codigo aberto ha' muito tempo bate com o que o 
Shander descreveu: pouquissimos contribuem na comunidade do Delphi.

Desde a antiga lista postgresql-br no yahoogroups que tinhamos dozenas de 
perguntas sobre o driver, mas ninguem queria contribuir, e 
quando a funcionalidade so' existia no driver proprietario da VitaVoom, ninguem 
queria pagar, mesmo o projeto do perguntador sendo 
claramento proprietario e pago.

Ha' muitos anos que o driver do Zeos esta' por ai, mais pra la do que pra ca, 
como o trabalho de um unico super-heroi. Enquanto isso 
drivers para Python, PHP, Perl, Java e tantas outras linguagens continuam firme 
e fortes, as vezes com mais de um driver competindo 
na mesma linguagem (como e' o caso do Python).

Roberto


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