2009/4/13 Marcus Silva <mvdi...@sfiec.org.br>:
> Bem, só por uma hipótese, se você uma empresa de TI e quisesse fazer um
> forte loby em um governo como o de São Paulo e quisesse ver o que as pessoas
> estivessem escrevendo. E se o governo de São Paulo, só em tese, quiser levar
> todos os emails para o hotmail. Só em tese. A hotmail não deveria resguardar
> a privacidade da informação? Ou não? E os vírus de flash que podem vir junto
> com propaganda? Só estou cogitando hipóteses esdrúxulas. Modelos econômicos
> não podem abusar as possibilidades, para isso existem as leis.

Isso é um problema para ser negociado nos termos de serviço entre o
cliente (no seu exemplo, o governo de São Paulo) e o fornecedor (no
seu exemplo, a Microsoft).

> Você está falando daqueles que baixam músicas que o dono não quer que
> sejam baixadas? Não seria melhor se eles não baixassem essas músicas
> e, em vez disso, baixassem as de artistas que querem que elas sejam
> compartilhadas?
>
>
> 1. A lei criminaliza ou não a todos. E se pudéssemos inverter. Tudo fosse
> copyleft a não ser que alguém diga que é copyrigth. Isso já seria uma
> mudança enorme na lei e um avanço para sociedade.

A lei não criminaliza a todos indistintamente. E, como produtor de
conteúdo, eu gosto bastante do copyright e do poder que ele me dá para
escolher licenças. Se você quiser me citar em algum lugar, sinta-se à
vontade, mas não o faça em termos diferentes daqueles que eu autorizei
(usualmente CC-BY-NC-SA).

> 2. 90% dos que tem mp3, mp4, mp5 possuem filmes e músicas piratas e TEM que
> pagar multas e responder pelo crime. É o famoso "jogo do bicho" que sempre
> dizem que é ilegal mas ninguém faz nada a favor ou contra. Apenas dizem que
> esse povo mexe com drogas, armas e pirataria (vide clipe dos filmes atuais
> sobre pirataria). E assim a sociedade avança.

O crime não é ter - uma vez que o ônus de provar que você é um pirata
é do dono do copyright - mas disponibilizar para outros. Concordemos
que não é tão difícil assim controlar o que está na pasta
~/.aMule/shared e garantir que lá só fiquem as coisas que podem mesmo
ser compartilhadas.

Se a pirataria em escala industrial (aquela que envolve operações de
manufatura e redes de distribuição para os camelôs) financia ou não o
resto do crime organizado, é outro problema. Que não está certo você
comprar um CD de alguém que não remunera nem de longe o artista, é
razoavelmente claro.

Querer _não_ é poder.

> Eu abomino a idéia de "controlar" a internet.
>
>
> +1

Pelo menos nisso concordamos ;-)

-- 
Ricardo Bánffy
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