Crime e inclusão digital A polícia civil e federal com o apoio operacional da polícia militar do estado de santa Catarina tem apreendido uma grande quantidade de máquinas caça níqueis. Esses equipamentos ficavam apodrecendo em depósitos de apreensões sem servir para absolutamente nada. Diante desse cenário e da impossibilidade dessas máquinas retornarem aos seus donos por se tratarem de meios de se operar jogos de azar (contravenção), várias entidades e órgãos públicos tem feio a solicitação as corporações para remontar em forma de computadores e aproveitar para promover a inclusão digital.
Em Joinville, Santa Catarina, foi dada a uma entidade a responsabilidade de transformar estes equipamentos em computadores utilizáveis. Segundo o presidente da entidade, cada máquina é transformada em três horas de serviço de um técnico e disponibilizada a comunidade para o uso para inclusão digital na cidade de Joinville. Em Itajaí, no fim do ano passado, tratativas estavam adiantadas nesse sentido em uma coalizão entre o Ministério Público Estadual, UNIVALI e Prefeitura Municipal de Itajaí. A coisa ainda não andou pois um dos órgãos não definiu que arcaria com os custos de remontagem e a decisão ficou para o início desse ano. Já ultrapassamos o meio do ano e pelo conhecimento da sociedade ainda não houve avanços consideráveis no assunto. A idéia é louvável, aonde um equipamento que estudiosos dão conta de que serve para destruir famílias, agora atende a demanda reprimida de exclusão digital e por conseqüência, social, reunindo e atendendo as famílias mais pobres das cidades. Esta iniciativa vem rapidamente tomando corpo em outros estados, e os avanços nessa demanda tem sido surpreendentes. Projetos importantes na luta contra a exclusão digital tem recebido doações do Governo do Estado e transformado essas máquinas em armas contra essas diferenças, instalando nos equipamentos ilegais, programas educativos para as crianças que lá tem seu contato com o mundo virtual, conteúdos educacionais e pesquisas. Seria interessante e menos oneroso que as máquinas transformadas tivessem instaladas com software livre, pois além de se diminuir custos e viabilizar economicamente as doações, as crianças não se tornariam dependentes de tecnologias caras do ponto de vista econômico sem prejuízos ao aprendizado, muito pelo contrário, o nível de conteúdo aumentaria de forma considerável. Seria de suma importância que as prefeituras principalmente se antenassem nessa proposta e corressem atrás do prejuízo, contatando o Governo de seu Estado através da Secretaria de Segurança Pública ou Ministério Público Estadual e abraçassem a oportunidade em prol da população carente das cidades e redução das diferenças sociais. Jean Sestrem chapabranca.com sestrem.com.br
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