Se tivesse uma bomba eu teria morrido, eu não fui capaz de para de ler no:
> Pronto. Pode parar de ler aqui. É sério. Se, por alguma curiosidade > mórbida, vc quiser mais detalhes, continue lendo :) > From: leonardo.bal...@gmail.com > Date: Sun, 9 Dec 2012 13:15:28 -0200 > To: rio-pm@pm.org > Subject: Re: [Rio-pm] Isso não deveria estar certo??? > > > > Enviado via iPad > > Em 09/12/2012, às 04:48, breno <br...@rio.pm.org> escreveu: > > > 2012/12/9 Aureliano Guedes <guedes_1...@hotmail.com>: > >> Breno, so uma duvida, antigamente eu usava muito arquivos temporario, eu > >> deixei de usar pois achava que perdia muito em performance. > >> > >> Você acha que eu perco muito em performance usando a solução 4 no lugar das > >> outras soluções? > > > > Resposta brevíssima: não importa. > > > > > > > > Pronto. Pode parar de ler aqui. É sério. Se, por alguma curiosidade > > mórbida, vc quiser mais detalhes, continue lendo :) > > > > Minha curiosidade não é mórbida. :) > > > > > > > > Como a maioria das coisas do mundo, depende. Se você tiver RAM > > infinita, manter tudo em memória é sempre muito mais rápido do que > > fazer acessos ao disco. Para saber mais: > > https://en.wikipedia.org/wiki/Space-time_tradeoff > > > > No entanto, há casos em que você *quer* armazenar dados em arquivos > > temporários, não só por questões de memória, mas também para ter > > estados intermediários em sua execução. Ou quando, como no exemplo > > anterior, vc quer transformar um arquivo em outro. Afinal, pense > > comigo: se vc vai ler um arquivo de entrada e escrever num arquivo de > > saída, pq precisa que seja o mesmo arquivo? Preservar o arquivo > > original pode te ajudar não só na simplicidade do código como nos > > casos em que você quer validar os resultados repetindo a execução, ou > > depurar seu programa caso algo estranho esteja acontecendo. Sem o > > original intacto, como recuperá-lo? Você provavelmente está guardando > > cópia do arquivo original em algum lugar (por esses mesmos motivos) > > então pq não oficializar a coisa e gravar a saída processada em outro > > arquivo (que portanto deixa de ser temporário)? > > > > Vejamos as operações envolvidas no problema. Sem arquivos temporário, > > temos os seguintes passos: > > > > 1) ler o arquivo todo do disco para memória > > 2) processar os dados > > 3) voltar a posição do handle para o início do arquivo > > 4) escrever o arquivo no disco > > 5) truncar o restante > > > > Já com arquivos temporários, temos: > > > > 1) ler o arquivo do disco para memória > > 2) processar os dados > > 3) escrever o arquivo novo no disco > > 4) renomear arquivo no disco para substituir original (se não for usar) > > > > Otimizações à parte, o processo em si é bastante parecido, com uma > > ação de leitura e outra de escrita (ok, duas se rolar o rename, mas > > não é lá uma grande operação de E/S), então não deve fazer lá grandes > > diferenças em termos de desempenho. Antes de continuar, esqueci de > > colocar na resposta anterior uma outra solução entre a 4 e a 5, vamos > > chamá-la de 4.5: > > > > ----------8<----------- > > #!/usr/bin/env perl > > use strict; > > use warnings; > > use autodie; > > > > my $nome_original = 'arquivo.txt'; > > > > open my $orig_fh, '<', $nome_original; > > > > my @linhas; > > my $i = 0; > > while ( my $linha = <$orig_fh> ) { > > if ($linha =~ s/^>.+$/>contig$i/ ) { > > $i++; > > } > > } > > continue { > > push @linhas, $linha; > > } > > close $orig_fh; > > > > open $orig_fh, '>', $nome_original; > > print $orig_fh @linhas; > > close $orig_fh; > > ---------->8----------- > > > > Essa solução tem duas diferenças em relação à 4. Aqui, estamos > > acumulando os dados processados em memória (na variável @linhas) e, > > após o processamento, reabrimos o mesmo arquivo, só que para escrita. > > Continuamos com o perigo da manipulação sem locking, mas eliminamos a > > necessidade do arquivo temporário. > > > > Particularmente, continuo preferindo a solução 4, pelos mesmos motivos de > > antes. > > > > Uma nota sobre desempenho: quando o único fator a ser considerado é > > desempenho, a melhor solução é escrever em Assembly. Mais ainda: > > quando o único fator a ser considerado for desempenho, ou você está > > desenvolvendo algo muito específico *mesmo* ou, em geral, há uma > > chance muito grande de algo estar fundamentalmente errado no seu > > raciocínio. Esse erro é conhecido como "otimização prematura". Nas > > palavras de Donald Knuth: > > > > "Programadores desperdiçam um tempo enorme pensando sobre, ou se > > preocupando com, a velocidade de partes não críticas de seus > > programas, e essas tentativas de melhorar a eficiência na verdade > > acabam tendo um forte impacto negativo quando depuração e manutenção > > são consideradas. Precisamos esquecer eficiências menores em, digamos, > > 97% do tempo: otimização prematura é a raiz de todo o mal. No entanto > > não podemos deixar passar a oportunidade naqueles 3% crítico." > > > > Sempre que pensar em desempenho, lembre-se dessas sábias palavras. > > > > (Para saber mais sobre a questão: > > http://c2.com/cgi/wiki?PrematureOptimization) > > > > Para o seu caso, isso significa: programe SEMPRE com foco em > > legibilidade, testabilidade e manutenção. Preocupe-se com desempenho > > SOMENTE depois que isso se tornar um problema. Tem pessoas que se > > prendem a benchmarks do tipo: a função X me deixa fazer 32000 > > operações por segundo, enquanto que a função Y me deixa fazer em 27000 > > operações por segundo, então é FATO que devemos escolher a função X, > > pois é mais rápida, certo? Errado. Isso não deveria ser critério de > > desempate, vc deveria escolher a função que for mais clara e fácil de > > testar e de dar manutenção depois (extender, reduzir, alterar, > > acoplar, etc). Afinal, se você faz mais de 1000 operações por segundo > > com essa função, já está usando bastante. Mas repare que, mesmo que > > você faça 25000 operações *por segundo*, ambas as funções vão > > continuar com desempenho imperceptivelmente parecido. Isso é um caso > > típico de otimização prematura - você provavelmente não deveria nem > > estar procurando saber qual é a mais rápida nesse ponto. > > > > Pense novamente no seu caso: o programa nem está pronto ainda. Digamos > > que leve 3 segundos para rodar. E se levasse apenas 1 segundo (200% de > > melhoria em desempenho!!) faria alguma diferença real? E se levasse 5, > > em vez de 3? Há o caso maior também: se o seu programa leva 6 horas > > pra rodar, faz diferença levar 6 horas e 20 minutos? ou 5 horas e 40 > > minutos? Provavelmente não. Agora, se leva 6 horas e uma otimização o > > faria rodar em apenas 35 minutos, já é algo a se pensar. > > > > Acredite: as pessoas normalmente passam muito mais tempo dando > > manutenção a programas do que gastaram escrevendo os programas em > > primeiro lugar. Se vc usar um voodoo ninja sagaz só pra satisfazer sua > > sede de desempenho, vc está cometendo dois erros graves: o primeiro é > > que está perdendo tempo se preocupando com desempenho antes de isso > > ser um problema; e o segundo é que, dali pra frente, vc provavelmente > > vai gastar muito mais tempo tentando entender o que aquilo faz, como > > funciona e como resolver o pepino sem quebrar nada, do que tempo de > > fato resolvendo o problema. Em outras palavras, vc agilizou o tempo de > > execução mas retardou o tempo de manutenção. O problema é que > > 'execução' quem faz é a máquina, mas 'manutenção' quem faz é você. > > > > Apenas quando o tempo de execução *realmente* se tornar um problema é > > que, aí sim, vc pode procurar por gargalos. Note que não é saír > > otimizando loucamente onde der, e sim observar o comportamento da > > aplicação e ver onde ela *de fato* está gastando tempo. Muitas vezes > > não é onde você acha. Hoje, no mundo Perl, a melhor maneira de se > > identificar gargalos de desempenho é com o Devel::NYTProf > > (https://metacpan.org/module/Devel::NYTProf), que te dá um diagnóstico > > linha-a-linha de desempenho do seu programa. Usar é mole: > > > > perl -d:NYTProf meu_programa.pl # atenção: isso vai rodar o > > programa!! > > nytprofhtml --open > > > > e o seu navegador deve abrir automaticamente com os resultados! > > > > Você pode experimentar as diferentes soluções apresentadas nessa > > thread, ou só as 4, 4.5 e 5, mas sinceramente eu perderia meu tempo > > com coisas muito mais importantes como a resolução do problema em si > > ou novos desafios. A menos que o desempenho desse programa realmente > > esteja prejudicando o trabalho de alguém, caso em que eu rodaria o > > nytprof pra saber se o problema está realmente no arquivo temporário > > ou em outro lugar. Até que isso se torne um problema, como disse antes > > na resposta brevíssima: não importa :) > > > > > > []s > > > > -b > > _______________________________________________ > > Rio-pm mailing list > > Rio-pm@pm.org > > http://mail.pm.org/mailman/listinfo/rio-pm > _______________________________________________ > Rio-pm mailing list > Rio-pm@pm.org > http://mail.pm.org/mailman/listinfo/rio-pm
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