On Wed, Mar 21, 2012 at 3:42 PM, Leonardo Ruoso <leona...@ruoso.com> wrote: > O trabalhador português, espanhol, italiano, francês, grego… sabem > «viver a vida» muito mais que os brasileiros em geral. E o motivo pelo > qual eles estão fazendo greves e manifestações hoje deixaria os > metalúrgicos do ABC envergonhados…
E agora vão "viver a vida" na crise pois, curiosamente, você citou exatamente os países mais afetados pela crise (porque será?). Esses eram justamente os patinhos feios da UE... e de onde herdamos nossa cultura. O Brasil, nesse momento, está "vivendo a vida" muito bem, comparado com diversos países do mundo. Vamos ver daqui uns 4 anos como vai estar... > E se a Peugeot, por exemplo, minimizou o investimento em maquinário em > sua montadora no Brasil, não foi pelo fato do brasileiro ser melhor ou > pior que o francês, mas pelo fato de que o custo da mão de obra do > metalúrgico brasileiro (uma das categorias mais bem organizadas) era tão > barato que os robôs ficariam obsoletos antes de se pagarem, enquanto a > mão de obra você demite, contrata e capacita conforme a demanda. Exatamente. Só que eles investiram lá atrás, quando a mão-de-obra era barata. Hoje, um trabalhador de uma montadora tem salário maior que o de algumas pessoas dessa lista - mas o métodos de produção não são tão automatizados como no exterior (apesar de que, não acho a indústria automotiva um bom exemplo pois possuem um grau de automatismo bem mais elevado que outros setores industriais no Brasil). > E se for para o norte da Europa, lá para os países escandinavos, daí é > que você ia se surpreender com coisas como o valor do equivalente ao > bolsa-família, com os alugueis que são controlados pelo governo e muito > mais. Normalmente, esses benefícios são limitados a 2 anos e os valores só são maiores que aqui porque os índices como o salário mínimo também são maiores. O problema aqui não é a existências desses benefícios, é que você pode viver deles pro resto da vida. E tem outros "detalhes" como um governo *bem* menos corrupto. > Um brasileiro que ganha X reais por mês ficaria chocado em receber um > complemento Y reais por filho pelo fato de que o salário dele é > considerado baixo para uma família de quatro pessoas, por exemplo. Não, > eu não estou falando de um cara miserável, estou falando de alguém > formado, com especialização e que trabalha com desenvolvimento de > software. E o Y não seria 50 reais, mas 1.000. Isso faz parte de outra coisa completamente diferente. Aqui no Brasil, o ideal seria diminuir o incentivo à reprodução das pessoas, enquanto em diversos desses países, o problema da população diminuindo e envelhecendo é real, então querem incentivar as pessoas a terem mais filhos - o que faz todo sentido do mundo pra eles, não faz para cá (e vice-versa, em outras situações). -Nilson =begin disclaimer Sao Paulo Perl Mongers: http://sao-paulo.pm.org/ SaoPaulo-pm mailing list: SaoPaulo-pm@pm.org L<http://mail.pm.org/mailman/listinfo/saopaulo-pm> =end disclaimer